São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Consciência
"Acho que o feriado da Consciência Negra só promove a discriminação. Se propuserem um feriado para a consciência nordestina em São Paulo, por exemplo, vão sair atirando, reclamando que o nordestino é igual a qualquer um e que não pode ser "distinguido" desta forma. Até aceito este feriado, mas com o nome de "Dia da Consciência Pesada", porque, aí sim, lembraríamos das nossas discriminações contra outros seres humanos iguais a nós, contra negros, índios, italianos, japoneses, branquelas, galegos, alemães, paulistas, nordestinos, baixinhos, gordinhos, magrelas, carecas etc. De qualquer forma, a razão do feriado atual é exatamente o novo nome sugerido."
JOSÉ EDUARDO O. DE LIMA (São João da Boa Vista, SP)

Battisti
"O presidente Lula deve mandar extraditar o terrorista Cesare Battisti, ele não vai arrumar uma encrenca pessoal, afinal, desta vez a encrenca seria apenas dele com a Itália. O STF já deu a sentença em nome do Brasil e esta foi pela extradição, agora a que vai ser cumprida é a decisão pessoal. De bobo Lula não tem nada, ele não vai querer uma encrenca com a Itália, país inclusive que será seu ao se aposentar, já tendo sua mulher declarado sua vontade de se mudar para lá e feito a dupla cidadania."
ROBERTO MOREIRA DA SILVA (Cotia, SP)

 

"O destino de Cesare Battisti deve ser mesmo a permanência no Brasil. O jogo de empurra-empurra entre Judiciário e Executivo acena para isso, e o presidente Lula deverá prestigiar ainda uma decisão precipitada do ministro Tarso Genro. Quer ele seja criminoso comum, quer seja criminoso político, vamos ter mais um fora-da-lei em nosso país. Deveria haver, pelo menos, uma compensação: se ele é criminoso comum, poderiam as autoridades mandar para a Itália o "Marcola", do PCC, ou o Fernandinho Beira-Mar, do CV. Se ele é criminoso por motivos políticos, seria trocado por... bom, aí tem de ser alguém já do governo."
SEBASTIÃO DE SOUZA PINTO (Jacareí, SP)

Celso Pitta
"Apesar de suas muitas desavenças na arena pública, o ex-prefeito paulistano Celso Pitta teve o mérito de lançar nada menos que 21 concursos públicos nacionais de arquitetura e urbanismo em seu governo, entre os quais um para a reestruturação urbanística e paisagística para as marginais dos rios Pinheiros e Tietê e outros 20 pelo programa das administrações regionais "São Paulo Eu Te Amo", todos por meio do Instituto de Arquitetos do Brasil/ Departamento de São Paulo. Esse impressionante número de concursos de ideias para a qualificação urbana da cidade deveria ser lembrado como um aspecto positivo de sua gestão."
BRUNO ROBERTO PADOVANO (São Paulo, SP)

Armas
"Muito bem focado o artigo "Sem policiamento, Pantanal "exporta" armas para o Rio" (Cotidiano, ontem): no descaso das Forças Armadas com o policiamento de nossas fronteiras, com a famosa desculpa de que é muito extensa para o correto monitoramento, e a descoordenação dos governos.
Seria muito mais fácil, barato e eficaz se combatêssemos a entrada ilegal com um policiamento extensivo, planejado, moderno e sobretudo contínuo de nossas longas fronteiras, ocupando as três Forças munidas de recursos humanos -que já existem-, financeiros e tecnológicos para efetuar o trabalho como precisa ser feito. Mas, para isso, eles precisarão sair das casernas e trabalhar. E precisarão parar de treinar, para por em prática tudo o que treinaram até hoje. Aí a coisa pega."
FABIO ADRIANO JACINTHO (Presidente Prudente, SP)

Notas fiscais
"A notícia da Folha ("Arquivo sigiloso da Câmara revela notas de "fantasmas", Brasil, ontem) mostra-nos o absurdo dos absurdos que existem nos meios políticos brasileiros. A ética e a moral dos políticos -e do próprio povo brasileiro- fariam Kant, Bentham ou qualquer outro deontologista suicidar-se ainda no ventre materno. A verba indenizatória sigilosa, superior a 90% do salário de um deputado, já é um escândalo pela sua própria existência.
Enquanto o trabalhador brasileiro recebe, quando muito, um auxílio alimentação e vale-transporte que, somados, mal passam de meio salário mínimo, esses sanguessugas locupletam-se do erário público sem qualquer possibilidade de punição. Ou alguém duvida que tudo isso vá acabar em pizza?"
ROBERTO ZAMMATARO (Parapuã, SP)

 

"A brilhante reportagem de Alan Gripp e Ranier Bragon é uma pequena mostra da podridão que impera no Legislativo brasileiro. Em qualquer país medianamente decente grande parte de nossos deputados estaria na cadeia.
Aqui, ao contrário, eles inventam desculpas absolutamente inverossímeis para justificar o injustificável e, protegidos por leis que eles próprios criam, ficam imunes a punições e cada vez mais incentivados a fazer mais e mais e se "lixarem" para a opinião pública. Aqui é mesmo o reino da corrupção."
ANTONIO CARLOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE FRANCO (São Paulo, SP)

 
"Em relação à matéria publicada sobre verba indenizatória, informamos que:
É incorreta a afirmação de que o então presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, "ïnventou um benefício quase secreto e indireto". A verba indenizatória não foi criada por ele. Já existia -e continua existindo- como prática administrativa em diversos parlamentos da Europa e dos Estados Unidos.
A criação da verba indenizatória teve a finalidade de ordenar e dar transparência às despesas da atividade parlamentar, diferenciando salário dos gastos do exercício da função. A medida determinava que esses recursos fossem aplicados apenas em atividades diretamente relacionadas ao exercício parlamentar e previa rigoroso controle do uso dos mesmos, inclusive por meio de auditoria. O valor pago à época era de R$ 7.000, e não de R$ 15 mil, como publicado.
Na gestão Aécio Neves, a Câmara criou o Código de Ética e Decoro Parlamentar, o Conselho de Ética, a Ouvidoria e a comissão por meio da qual podem ser apresentados projetos de iniciativa popular. E ainda pôs fim ao benefício da imunidade parlamentar para crimes comuns."
HUGO TEIXEIRA, superintendente de imprensa do governo de MG (Belo Horizonte, MG)

Resposta dos jornalistas Fernando Rodrigues, Alan Gripp e Ranier Bragon - A reportagem trata do benefício criado por Aécio Neves para a Câmara dos Deputados, no Brasil. Não está escrito que o governador mineiro tenha sido o autor da invenção em nível mundial.
Sobre o valor inicial da verba indenizatória, está registrado que era de R$ 7.000 em 2001 no texto "Caixa Preta foi criada por Aécio Neves em 2001". O valor de R$ 15 mil, como está na reportagem principal, é o montante usufruído mensalmente pelos deputados no final de 2008, período para o qual foram divulgadas as notas fiscais.

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