São Paulo, sábado, 24 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Idéias e ideais
"Com a morte do senador Jefferson Péres, ficamos mais pobres de idéias e de ideais.
Como político atuante e combativo, que fazia da tribuna do Senado sua trincheira de combate à corrupção, era um exemplo de homem público ético, mercadoria cada vez mais rara na política brasileira."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

"Numa entidade em que proliferam o corporativismo, as negociatas de todas as espécies e as trocas de favores -muitos deles escusos-, e onde um em cada três de seus membros tem algum tipo de problema com a Justiça, o senador Jefferson Péres era uma notória exceção, pois sempre se destacou por sua posição independente, lúcida, inteligente, patriótica e, acima de tudo, honesta.
Lamento que, infelizmente, os bons vão primeiro. Fará falta..."
PAULO SÉRGIO PECCHIO GONÇALVES (São Paulo, SP)

Nossa Caixa
"O governo PSDB-SP, de Covas, Alckmin e Serra, só sabe governar vendendo/ doando/ entregando o nosso patrimônio.
Lembrando: já perdemos CPFL, Eletropaulo, Banespa, Telesp, rodovias etc. O dinheiro evaporou, e nós, paulistas, ficamos à mercê da má qualidade dos serviços atualmente prestados.
O subir juntos no palanque, os tapinhas nas costas entre PT e PSDB deveriam ser em prol do combate à fome e à miséria, não para tirar a Nossa Caixa dos paulistas."
SONIA REGINA GATTO MIDE (Ibitinga, SP)

"Se concretizada a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil, terá sido uma jogada de mestre de José Serra. Depois de sanear o banco paulista, e aproveitando a onda de fusões do setor, conseguirá excelente preço pelo ativo.
Conseguirá dinheiro para investimentos de Estado (saúde, transporte, educação e segurança) e ainda neutralizará a oposição estatizante, pois estará repassando o banco estadual para um banco federal, nas mãos do governo do PT.
Se alguém me provar que há sentido em um Estado possuir um banco de varejo, posso repensar minha opinião, mas, por enquanto, fico feliz em saber que teremos quase R$ 5 bilhões a mais no caixa do Estado para investimentos públicos realmente necessários."
JORGE HENRIQUE SINGH (São Paulo, SP)

Índios
"Discordo do exposto ontem aqui pelo leitor Newton de Oliveira em relação às nações indígenas.
Em princípio, o Brasil não "nasceu". Foi produto de uma invasão feroz e gananciosa dos impérios europeus da época. Os povos que aqui viviam antes da chegada dos conquistadores não foram "subjugados". Foram assassinados. Foram obrigados a abrir mão de sua vida, de suas terras, de suas famílias, crenças e deuses. Foram compelidos a seguir uma religião opressora, que cultuava um deus branco e barbudo, à imagem e semelhança do conquistador.
Os nativos não são "cidadãos" como os brancos, urbanos, imigrantes, filhos dos filhos dos invasores. Eles são os verdadeiros filhos da terra e estão em seu direito de defendê-la da "raça branca", que continua a exaurir os recursos, a desmatar e a contrabandear biodiversidade, oferecendo, em troca, doenças, destruição, alcoolismo..."
VIVIANA MENA (Curitiba, PR)

CPMF
"Mesmo com o IOF superando a arrecadação da extinta CPMF, os governistas ainda querem ressuscitá-la. Afinal, 0,1% seria para uma necessidade máxima: a saúde.
Se fosse mesmo para a saúde pública, até vá lá, mas, como todos sabemos, a maior parte dos impostos no Brasil vai para outra saúde. A saúde financeira de empreiteiras, políticos, ONGs e por aí afora."
EDUARDO DAVID CORTEZ (Avaré, SP)

Vamos todos cirandar
"Lula, que abraça Geraldo, que abraça José, que abraça Kassab, que abraça Marta... Vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar...
Miserável povo, que não tem opção de em quem votar para mudar o que está ai. Volta e meia vemos os mesmos de sempre.
Precisamos criar uma força para que a mentalidade do povo mude, para dar oportunidade aos novos, com novas idéias."
EDSON CHIAVEGATO (Itapetininga, SP)

Amazônia
"Tal qual o pai que espanca o filho cruelmente e se irrita quando é criticado pelo vizinho que ouviu a criança chorar, estamos destruindo a floresta amazônica e nos irritamos quando autoridades de outros países nos criticam. Até quando suportaremos quietos a total destruição da Amazônia? Eu mesmo respondo: até que tudo vire cinzas!
Na semana em que o governo anunciou a magra fatia do Orçamento para o Ministério do Meio Ambiente (menos de R$ 300 milhões), acompanhei vários jornais e não vi nenhum comentário sobre esse verdadeiro desinvestimento.
Gastamos muito mais em propaganda governamental do que em preservação."
ALEXANDRE RUSZCZYK NETO (Porto Alegre, RS)

Células-tronco
"Teria direito o ministro Carlos Alberto Direito, do STF, de obstaculizar dessa forma o julgamento sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias? Já decorreram quase 90 dias do seu pedido de vista do processo.
A sociedade exige uma posição do tal ministro."
ALBERTO SEMER (São Paulo, SP)

Portas abertas e fechadas
"O Ipea divulgou que a taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos supera em 3,5 vezes a dos adultos. E que os jovens brasileiros representam 46,6% do total dos desempregados no país.
A discriminação dos nossos jovens, principalmente dos mais pobres, feita pelo mercado de trabalho, é um verdadeiro crime social. Uns dos motivos alegados por empresários contatados pelo Ipea é a falta de experiência dos que procuram o primeiro emprego. Mas como um adolescente em início de carreira pode ter experiência?
A verdade é que, enquanto as portas das fábricas e das lojas se fecham para os nossos jovens, as dos traficantes continuam abertas."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

Leitos psiquiátricos
"Sob a égide de humanização do tratamento psiquiátrico, o Ministério da Saúde pretende extinguir os hospitais psiquiátricos, determinando a implantação de uma rede substitutiva. Mas não leva em consideração dois fatores: 1) as condições sociais, culturais, políticas e econômicas do nosso país; 2) que, na doença psiquiátrica, podem ocorrer situações de urgência e/ou emergência.
Portadores de transtorno mental estão sujeitos a ocorrências que vão de uma simples crise de ansiedade até um surto psicótico agudo, que exige atendimento especializado.
Nós, da Associação de Apoio aos Portadores de Distúrbio de Ordem Mental, constatamos que, após a implantação da reforma, a rede extra hospitalar tem se mostrado insuficiente para o atendimento emergencial. Houve aumento na demanda de usuários devido à falta de recursos humanos e de apoio logístico, o que gerou filas de espera nos serviços extra-hospitalares.
A desativação dos leitos tem sido mais rápida do que a implantação da rede extra-hospitalar, provocando estresse dos bons profissionais e desespero dos familiares e portadores de transtornos mentais."
ELMA SUASSUNA DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

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