São Paulo, sábado, 22 de julho de 2006

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LUCIANO MENDES DE ALMEIDA

Pensando na saúde

OLHANDO para o futuro e desejando o melhor para nosso país, perguntei a Deus o que era mais necessário. Responde internamente em forma de oração: a fé. Sem Deus nada. A cada dia percebemos melhor a necessidade de Deus, de um contato íntimo e constante com Ele. Logo após, tornei a perguntar: e o que mais? Há tantas palavras que resumem nosso ideal de vida humana, a começar pela paz de consciência, a paz entre os povos, paz no Líbano e na Terra Santa.
No entanto, olhando para o dia-a-dia de nosso povo mais simples e sofrido, a pergunta a Deus se transformou numa súplica que envolve as políticas públicas de nosso país. Num momento eleitoral não podemos esquecer educação e trabalho. Mas aflora com urgência a maior atenção à saúde. É verdade que muito se tem feito nos últimos anos nos investimentos de saúde e, em especial, na progressiva implantação do SUS. Sou testemunha do empenho em aperfeiçoar o sistema que tanto bem tem feito aos pobres; precisamos progredir mais e assegurar a qualificação de nossos médicos e corpo de enfermagem.
Preparando os programas eleitorais, cabe uma reflexão global nas várias instâncias governamentais, desde a União até os municípios, para privilegiar a saúde nas iniciativas e nos orçamentos públicos. Preciso aproveitar estas linhas para externar meu reconhecimento por todos os que me têm acompanhado nos dias de internação hospitalar. Já estou em fase de plena recuperação. Sinto o dever de colocar em evidência as duas instituições que me acolheram. Em Belo Horizonte, o Hospital Madre Teresa, fundado pelas religiosas Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que vêm atendendo com especial competência e atenção, especialmente os pobres.
Há cinco dias fui transferido para o Hospital das Clínicas em São Paulo, imenso complexo, o maior da América Latina, da Faculdade de Medicina da USP.
É modelo de eficiência e acolhimento, desde cedo aberto a 10.000 pacientes por dia, 2.700 operações por mês, 300 partos de risco, além de 2.800 atendimentos diários com distribuição de remédios. São 5.600 funcionários, entre eles 1.500 médicos, sob a orientação do Conselho Diretor presidido pelo dr. Dalton Chamone.
Fico feliz ao constatar este progresso humanitário e peço a Deus que ilumine nossos cientistas e políticos para garantir ao povo sofrido e querido um atendimento de alto nível. Pensar em Deus é comprometer-se com a saúde dos irmãos e irmãs.


almendescuria@yahoo.com.br

DOM LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
escreve aos sábados nesta coluna.


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