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LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Pensando na saúde
OLHANDO para o futuro e desejando o melhor para nosso país, perguntei a Deus o
que era mais necessário. Responde
internamente em forma de oração:
a fé. Sem Deus nada. A cada dia percebemos melhor a necessidade de
Deus, de um contato íntimo e constante com Ele. Logo após, tornei a
perguntar: e o que mais? Há tantas
palavras que resumem nosso ideal
de vida humana, a começar pela
paz de consciência, a paz entre os
povos, paz no Líbano e na Terra
Santa.
No entanto, olhando para o dia-a-dia de nosso povo mais simples e
sofrido, a pergunta a Deus se transformou numa súplica que envolve
as políticas públicas de nosso país.
Num momento eleitoral não podemos esquecer educação e trabalho. Mas aflora com urgência a
maior atenção à saúde. É verdade
que muito se tem feito nos últimos
anos nos investimentos de saúde e,
em especial, na progressiva implantação do SUS. Sou testemunha
do empenho em aperfeiçoar o sistema que tanto bem tem feito aos
pobres; precisamos progredir mais
e assegurar a qualificação de nossos médicos e corpo de enfermagem.
Preparando os programas eleitorais, cabe uma reflexão global nas
várias instâncias governamentais,
desde a União até os municípios,
para privilegiar a saúde nas iniciativas e nos orçamentos públicos.
Preciso aproveitar estas linhas
para externar meu reconhecimento por todos os que me têm acompanhado nos dias de internação
hospitalar. Já estou em fase de plena recuperação. Sinto o dever de
colocar em evidência as duas instituições que me acolheram. Em Belo Horizonte, o Hospital Madre Teresa, fundado pelas religiosas Pequenas Missionárias de Maria
Imaculada, que vêm atendendo
com especial competência e atenção, especialmente os pobres.
Há cinco dias fui transferido para o Hospital das Clínicas em São
Paulo, imenso complexo, o maior
da América Latina, da Faculdade
de Medicina da USP.
É modelo de eficiência e acolhimento, desde cedo aberto a 10.000
pacientes por dia, 2.700 operações
por mês, 300 partos de risco, além
de 2.800 atendimentos diários
com distribuição de remédios. São
5.600 funcionários, entre eles
1.500 médicos, sob a orientação do
Conselho Diretor presidido pelo
dr. Dalton Chamone.
Fico feliz ao constatar este progresso humanitário e peço a Deus
que ilumine nossos cientistas e políticos para garantir ao povo sofrido e querido um atendimento de
alto nível.
Pensar em Deus é comprometer-se com a saúde dos irmãos e irmãs.
almendescuria@yahoo.com.br
DOM LUCIANO MENDES DE ALMEIDA escreve aos
sábados nesta coluna.
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