|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Crime organizado
"Nunca, no Brasil, a corrupção e o
crime organizado foram tão íntimos dos Poderes como agora.
Só nos últimos dois meses, com
as operações Furacão e Navalha, a
Polícia Federal prendeu um ex-vice-presidente do Tribunal Regional
Federal, um desembargador, um
juiz do Tribunal Regional do Trabalho, um delegado da Polícia Federal,
um ex-governador, o filho de um
outro ex-governador, parentes próximos de um governador, dois prefeitos, um assessor especial de um
ministro... Um ministro também foi
acusado e pode se afastar. É como
diz o ditado: a ocasião faz o ladrão.
Num país onde o poder abriga
mensaleiros, sanguessugas e vampiros, o crime organizado tem tudo
para crescer."
FRANCISCO RIBEIRO MENDES (Brasília, DF)
"A "desconhecida e pequena"
Gautama deixa no fio da navalha a
acovardada, desmoralizada e sem
holofotes CPI do Apagão Aéreo, de
onde surgirão aquelas "macroconhecidas" de sempre. Que pena!"
ANTONIO R. DE S. FILHO (Brasília, DF)
"Com mais esse roubo do dinheiro público, podemos entender melhor por que as regiões Norte e Nordeste são as mais miseráveis e têm
os piores índices de desenvolvimento humano. A construtora
Gautama e a maioria dos funcionários envolvidos são de lá. E o pior é
que a maioria dos políticos também
-inclusive governadores.
Se os mais favorecidos do Norte/
Nordeste ignoram as necessidades
básicas do seu povo e a eles só interessa usar o dinheiro público em
benefício próprio, é compreensível
essa horda de migrantes cada vez
mais aumentando o crescimento
desordenado das nossas cidades.
Tenho convicção de que a desigualdade neste país só terá chance
de diminuir se o dinheiro público
começar a ser usado corretamente
no Norte e Nordeste, sem desvios e
corrupções."
PRISCILA SCATENA (São Paulo, SP)
"Enquanto o trabalhador-povo se
esfola para alimentar a voracidade
do Estado por tributos, há, do outro
lado do poço, uma torneira permanentemente aberta para alimentar
os que malversam quantias enormes de recursos públicos. Até quando o povo brasileiro suportará tamanha falta de vergonha?
É surpreendente também o comportamento dos Tribunais Superiores, que, para essa espécie de corruptos, funciona rapidamente e até
nos finais de semana.
Quando um "do povo", coberto pela mesma lei, terá o privilégio de ver
um recurso julgado de um dia para
outro em um domingo?"
AMAURI DIAS CORRÊA (Santos, SP)
"A respeito da reportagem "TCU
aponta irregularidades em obra da
Gautama no AP" (Brasil, 21/5), que
refere ter sido a obra de ampliação
do aeroporto internacional de Macapá "fruto de emenda do senador
José Sarney", desejo esclarecer que
o aeroporto de Macapá é construído com recursos da Infraero, sem
participação de emendas de minha
autoria. Foi a primeira obra do governo Lula na Amazônia.
Lamento não haver recebido a
chamada da Folha, porque a teria
atendido e esclarecido."
JOSÉ SARNEY, senador -PMDB-AP (Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia na
seção "Erramos".
Radares
"Os inconseqüentes e irresponsáveis motoristas estão exultantes
com as novas determinações do
Contran quanto à obrigatoriedade
de avisos da fiscalização por radar
("Multa de radar escondido não vale
mais", Cotidiano, pág. C6, 21/5).
Agora, podem "voar" impunemente, colocando em risco as pessoas normais, aquelas que obedecem às leis.
Sempre fui frontalmente contra
a fiscalização anunciada. Ela não
encontra erros, pois todos se previnem. É uma falácia considerar tal
fiscalização como educativa. Educação vem do berço. O mal-educado tem que ser punido.
O excesso de velocidade deve ser
punido proporcionalmente à gravidade da infração."
JOSÉ DE MATTOS SOUZA (Brasília, DF)
Cidade melhor
"A anistia aos imóveis irregulares
prevista no Plano Diretor equivale,
na Justiça criminal, a fixar um preço para tirar um condenado da cadeia. Parece que há vergonha em fazer com que as leis sejam cumpridas.
Anistiar é alimentar a impunidade e transformar o Plano Diretor,
do qual se espera que contribua para organizar e melhorar esta cidade
tão maltratada, em mero instrumento arrecadatório.
Quem cumpre a lei e paga impostos tem direito a uma cidade melhor."
DARCIO SAYAD MAIA (São Paulo, SP)
Universidade
"O artigo do professor Jorge Megid Neto ("Trapalhadas na Secretaria de Ensino Superior", "Tendências/Debates", 21/5) não consegue
disfarçar a intenção de criticar o governo de Estado mesmo quando
não possui argumentos.
Levanta questões já exaustivamente explicadas e fala de "incursões sobre autonomia" sem apresentar nem sequer um dado concreto e sem explicar por que os próprios reitores das universidades públicas negam que suas prerrogativas tenham sofrido qualquer arranhão.
O professor se contradiz quando
afirma que não é atribuição da universidade colaborar com o ensino
básico e, logo adiante, diz que "à universidade compete colaborar" com
isso -o que já o faz, aliás.
Ignora que as Fatecs mantêm seu
vínculo intocado com a Unesp.
Atrapalha-se quando afirma que
uma secretaria de Estado não pode
assumir atribuições do MEC, quando a Constituição lhe concede esse
direito.
Ao comentar o projeto da Unesp,
comete outras confusões: denomina-o de "proposta do governo",
quando, na realidade, é uma proposta da Unesp; afirma "que os alunos entrarão no ensino superior
sem precisar de seleção", quando
uma das características desse projeto é de um processo seletivo moderno e aprimorado, que avalia e
considera a performance dos jovens durante os três anos do ensino
médio, substituindo um vestibular
anacrônico, que privilegia as condições econômicas dos candidatos.
São medidas coerentes com um
esforço para incluir jovens no ensino superior sem perder a preocupação com a defesa da qualidade do
ensino superior. O resto é trapalhada."
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, secretário de Ensino
Superior (São Paulo, SP)
Octavio Frias de Oliveira
"A Folha agradece as manifestações de pesar pela morte de Octavio
Frias de Oliveira recebidas de: Flora Gil (Brasília, DF); Cecilia Gallardo, cônsul-geral do Chile (São
Paulo, SP); Paulo de Tarso Nogueira, "O Estado de S. Paulo" (São
Paulo, SP); Múcio Aguiar Neto,
secretário-executivo da AIP -Associação da Imprensa de Pernambuco (Recife, PE); Arnaldo Jabor,
cineasta (São Paulo, SP); Alberto
Pfeifer, diretor-executivo Ceal
-Conselho de Empresários da
América Latina (Santos, SP); Adolfo Lemes Gilioli, presidente-emérito da Academia Cristã de Letras
(São Paulo, SP); Carlos Camargo,
presidente estadual da Juventude
do PP-SP (São Paulo, SP); Edir
Macedo, bispo líder da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da Rede Record de TV (São
Paulo, SP); Renato Simões, jornal
"A Tarde" (Salvador, BA); Marcos
Leopoldo e Silva (São Paulo, SP);
André Schwartz (São Paulo, SP);
Sersen Lambranho (São Paulo,
SP); Paulo Marra (São Paulo, SP);
Diretoria da Apae de São Paulo
(São Paulo, SP).
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Ricardo Berzoini: A usurpação da autocrítica
Próximo Texto: Erramos Índice
|