São Paulo, segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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PT e alianças
"No seu artigo de ontem em "Tendências/Debates" ("Alternativa verde?"), José Dirceu diz que o Partido Verde não é uma alternativa progressista, pelo fato de ser aliado de José Serra em São Paulo e de Cesar Maia no Rio, aliança demo-tucana, como ele diz.
Ora, o histórico político de Serra e de Maia recomendam muito mais do que os currículos suspeitos da alcateia do PMDB (Sarney, Renan, Jader, Jucá e cia.) e do PP (Maluf, Pedro Correa, José Janene e outros), partidos aliados do PT, que Dirceu considera progressista.
Ou seja, tanto PT como PSDB, no poder, fizeram o mesmo: aliaram-se com a direita pela governabilidade. A diferença certamente está na qualidade da direita com a qual o PSDB se aliou, muito menos fisiológica e com projeto de país.
Daí a escolha correta de Marina Silva, priorizando a ética em detrimento do vale tudo."
JOÃO SETEMBRINO DE MORAIS (Brasília, DF)

 

"O artigo de José Dirceu suscita dúvidas: trata-se de um caso de paranoia, ao acusar o PV de associação semi-ilícita com as "elites do PFL-PSDB", ou de simples hipocrisia?
Dirceu acusa o PV de associar-se a um movimento retrógrado nas figuras de Sirkis e Fernando Gabeira, mas ignora completamente a total prostituição do PT para o PMDB e para as oligarquias que destroem este país há décadas.
Apesar do apoio do PT à real oligarquia retrógrada deste país (Sarney, Collor, Quércia, Renan etc.), para Dirceu é Marina Silva que se torna agora algoz dos ideais do partido. Lamentável."
FABIANA CYMROT (São Paulo, SP)

 

"José Dirceu repele a mão estendida dos verdes para promovermos, a médio prazo, um realinhamento histórico entre PT, PSDB e PV para uma governabilidade diferente dessa aliança com as forças do clientelismo, patrimonialismo e atraso.
Felizmente, no mesmo dia, em "O Globo", o companheiro Jorge Viana defende posição oposta à sua e mostra que há vida inteligente no PT.
O texto de Dirceu, claramente destinado ao "público interno", faz grande alarde da minha participação e da de Eduardo Jorge nas gestões de Gilberto Kassab e de Cesar Maia, do DEM.
No caso paulistano, Eduardo Jorge faz um trabalho internacionalmente reconhecido, e Kassab mostra-se um bom prefeito. Minha colaboração com Cesar resultou em notórias realizações ambientais e urbanísticas, não obstante o seu final conflituoso. Como bom jacobino, Dirceu subestima a dinâmica própria da gestão local. Mas, convenhamos, chega a ser cômico criticar-nos por isso e ter como aliados Jader Barbalho, Renan Calheiros, José Sarney e Fernando Collor."
ALFREDO SIRKIS, vice-presidente do PV (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Houve época em que os intelectuais do PT, que inclusive colaboraram na sua fundação, geralmente professores de grandes universidades públicas, manifestavam-se sobre os acontecimentos políticos que envolviam o partido. Não me lembro de ter visto mais nada disso nos últimos meses -ou anos. Depois do mensalão, alguns ainda emergiram para dizer que era tudo armação da direita. Agora nem isso.
Seria importante saber se, após quase sete anos no poder, esses intelectuais estão satisfeitos com o governo de seu partido, com suas alianças -criticadas por muita gente-, com sua maneira de fazer política, com o cumprimento de suas metas, com as reformas que pensavam em fazer etc."
ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

 

"São vários os motivos, agora mais do que nunca, para o governo desistir de lançar a candidatura de Dilma Rousseff.
A aceitabilidade da ministra não mostra ser suficiente para que ela concorra a um cargo de representação. E isso tende a piorar.
Seria uma atitude fina e mais do que sensata por parte do governo não lançar tal candidatura, nem qualquer outra, como tentativa de remissão moral.
Dessa maneira, a verba que seria gasta com propaganda inútil seria poupada e redirecionada à saúde, área tão carente há muito tempo em nosso país. E não seria mais preciso continuar com a ladainha da renovada opção do imposto sobre o cheque.
Talvez assim o governo conseguisse amenizar o questionamento moral dentro de seu partido, ao mesmo tempo em que diminuiria sua dívida para com o povo.
E, seguindo os possíveis efeitos de não ter candidato próprio, o governo poderia apoiar candidatos de outros partidos cujos ideais são compatíveis com os seus de outrora. Nesse caso, apoiar uma possível candidatura da ex-ministra Marina Silva em reverência a tudo o que ela já fez na legenda do governo seria um xeque-mate."
ANDREA SARAIVA (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de dizer ao sr. Mário Sérgio de Melo ("Painel do Leitor" de ontem) que estar ao lado dos ruralistas não é crime em Minas Gerais, onde diversos deputados petistas fazem parte da bancada ruralista -e nem por isso tiveram suas dignidades abaladas.
O agronegócio é um dos maiores empregadores do Brasil.
Agora, se o senador Flávio Arns é oportunista por outros motivos, o povo paranaense poderá julgá-lo nas próximas eleições."
JOSE HELI DIAS PEREIRA (São Lourenço, MG)

Todas religiões
"Em um mundo dominado pela ânsia de poder e de egocentrismo, exemplos como o do casal de médicos Danielle e Carlos ("Casal roda 23 Estados para atender doentes", Cotidiano, ontem) fazem-nos acreditar mais na espécie humana.
Ao abandonarem o conforto da cidade grande para socorrer populações carentes nos locais mais recônditos do país, eles sintetizam a essência de todas as religiões e de toda a moral."
JOARISTAVO DANTAS DE OLIVEIRA (São Carlos, SP)

Universidade
"É sempre um prazer ler artigo do reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar de Almeida Filho, um dos educadores atuais de maior lucidez.
Mas, no texto de ontem ("Universidade estatizada e fundações de apoio'), seria importante que ficasse bem claro qual é o modelo de fundação que ele defende.
Espero que não seja o que se espalhou na Universidade de São Paulo, onde somente a Fuvest e a Fusp podem realmente ser consideradas fundações de apoio, pois são controladas pelo Conselho Universitário e pelo reitor, desde a elaboração de seus estatutos até a indicação de seus membros."
JOSÉ MARIA PACHECO DE SOUZA, professor titular aposentado do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP (São Paulo, SP)

CPMF 2
"O governo vem novamente com aquela conversa de ressuscitar o tal imposto para a saúde e temos que aceitar isso "goela" abaixo?
É incrível como esse pessoal brinca com o dinheiro do povo brasileiro. É um engodo.
Todos nós sabemos que esse dinheiro não irá para a saúde coisa nenhuma, é só para meter a mão em nosso bolso.
O povo brasileiro precisa reagir e lutar para que isso não aconteça." LUIZ ANTONIO PUPO DELGADO médico (Amparo, SP)

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