São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2005

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PT
"Em resposta à nota publicada na coluna de Demétrio Magnoli de ontem ("A base e o Brasil", Opinião, pág. A2), cabe-me esclarecer que nenhum pagamento até agora foi feito pelo PT aos advogados contratados pela Executiva anterior para assessorar o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Nenhum pagamento será feito na gestão de transição do atual presidente. Tendo em vista que o contrato foi firmado pela Executiva anterior, o próximo presidente do partido vai deliberar, na rescisão, qual o valor da remuneração dos advogados, cuja prestação de serviços não excedeu a data da posse deste presidente. Quem mente, portanto, é o colunista Demétrio Magnoli, que, mais uma vez, divulga informação arbitrária e deturpada. Enquanto este presidente estiver respondendo pelo partido, esta decisão será integralmente mantida."
Tarso Genro, presidente nacional do PT (Brasília, DF)

Resposta do colunista Demétrio Magnoli - Na sabatina da Folha, Tarso Genro negou que o PT fosse responsável pelo pagamento dos advogados de Delúbio Soares. Agora, admite que o PT contratou os advogados e que os contratos não foram rescindidos, mas lança dúvidas sobre se o próximo presidente do partido vai honrá-los ou dar calote.

Chaui
"Creio que a Folha errou ao publicar a carta da professora Marilena Chaui a seus alunos sem a autorização dela ("Em carta a alunos, Chaui explica seu silêncio", Brasil, 21/9). O silêncio é um direito que as normas do bem informar deveriam respeitar."
Ennio Candotti (São Paulo, SP)

Câmara 1
"Eu não acredito que o povo de Pernambuco, Estado com homens e mulheres notáveis, vá nos devolver ao Congresso em 2006 uma figura tão nefasta (e, pelo visto, corrupta) como o deputado Severino. Está passando da hora de promover uma verdadeira limpeza na sujeira da casa legislativa brasileira. E só o povo pode fazer isso."
José Salles Neto (Brasília, DF)

Câmara 2
"A reportagem "João Paulo causou dano de R$ 252 mil, vê TCU" (Brasil, pág. A15, 22/9) obriga-me a apelar a esse jornal a fim de tentar reparar danos à minha imagem profissional e à imagem de minha empresa. O texto relata conclusões preliminares de uma auditoria do Tribunal de Contas da União e não há reparos sobre o relato da repórter, mas é necessário esclarecer alguns pontos: 1. A empresa Idéias, Fatos e Texto Ltda. prestou efetiva consultoria de comunicação à Câmara dos Deputados no ano de 2004 no âmbito do contrato de publicidade da Casa; 2. O conjunto da mídia brasileira (em especial o grupo de repórteres que cobrem o dia-a-dia do Parlamento) é a melhor testemunha que pode ser designada para atestar os trabalhos empreendidos por mim na rotina da Câmara dos Deputados no ano de 2004. Esses trabalhos foram realizados por intermédio de minha empresa, então contratada pela agência de publicidade SMP&B; 3. Todos os serviços de consultoria de comunicação descritos no contrato foram prestados, a freqüência do trabalho era praticamente diária e a avaliação da evolução da imagem da Câmara e das demandas de mídia e da sociedade em relação à pauta legislativa era realizada, no máximo, em reuniões mensais; 4. Todos os serviços prestados pela Idéias, Fatos e Texto Ltda. à Câmara dos Deputados foram atestados por notas fiscais rigorosamente emitidas, tendo sido os respectivos impostos regiamente recolhidos."
Luís Costa Pinto, sócio-gerente da Idéias, Fatos e Texto Ltda., Consultoria em Comunicação & Estratégias (Brasília, DF)

Unesp
"A reportagem "Docentes dizem que corte é "ato político" (Cotidiano, pág. C10, 22/9) diz erroneamente ser nossa a afirmação de que a contenção de gastos adotada por esta universidade tem como finalidade cobrir o déficit orçamentário de R$ 21 milhões. Na mesma página, o jornal mostra que a medida visa economizar R$ 10 milhões. E o citado déficit, apontado no texto como sendo "deste ano", na verdade foi gerado em 2004, na gestão anterior à atual, que teve início em 15 de janeiro deste ano."
Maurício Tuffani, assessor de comunicação e imprensa da Unesp -Universidade Estadual Paulista (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Tráfico
"De acordo com a lei federal 9.804, de 1999, os bens apreendidos no combate ao tráfico de drogas podem ser leiloados e o produto financeiro obtido pode ser usado em atividades de prevenção de uso de drogas, no tratamento, reabilitação e reinserção social de dependentes e na pesquisa e repressão na área. Nós, que trabalhamos com recursos públicos escassos, vemos em tal fonte uma oportunidade para ampliar nossas ações. Mas a burocracia e a lentidão do Judiciário fazem com que deixemos de usar tais recursos, já que, como os processos se arrastam, os bens se deterioram. Diante de tal realidade, torna-se mais revoltante o roubo dos R$ 2 milhões apreendidos no Rio de Janeiro. Além de ser resultado da venda de substâncias que destroem pessoas, tal montante seria instrumento essencial para os programas antidrogas. Os autores de tal roubo devem ser tratados com todo o rigor possível."
José Elias Aiex Neto, secretário municipal Antidrogas (Foz do Iguaçu, PR)

Usina
"Em relação à reportagem "Hidrelétrica ameaça cachoeiras em MT" (Ciência, 14/9), sobre o AHE Dardanelos, o consórcio Eletronorte/Odebrecht esclarece: 1) A concepção do projeto teve como premissa a conciliação entre a geração de energia e os demais usos dos recursos hídricos, entre os quais se destacam o abastecimento público e as atividades de turismo e lazer associadas às cachoeiras; 2) O regime hidrológico do rio apresenta grandes variações naturais de vazão, de 1.500 m3/s, nos períodos de cheia, a fluxos reduzidos de apenas 18 m3/s na estiagem. Com a implantação do AHE Dardanelos, essas vazões passariam a variar de 1.200 m3/s a 12 m3/s, e a geração de energia será também variável; 3) A concepção de Dardanelos não inclui formação de reservatório, o que elimina a inundação de áreas e provoca a perda de habitats importantes para a flora e a fauna; 4) A principal interferência sobre o ecossistema estará relacionada à redução de vazão num trecho de cerca de 2 km, em que parte da água será desviada; 5) Assim, não é verdade que as cachoeiras irão secar e que a beleza cênica da região irá desaparecer. O consórcio Eletronorte/Odebrecht esclarece ainda que o EIA/Rima está disponível na Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Mato Grosso."
Luis Carlos Ferreira, superintendência de Meio Ambiente da Eletronorte (Brasília, DF)

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