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São Paulo, sábado, 23 de agosto de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Taiwan
"A Embaixada da China no Brasil vem por meio desta expressar a sua posição a respeito dos artigos sobre Taiwan publicados nas páginas de Turismo da edição de 18/8. Observamos que esses textos usaram a expressão "Minichina", tomando Taiwan como país. Esse ponto de vista é errado. Desde a Antiguidade, Taiwan pertence à China. Em 1º de outubro de 1949, proclamou-se a República Popular da China, e o regime do Partido Nacionalista retirou-se a Taiwan, tomando-a como seu abrigo. A comunidade internacional reconhece que Taiwan pertence à China. Em outubro de 1971, ao aprovar-se a resolução nº 2.758, na 26ª Assembléia Geral das Nações Unidas, restauraram-se todos os direitos legítimos da República Popular da China nessa organização e foram expulsos os "representantes" das autoridades de Taiwan. Desde a fundação da República Popular da China, 163 países estabeleceram relações com ela e reconhecem -sem exceção- que só há uma China, que o governo da República Popular da China é o único governo legítimo e que Taiwan faz parte da China. O governo chinês se opõe com firmeza a qualquer declaração ou ato destinado a cindir a soberania e a integridade territorial da China, opõe-se à idéia de "uma China e uma Taiwan". Realizar a reunificação completa da pátria é o desejo comum de todo o povo chinês. É um assunto que envolve a dignidade da nação chinesa e a integridade territorial e a soberania do país. Já resolvemos com êxito as questões de Hong Kong e de Macau sob a orientação de "reunificação pacífica e um país, dois sistemas". Vamos esforçar-nos por resolver, sob a mesma orientação, a questão de Taiwan. O Brasil também reconhece que só há uma China no mundo -Taiwan é uma parte inalienável da China. Para manter as boas relações entre a China e o Brasil, esperamos que o jornal deixe de publicar artigos desse tipo."
Shang Deliang, conselheiro de Imprensa da Embaixada da República Popular da China (Brasília, DF)

Febem
"Diferentemente do que afirma nota do "Painel" de 17/8, "Marketing em teste", o PT não tem mero interesse eleitoral no debate sobre a Febem. O partido condena os maus-tratos denunciados nas unidades 30 e 31 da instituição. Também lamenta que a brutalidade instaurada no sistema já tenha culminado no assassinato de funcionários. Um novo modelo exigiria descentralização, a construção de pequenas unidades e a obrigatoriedade de os internos frequentarem regularmente as aulas e receberem atendimento especializado. A Folha, mesmo noticiando que, desde março, a prefeitura espera uma definição do Estado sobre a municipalização da liberdade assistida, não dispensou uma linha sequer para se posicionar sobre o assunto."
Ítalo Cardoso, presidente do Diretório Municipal do PT (São Paulo, SP)

Reforma agrária
"Infelizmente, a reforma agrária do governo Lula está descambando para um perigoso patamar de pré-revolução comunista devido às ações violentas, desordeiras e anárquicas do MST. Com o MST comunista, não poderemos gozar de paz e prosperidade completas devido ao desestímulo de investimentos no meio rural e à constante ameaça de invasões, à queima de pastos, à destruição de culturas, de casas e benfeitorias e à matança de gado, chegando ao cúmulo de expulsar os donos. Um governo democrático deveria colocar nossos eficientes agentes de contra-espionagem infiltrados no MST. Se o MST "tem o direito" de invadir, os proprietários também têm o direito de defender os seus bens, como muito bem garantiu o ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura. Na Constituição, está previsto o direito à propriedade."
Geraldo R. Braga (São Paulo, SP)

Soluções inteligentes
"Se os EUA, que são a nação mais poderosa do mundo, não conseguem desarmar os terroristas de Bagdá, por que pensam ter autoridade para condenar as autoridades palestinas por não deter o terrorismo? A situação no Oriente Médio demanda atitudes inteligentes."
Frederico Gorski (Florianópolis, SC)

Iraque
"Nada justifica o terrorismo. Nada justifica também o terror praticado pelos EUA. O atentado que vitimou, entre outros, um brasileiro mostra o quanto ficou desgastada a imagem da ONU. George W. Bush e Tony Blair levaram adiante uma guerra mesquinha, não respeitando -tal qual faz Israel- os apelos pela paz mundial. O preço de tanta insanidade é o sofrimento dos inocentes."
Odilon Antonio Menegusso (Limeira, SP)

"O presidente dos EUA, George W. Bush, está ficando num beco sem saída em sua guerra contra o Iraque. Só agora Bush está se dando conta da razão pela qual as tropas de elite de Saddam Hussein não defenderam Bagdá. As forças eram desiguais, e a derrota, certa. Como ficou provado, os iraquianos não tinham as tais fantasiosas armas de destruição em massa. Os homens de Saddam optaram pela guerrilha contra as forças invasoras. Nesse campo de luta, os americanos não poderiam contar com suas possantes bombas inteligentes e seus fantásticos aviões de combate. O aumento gradativo de soldados mortos e feridos acabará por dilapidar o que resta da credibilidade de Bush, com reflexos diretos na eleição presidencial nos Estados Unidos."
Anacio Haddad (São Paulo, SP)

Menos impostos
"À guisa de salvar a pátria, iluminados de Brasília anunciam estudos para sobretaxar a bebida alcoólica. Ficaria perplexo se o tal grupo de trabalho do governo estudasse a redução de impostos e taxas incidentes sobre a alimentação com o objetivo de barateá-la. Enquanto isso, graças à destrambelhada política econômica, a renda do trabalhador brasileiro despenca..."
Sylvio L. Almeida Jr. (São Paulo, SP)

Restauro de monumentos
"Muito louvável a iniciativa do Grupo Pão de Açúcar de presentear São Paulo com a instalação de uma fonte no parque Ibirapuera. A atitude certamente incentivará outros grandes grupos a seguirem esse belo exemplo de parceria com a prefeitura na construção e na revitalização de obras. Há monumentos, estátuas e bustos que, nos últimos anos, foram retirados das praças públicas para serem restaurados e não mais retornaram aos seus locais de origem. Por simbolizarem marcos da tradição histórica e cultural da cidade, essas obras de arte necessitam ser apadrinhadas com urgência para que voltem a brilhar aos olhos do povo por ocasião dos festejos dos 450 anos da cidade."
Pedro Paulo Penna Trindade (São Paulo, SP)

Raposo Tavares
"A rodovia Raposo Tavares, que liga a capital ao oeste paulista, é responsável por um número absurdo de acidentes. Ao dirigir por essa rodovia, assistindo a acidentes, a pedestres que atravessam a pista e a carros sem faróis ou cintos de segurança, temo pela fiscalização precária, cuja atuação deficiente, com radares inexistentes, confirma a insensatez e o abandono em que vivemos."
Fábio Eitelberg (São Paulo, SP)

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