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SERGIO COSTA
Campeonato carioca
RIO DE JANEIRO - Primeiro, licença ao Lula pelas metáforas. Como no futebol, em que os grandes times do Rio
não emplacam no Brasileiro, se a
eleição nacional for se realizar dentro
do quadro desenhado hoje, políticos
daqui nem sequer lutariam contra o
rebaixamento. Ganhariam logo papéis secundários na disputa de outubro -uma decisão paulista.
Mais interessado em somar títulos
estaduais do que em disputar o nacional, o PMDB tentou, ao melar as
prévias do partido, botar Anthony
Garotinho no banco de reservas. Terceiro lugar na última corrida à Presidência, o ex-governador, agora sem a
concorrência de Germano Rigotto,
luta contra o tempo e um intrincado
regulamento.
Promete partir com tudo para a
convenção de junho, que decidirá a
sua candidatura. Se a mulher, Rosinha, não deixar o governo até o fim
do mês, Garotinho, pelos planos dos
caciques governistas do PMDB, poderá ir direto do banco para o vestiário.
Com Rosinha no governo, ele só pode
sair para presidente ou vice. A conferir, até dia 31, os próximos passos do
casal para permanecer no jogo.
Outra força local, Cesar Maia, pré-candidato a presidente pelo PFL,
também vê o campo para o ataque
diminuir à sua frente. Ao mesmo
tempo em que seu partido o inclui na
negociação com os tucanos para
apoiar Geraldo Alckmin, ele sabe que
tem a defesa desguarnecida no Rio.
O entrosamento com o PSDB local
-que escalou seu vice- não é dos
melhores. Se deixasse a prefeitura para disputar o Estado, ofereceria o palanque desejado a Alckmin, mas sofreria com o "fogo amigo" do PSDB
pelas costas na disputa regional.
Principalmente se passasse aos tucanos uma prefeitura sem caixa e um
Pan 2007 para ser improvisado por
conta de obras incompletas.
Garotinho e Cesar sonham alto,
mas podem acabar como Flamengo e
Vasco: arqui-rivais no Rio e nada
mais. E chega de metáforas!
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