São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2008

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PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Terremoto
"A terra acabou de tremer por aqui..."
SERGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)

"Moro no ABC paulista e aqui o chão também tremeu -e tudo o que tem na casa.
Foi uma sensação ruim, nunca havia sentido isso. É estranho.""

DOUGLAS F. MANTOVANE (Santo André, SP)

Meia merreca
"Os pobres auditores da Receita Federal, que recebem uma "merreca" de R$ 13,4 mil por mês, estão em greve pedindo aumento para mais de R$ 19 mil.
Sugiro que professores, policiais civis e militares e enfermeiros, só para ficar em alguns exemplos, entrem também em greve exigindo ganhar a metade da "merreca" que recebem os auditores."
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)

Indenizações
"O editorial "Vítimas e vítimas" (Opinião, 20/4) não chegou ao xis da questão.
Ao anistiar um ex-resistente ou qualquer outra vítima da ditadura militar, o Ministério da Justiça reconhece que ele sofreu algum ou todos estes danos: físicos, psicológicos, morais e profissionais.
No entanto, apenas os danos profissionais dão direito à pensão mensal vitalícia, de forma que, quem perdeu uma perna, mas não um emprego, recebe só uma indenização em parcela única -de até R$ 152 mil.
Esse critério equivocado deu margem às tão criticadas distorções nos valores (exagerados em alguns casos, subdimensionados em outros).
De resto, erra a Folha ao lançar dúvidas sobre o direito que os participantes da luta armada têm à reparação, pois, da mesma forma que os membros da Resistência Francesa, por exemplo, estavam enfrentando uma tirania.
Depois que o governo legítimo foi derrubado por golpistas, que submeteram os Poderes da nação aos seus desígnios e passaram a exercer o terrorismo de Estado, todo cidadão tinha o direito -e até o dever- de resistir ao arbítrio."
CELSO LUNGARETTI, jornalista, escritor e ex-preso político anistiado pelo Ministério da Justiça (São Paulo, SP)

"Tem me causado uma profunda indignação a série de mensagens colocadas aqui questionando a justiça das indenizações pagas às vítimas da ditadura militar, o regime mais tirânico que tivemos no país.
Pior. Tentam colocar os direitos de seus agentes em pé de igualdade com os das suas vítimas.
O que temos são pessoas que foram torturadas, mutiladas ou mortas nos calabouços do Estado, que, pela noção de direito mais elementar, teria a responsabilidade de defender a sua integridade física. A grande maioria dessas pessoas era de inocentes de ações armadas contra a ditadura.
Do outro lado, agentes que sabiam muito bem o que estavam fazendo e, por livre opção, torturavam e matavam.
Isso me leva a pensar na atual situação da Alemanha, que continua pagando indenizações às vítimas do regime nazista, às vezes até aos seus netos.
Em nenhum momento se ouve falar em indenizar os soldados nazistas que morreram vítimas dos partisanos e guerrilheiros, coisa que provocaria escândalo."
NYLSON GOMES DA SILVEIRA FILHO (Bertioga, SP)

"Concordo totalmente com a leitora Ana Rosa Bellodi, de Jaboticabal ("Painel do Leitor" de ontem). Passou das raias do absurdo o pagamento de indenização monetária (com o meu dinheiro) a anistiados políticos do regime militar.
Já passou da hora de o governo federal pagar, aí sim, aqueles que esperam há anos (e bota anos nisso) pela correção monetária do FGTS dos planos econômicos Verão e Collor 1.
Essa pouca-vergonha continua pendente nos tribunais, que se transformaram no verdadeiro calvário daqueles que dependem de quem deveria fazer justiça.
Até quando?"
EMÍDIO ORNELLAS DE ALMEIDA (Pompéia, SP)

Biocombustíveis
"Após ler a reportagem "Movimentos sociais também criticam álcool", no caderno Dinheiro de ontem, resolvi dar minha opinião sobre o assunto. O álcool é uma falácia, só deixando os usineiros cada vez mais ricos. sem recolhimento adequado de impostos, FGTS, INSS... e com o pagamento de baixos salários.
Sem automóveis, caminhões etc., a gente vive, apesar de tudo, nem que os transportes voltem a ser feitos como antigamente, a cavalo. Mas sem comida ou sem água..."
BRAZ FERRAZ CARLOMANHO (Piracicaba, SP)

Isabella
"Quem vai exercer o poder de crítica da imprensa em relação às redes de televisão -e, objetivamente, à Rede Globo?
Sinto-me no ímpeto de telefonar para um 0300 qualquer e votar se acho o casal Nardoni/Jatobá culpado ou inocente.
A que ponto chega a livre imprensa e a invasão dos direitos de cidadania de qualquer um no país?"
ELIANA CACHUF (São Paulo, SP)

Direita
"Acho que a última página do caderno Ilustrada é reservada especialmente para a direita preconceituosa e subserviente. Como se já não bastasse o senhor Nelson Ascher com sua paranóia anti-esquerda, tem também João Pereira Coutinho com sua "islamofobia". Este baixou o nível ao caracterizar o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter como um "idiota útil".
O Hamas não pode ser ignorado nas negociações, e Israel põe muito mais empecilhos do que aquele grupo.
A brutalidade de Israel para com os palestinos é criminosa, pois generaliza todos como terroristas."
JOÃO HUMBERTO VENTURINI (Piracicaba, SP)

Sindicato
"Diante do texto "Nova regra sindical provoca críticas do setor patronal" (Dinheiro, 20/4), que afirma que a Fecomercio apóia a norma, sem haver explanação sobre o referido posicionamento, a entidade esclarece alguns pontos.
A Fecomercio apóia a consolidação das regras sindicais que colaboram para a moralização do sistema sindical brasileiro, mas é contrária à possibilidade de criação de várias entidades representantes de categorias idênticas, como tenta induzir a reportagem.
Esta federação avalia ainda que a nova portaria não inovou ao permitir a criação de outras entidades sindicais de mesmo gênero. Apenas foram consolidadas as antigas regras de direito sindical em um único instrumento: a portaria 186/08.
A única matéria considerada pela Fecomercio como uma "inovação" da nova norma é a adoção do princípio da unicidade sindical pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o que, por si só, põe fim ao caráter especulador de que a nova norma irá fomentar a criação de várias entidades do mesmo gênero na mesma base territorial."
LUIS ANTONIO FLORA, gerente do Departamento Jurídico da Fecomercio -Federação do Comércio do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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