São Paulo, terça-feira, 24 de março de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Transporte
"Extremamente oportuna a abordagem da Folha neste domingo sobre a inviabilidade do transporte terrestre de cargas hoje na região central do Brasil ("Colapso da infraestrutura trava a safra", Dinheiro), o que nos coloca numa situação crítica quanto à competitividade e aos preços finais dos produtos gerados naquela região.
Pecou, todavia, por não discorrer sobre as hidrovias, um meio de transporte alternativo, econômico, não poluente e ambientalmente sustentável."
LUIZ ANTONIO PEREIRA DE SOUZA (São Paulo, SP)

Drogas
"Parabéns ao jornalista José Maria e Silva ("Ciência viciada", "Tendências/Debates", ontem). É só olhar a cracolândia e iremos verificar que ele tem razão. Estamos assassinando nossas crianças e nossa juventude.
Vamos, dessa maneira, dando apoio aos traficantes, os maiores responsáveis pela violência em nosso país. Infelizmente, as autoridades se preocupam em facilitar a vida dos usuários de drogas em vez de combater a criminalidade, onerando dessa maneira os gastos sociais, pois não é só o usuário de drogas que precisa de atendimento médico.
Familiares também são vítimas desses criminosos. As drogas são hoje o câncer da nossa sociedade e precisam ser combatidas, e não facilitadas."
ROBERTO GERMANO RIBEIRO (São Paulo, SP)

"O senhor José Maria e Silva critica os tímidos avanços despenalizantes da atual lei penal brasileira sobre drogas. Mas propõe o quê?
Colocar na cadeia cerca de oito milhões de pessoas? Ele ataca a política de redução de danos, mas propõe o que como alternativa? A potencialização e a maximização dos danos?
Ele é contra as terapias substitutivas. Não quer que o viciado em crack troque essa droga pela maconha, mas isso significa que ele vai continuar usando crack. A política preconizada pelo autor do artigo é o genocídio dos usuários de drogas. Isso fica claro quando ele se opõe à distribuição de seringas, citando a falta de medicamentos infantis nos postos de saúde.
O seu discurso é que se deve sacrificar os "viciados" para salvar as crianças.
Na sua cabeça, existem os bons e os maus seres humanos, os que merecem a proteção da sociedade e do Estado e aqueles a quem se trata com o direito penal, e só."
GERARDO XAVIER SANTIAGO, advogado (Rio de Janeiro, RJ)

"Fiquei muito feliz de ver que nesse jornal os jornalistas têm a liberdade de escrever a verdade, doa a quem doer.
O jornalista José Maria e Silva é um dos profissionais que me dão orgulhoso de ser brasileiro. Graças a Deus aparece uma pessoa decente como ele e escreve exatamente o que uma pessoa honesta e trabalhadora pensa a respeito da liberação do uso de drogas.
Nós, "povinho", não temos direito a nada. Mendigamos atendimento médico, mendigamos nossos direitos diante de uma sociedade capitalista, na qual quem vive do trabalho honesto, com tantos impostos, tem que esperar as sobras dos "poderosos" que vivem exclusivamente da especulação.
Agradeço ao senhor José Maria por informar a mim e a todos os leitores da Folha sobre essa tal Declaração dos Direitos dos Usuários de Drogas."
APARECIDO PAPARELI JÚNIOR (São José dos Campos, SP)

Estupro e aborto
"Gostaria de parabenizar Luiz Felipe Pondé pelo ótimo texto "A escolha" (Ilustrada, ontem).
Ele foi direto ao ponto nevrálgico desse episódio da menina de Pernambuco, ao contrário de tantas análises reducionistas e parciais publicadas. Estamos diante de uma tragédia de dimensões universais, onde não há saída simples.
Qual é o parâmetro moral e ético para escolher entre salvar uma vida e perder outras duas? Como se fôssemos personagens dos clássicos gregos, sentimos nossa real impotência e insignificância diante de um destino inexorável."
NICOLA GETSCHKO (São Paulo, SP)

Livro
"Sou a viúva de Vilmar Faria, com quem vivi 42 dos nossos 61 anos, idade que tínhamos (ambos) quando ele morreu.
Vilmar Faria foi conhecido por sua competência, discrição e seriedade profissional. Por isso, surpreendeu-me a resenha que o jornalista João Batista Natali fez sobre o livro de memórias de José Gregori ("Ex-ministro faz relato pessoal de cenas históricas", Ilustrada, 21/3).
Dos jantares que aconteciam em nossa residência em Brasília, durante os anos em que Vilmar Faria chefiou a assessoria especial do presidente Fernando Henrique, participavam convidados variáveis, selecionados em razão de temas relevantes de políticas públicas, definidos segundo a conjuntura.
Tratava-se de um trabalho de elaboração analítica e articuladora, devendo ter por resultado conclusões e estratégias de atuação situadas no patamar da competência dos participantes, todos eles ministros ou secretários do governo FHC.
O presidente da República sempre teve conhecimento prévio da pauta, que ajustava com Vilmar, seu assessor de irrestrita confiança profissional e pessoal.
Independentemente do prestígio ou do status dos convidados, nossa residência jamais seria palco de "governos ocultos" ou "câmaras de compensação de angústias" (sic), principalmente porque, tanto no desempenho profissional como na vida pessoal, Vilmar Faria teve pouquíssima paciência para conversas triviais, nenhuma disponibilidade para "transmitir recados" e total aversão à possibilidade de divulgar jantares acontecidos em sua residência."
REGINA FARIA (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista João Batista Natali - As expressões "governo oculto" e "câmara de compensação de angústias" foram empregadas pelo memorialista (pág. 388-390), que, tanto quanto a resenha, não dá a elas conotação negativa.

Polícia
"Diferentemente do que constou da reportagem "Corregedorias das polícias serão primeiro alvo das mudanças, afirma secretário" (Cotidiano, 21/3), cumpre-me esclarecer que o presidente da Associação dos Delegados, doutor Sérgio Roque, tem, sim, o apoio das demais entidades representativas do universo policial civil para o combate à corrupção na polícia.
Tanto isso é verdade que, no dia 12 deste mês, a Representação Coletiva dos Policiais Civis de São Paulo protocolou documento em nome de 11 presidentes de associações e sindicatos em que exige do ex-secretário Ronaldo Marzagão a adoção de medidas drásticas e urgentes a respeito do assunto.
Queremos, sim, uma corregedoria "pró-ativa", que se antecipe aos fatos e puna exemplarmente os culpados."
JARIM LOPES ROSEIRA , presidente da seção regional de São Paulo da International Police Association (São Paulo, SP)

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