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INDEFINIÇÃO
A pesquisa Datafolha divulgada hoje detecta uma rápida reviravolta na corrida eleitoral pelo Palácio dos Bandeirantes. No levantamento anterior, realizado em 9 de setembro, o ex-governador Paulo Maluf tinha 35% das intenções de voto e
liderava com boa vantagem sobre
seus adversários mais próximos: o
atual governador Geraldo Alckmin,
do PSDB, que tinha 25%, e o deputado federal do PT José Genoino, então
preferido por 17% dos eleitores.
Mas, segundo os resultados da nova Datafolha, as intenções de voto de
Maluf caíram seis pontos percentuais em apenas 11 dias. Como esse
movimento foi acompanhado por
ascensão de seis pontos percentuais
de Alckmin, suas posições se inverteram: o tucano está à frente, com 31%,
e Maluf tem 29%. Genoino subiu novamente, agora para 22%.
Tendo em conta que a margem de
erro da pesquisa é de três pontos para mais ou para menos, pode-se dizer que há empate técnico entre
Alckmin e Maluf. Mas também é lícito afirmar que Maluf pode estar bem
pouco à frente de Genoino.
Considerando, além da margem de
erro, a intensidade das mudanças recentes das intenções de voto, a discussão em torno da eleição paulista
mudou muito. Até há pouco, discutia-se, essencialmente, quem seria o
adversário de Paulo Maluf no segundo turno. Hoje, as certezas diminuíram muito. Cabe indagar, especialmente, se Maluf conseguirá deter seu
desgaste para assegurar uma vaga no
turno final ou se terminará em terceiro lugar -hipótese que, poucos dias
atrás, não era seriamente cogitada.
Alckmin tornou-se o nome que parece reunir maior probabilidade de
chegar ao segundo turno, e as chances de Genoino se tornaram bem
mais concretas. Se eventualmente
Maluf ficar de fora do segundo turno, será um resultado marcante, pois
o malufismo há muitos anos se situa
como uma duas maiores forças políticas no Estado de São Paulo.
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