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PAINEL DO LEITOR
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Idéias e ideais
"Com a morte do senador Jefferson Péres, ficamos mais pobres de
idéias e de ideais.
Como político atuante e combativo, que fazia da tribuna do Senado
sua trincheira de combate à corrupção, era um exemplo de homem público ético, mercadoria cada vez
mais rara na política brasileira."
LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)
"Numa entidade em que proliferam o corporativismo, as negociatas de todas as espécies e as trocas
de favores -muitos deles escusos-,
e onde um em cada três de seus
membros tem algum tipo de problema com a Justiça, o senador Jefferson Péres era uma notória exceção, pois sempre se destacou por
sua posição independente, lúcida,
inteligente, patriótica e, acima de
tudo, honesta.
Lamento que, infelizmente, os
bons vão primeiro. Fará falta..."
PAULO SÉRGIO PECCHIO GONÇALVES
(São Paulo, SP)
Nossa Caixa
"O governo PSDB-SP, de Covas,
Alckmin e Serra, só sabe governar
vendendo/ doando/ entregando o
nosso patrimônio.
Lembrando: já perdemos CPFL,
Eletropaulo, Banespa, Telesp, rodovias etc. O dinheiro evaporou, e
nós, paulistas, ficamos à mercê da
má qualidade dos serviços atualmente prestados.
O subir juntos no palanque, os tapinhas nas costas entre PT e PSDB
deveriam ser em prol do combate à
fome e à miséria, não para tirar a
Nossa Caixa dos paulistas."
SONIA REGINA GATTO MIDE (Ibitinga, SP)
"Se concretizada a venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil, terá
sido uma jogada de mestre de José
Serra. Depois de sanear o banco
paulista, e aproveitando a onda de
fusões do setor, conseguirá excelente preço pelo ativo.
Conseguirá dinheiro para investimentos de Estado (saúde, transporte, educação e segurança) e ainda neutralizará a oposição estatizante, pois estará repassando o
banco estadual para um banco federal, nas mãos do governo do PT.
Se alguém me provar que há sentido em um Estado possuir um banco de varejo, posso repensar minha
opinião, mas, por enquanto, fico feliz em saber que teremos quase R$ 5
bilhões a mais no caixa do Estado
para investimentos públicos realmente necessários."
JORGE HENRIQUE SINGH (São Paulo, SP)
Índios
"Discordo do exposto ontem aqui
pelo leitor Newton de Oliveira em
relação às nações indígenas.
Em princípio, o Brasil não "nasceu". Foi produto de uma invasão
feroz e gananciosa dos impérios europeus da época. Os povos que aqui
viviam antes da chegada dos conquistadores não foram "subjugados". Foram assassinados. Foram
obrigados a abrir mão de sua vida,
de suas terras, de suas famílias,
crenças e deuses. Foram compelidos a seguir uma religião opressora,
que cultuava um deus branco e barbudo, à imagem e semelhança do
conquistador.
Os nativos não são "cidadãos" como os brancos, urbanos, imigrantes, filhos dos filhos dos invasores.
Eles são os verdadeiros filhos da
terra e estão em seu direito de defendê-la da "raça branca", que continua a exaurir os recursos, a desmatar e a contrabandear biodiversidade, oferecendo, em troca, doenças,
destruição, alcoolismo..."
VIVIANA MENA (Curitiba, PR)
CPMF
"Mesmo com o IOF superando a
arrecadação da extinta CPMF, os
governistas ainda querem ressuscitá-la. Afinal, 0,1% seria para uma
necessidade máxima: a saúde.
Se fosse mesmo para a saúde pública, até vá lá, mas, como todos sabemos, a maior parte dos impostos
no Brasil vai para outra saúde. A
saúde financeira de empreiteiras,
políticos, ONGs e por aí afora."
EDUARDO DAVID CORTEZ (Avaré, SP)
Vamos todos cirandar
"Lula, que abraça Geraldo, que
abraça José, que abraça Kassab, que
abraça Marta... Vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e
meia vamos dar...
Miserável povo, que não tem opção de em quem votar para mudar o
que está ai. Volta e meia vemos os
mesmos de sempre.
Precisamos criar uma força para
que a mentalidade do povo mude,
para dar oportunidade aos novos,
com novas idéias."
EDSON CHIAVEGATO (Itapetininga, SP)
Amazônia
"Tal qual o pai que espanca o filho
cruelmente e se irrita quando é criticado pelo vizinho que ouviu a
criança chorar, estamos destruindo
a floresta amazônica e nos irritamos quando autoridades de outros
países nos criticam. Até quando suportaremos quietos a total destruição da Amazônia? Eu mesmo respondo: até que tudo vire cinzas!
Na semana em que o governo
anunciou a magra fatia do Orçamento para o Ministério do Meio
Ambiente (menos de R$ 300 milhões), acompanhei vários jornais e
não vi nenhum comentário sobre
esse verdadeiro desinvestimento.
Gastamos muito mais em propaganda governamental do que em
preservação."
ALEXANDRE RUSZCZYK NETO (Porto Alegre, RS)
Células-tronco
"Teria direito o ministro Carlos
Alberto Direito, do STF, de obstaculizar dessa forma o julgamento
sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias? Já decorreram quase 90 dias do seu pedido de
vista do processo.
A sociedade exige uma posição do
tal ministro."
ALBERTO SEMER (São Paulo, SP)
Portas abertas e fechadas
"O Ipea divulgou que a taxa de desemprego entre os jovens de 15 a 24
anos supera em 3,5 vezes a dos
adultos. E que os jovens brasileiros
representam 46,6% do total dos desempregados no país.
A discriminação dos nossos jovens, principalmente dos mais pobres, feita pelo mercado de trabalho, é um verdadeiro crime social.
Uns dos motivos alegados por empresários contatados pelo Ipea é a
falta de experiência dos que procuram o primeiro emprego. Mas como
um adolescente em início de carreira pode ter experiência?
A verdade é que, enquanto as portas das fábricas e das lojas se fecham para os nossos jovens, as dos
traficantes continuam abertas."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
Leitos psiquiátricos
"Sob a égide de humanização do
tratamento psiquiátrico, o Ministério da Saúde pretende extinguir os
hospitais psiquiátricos, determinando a implantação de uma rede
substitutiva. Mas não leva em consideração dois fatores: 1) as condições sociais, culturais, políticas e
econômicas do nosso país; 2) que,
na doença psiquiátrica, podem
ocorrer situações de urgência e/ou
emergência.
Portadores de transtorno mental
estão sujeitos a ocorrências que vão
de uma simples crise de ansiedade
até um surto psicótico agudo, que
exige atendimento especializado.
Nós, da Associação de Apoio aos
Portadores de Distúrbio de Ordem
Mental, constatamos que, após a
implantação da reforma, a rede extra hospitalar tem se mostrado insuficiente para o atendimento
emergencial. Houve aumento na
demanda de usuários devido à falta
de recursos humanos e de apoio logístico, o que gerou filas de espera
nos serviços extra-hospitalares.
A desativação dos leitos tem sido
mais rápida do que a implantação
da rede extra-hospitalar, provocando estresse dos bons profissionais e
desespero dos familiares e portadores de transtornos mentais."
ELMA SUASSUNA DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)
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