São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Metrô
Inacreditável o que causou todo esse transtorno ontem no metrô de São Paulo. Uma blusa presa entre as portas, que impediu o seu fechamento e fez com que centenas de pessoas entrassem em pânico e acionassem o botão de emergência, abrindo todas as portas.
Como uma simples blusa é capaz de acionar um "super" mecanismo cujo objetivo é proteger quem usa os trens, e não causar pânico?
PAMELA DE LIMA SILVA (São Paulo, SP)

Bienal
Por que a seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, em vez de se preocupar em censurar obras que serão expostas na 29ª Bienal, não se preocupa com assuntos da sua lide, como a reforma do Judiciário?
Se, para a OAB, "representar um crime artisticamente equivale a recomendar a sua prática", o que dizer desses senhores que legislam em causa própria, vide os rábulas-mor de Brasília?
DANIEL AUGUSTO JÚNIOR, fotógrafo (São Paulo, SP)

 

Acho muito justo o pedido de exclusão de exibição na Bienal de obras da série "Inimigos", do artista plástico Gil Vicente.
As obras são o retrato cruel de frios assassinatos de pessoas públicas. Os desenhos, de extremo mau gosto, são uma apologia ao crime, ao crime covarde que impossibilita defesa à vítima.
A arte tem de ser simbólica, para possibilitar fruição estética.
Esse tipo de arte não é simbólica, é de um realismo avassalador contra a vida.
AVANI SOUZA SILVA (São Paulo, SP)

Eleições
Existe um ditado que diz que "nada é tão ruim que não possa piorar". Será que esses 900 mil potenciais eleitores ("Tiririca lidera votação para deputado", Eleições 2010, 19/9) votariam em Tiririca para síndico dos seus condomínios?
MARCELO BELLESSO (São Paulo, SP)

 

Líderes da oposição e alguns eleitores têm dito que Lula venceu e que Dilma Rousseff vencerá com o voto dos analfabetos ou dos ignorantes.
Esquecem que Fernando Henrique Cardoso foi eleito duas vezes em primeiro turno. Pergunto: só uma elite intelectual, a qual esses críticos iluminados julgam pertencer, votou?
RENATO PIRES DA SILVA (São Paulo, SP)

 

O presidente Nixon, em vão, tentou escapar do escândalo de Watergate invocando o "mas eu não sabia", tão familiar atualmente no Brasil. A Justiça americana entendeu que um mandatário tem a obrigação funcional de saber dos atos dos seus auxiliares. Nossas cortes seguirão tal entendimento?
FRANCISCO FARIA (São Paulo, SP)

 

São absolutamente falsas as acusações contidas no texto "Dilma favoreceu firma e aparelhou secretaria, diz auditoria do TCE" (Eleições 2010, 20/ 9), desde o título até o quadro ilustrativo. Em respeito aos leitores, a quem o jornal sonegou informações relevantes para a compreensão dos fatos, cumpre esclarecer o que segue.
1) No que se refere ao pretenso favorecimento da Meta Instituto de Pesquisa em contratação realizada pela Fundação de Estudos e Estatísticas Siegfried Emanuel Heuser (FEE), o TCE-RS considerou como legal a licitação que ensejou a contratação em apreço após a obtenção de todas as informações técnicas, ao contrário do sugerido pela reportagem. Por sua vez, a alegada "negociação sigilosa" constituiu-se, na realidade, em acordo de substituição de garantias, firmado após o resultado da licitação. Este procedimento, além de estar inteiramente amparado na lei, resultou na redução do preço do serviço contratado, em benefício do Estado.
2) É também totalmente infundada a acusação de "aparelhamento" da Secretaria de Energia, Minas e Comunicação (Semc). Nas centenas de páginas das Tomadas de Contas a que a Folha teve acesso, não há uma linha sequer que ao menos sugira a utilização de estrutura pública em proveito político, partidário, pessoal ou de facções, conforme o sentido que se dá à palavra aparelhamento. Quanto aos apontamentos da auditoria sobre aspectos legais e administrativos da movimentação de pessoal da FEE e da Semc, também aqui a reportagem não esclarece que a decisão final do TCE-RS entendeu não ser cabível a imputação de qualquer punição a Dilma Rousseff. Aliás, o próprio Ministério Público, ao examinar as questões relativas ao quadro de pessoal desta unidade, firmou posição no sentido de que, "considerando que a situação em tela se trata de deficiência de ordem estrutural que perdura há longa data, e as procedentes manifestações da sra. Dilma Vana Rousseff (...), somos de opinião de que a mesma não pode ser responsabilizada".
3) O TCE-RS aprovou todas as contas referentes às gestões de Dilma Rousseff à frente da secretaria e da Fundação (1993, 1994, 1999, 2000, 2001 e 2002).
4) A afirmação, no quadro, de que "Dilma pressionou e, em 1998, a multa foi cancelada" é absurda e caluniosa. Sentindo-se prejudicada por uma decisão preliminar do TCE-RS, limitou-se a ex-ministra a apresentar um recurso em que solicitou a revisão do decidido, dentro do normal exercício do direito de defesa garantido a todos. Seu recurso, diante das razões e provas apresentadas, foi acolhido e julgado procedente, firmando-se a posição final daquela Corte em seu favor.
5) Finalmente, além de descabida, chega a ser risível a suposta relação entre a contratação da FEE, em 1992, e os contratos posteriores da empresa vencedora. Remontando a fatos ocorridos 18 anos atrás, a Folha inverte a ordem do processo legal no Estado de direito Democrático. Manipula os fatos, destacando a alegação acusatória, como se fosse comprovada e atual, e desconsiderando a decisão que esclarece e absolve.
JOSÉ EDUARDO CARDOZO, coordenador jurídico da campanha de Dilma Rousseff (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA SILVIO NAVARRO - A reportagem listou irregularidades constatadas pelas auditorias técnicas. Esses documentos são enviados a um ministro-relator, nomeado politicamente, que emite seu voto. Todas as informações citadas são públicas e estão disponíveis no TCE-RS.

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