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ATENÇÃO A JADER
Foi aprovado o relatório do senador Roberto Saturnino Braga
(PSB-RJ), do Conselho de Ética do
Senado, que recomenda a abertura
do processo de cassação dos mandatos de seus colegas Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) e José Roberto
Arruda (ex-líder do governo, sem
partido-DF). A maioria dos parlamentares do conselho acatou o argumento de que os dois cometeram faltas graves na quebra do sigilo da votação que, no ano passado, retirou o
mandato de Luiz Estevão.
A notícia traz alguma tranquilidade. Afinal, levantou-se uma suspeita
sobre um acordo que vincularia o
abrandamento da pena de ACM à retirada do apoio de seguidores do senador do pedido da chamada "CPI
da corrupção". Mas ainda resta uma
ponta de desconfiança e ela se aloja
na atuação do presidente do Senado,
Jader Barbalho (PMDB-PA).
Anteontem ele decidiu dar um prazo de 15 dias úteis para que a Mesa da
Casa analise o processo que vem do
Conselho de Ética e o despache de
volta. Com isso ampliou-se o prazo
antes previsto para que ACM e Arruda decidam pela renúncia a fim de
evitar que sejam punidos com a cassação e a consequente inelegibilidade por um período mínimo de oito
anos. Ampliou-se também o prazo
para novas manobras parlamentares
e/ou regimentais.
O passado recente não tem sido nada abonador para o modo de Jader
Barbalho conduzir pleitos delicados.
Foi sob seus auspícios que resplandeceu, há duas semanas, a megachicana que ajudou a derrubar a CPI.
Também é preciso trazer à memória
outra manobra protagonizada pelo
presidente do Senado, cancelando
uma sessão do Congresso em que se
votaria a mesma CPI. A desculpa utilizada foi uma homenagem a Mário
Covas que nem sequer ocorreu, causando profundo constrangimento
aos familiares do governador paulista que morreu em março.
Por isso, é preciso estar bastante
atento às próximas movimentações
de Jader Barbalho.
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