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UNIÃO CONSTANTE
Começou a reunir-se a equipe
formada por integrantes das
polícias Federal, Rodoviária, Civil e
Militar e da Secretaria da Segurança
do Estado do Rio de Janeiro que tem
por objetivo reunir esforços para o
combate ao crime organizado. Se
puder ser minimamente preservada
de pressões políticas típicas de um
ano eleitoral, pode tornar-se um
ponto de partida para que o poder
público transforme a atuação conjunta de forças de segurança pública
numa regra para o combate de determinados tipos de crime.
O ministro da Justiça, Miguel Reale
Jr., manifestou o desejo de implantar
forças-tarefas semelhantes em São
Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
O crime organizado, obviamente,
não respeita fronteiras nem jurisdições. Pode-se dizer, inclusive, que ele
se aproveita da falta de entrosamento
entre as diversas instâncias da burocracia nacional e estadual. A estrutura departamental em que estão inseridas as polícias, as secretarias de segurança, a Receita Federal, o Banco
Central, o Ministério Público e as
Forças Armadas é, portanto, pouco
eficaz para o combate a esse tipo
mais sofisticado de criminalidade.
A união em torno de objetivos comuns faz sentido. Mas ela não pode
ser confundida com a simples aglutinação de forças heterogêneas e acostumadas a trabalhar separadamente
umas das outras. Aqui será preciso
desenvolver toda uma "tecnologia
administrativa" nova, em que será
particularmente importante o trabalho com bancos de dados.
Por isso, não se devem esperar brilhantes resultados iniciais das novas
forças-tarefas. Apenas com muito
esforço, quebra de resistências políticas e burocráticas e algum investimento é que, aos poucos, se poderá
elevar o nível do combate ao crime
organizado no Brasil.
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