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Comida salgada
DEPOIS DO colesterol e das
gorduras trans, o sal deverá tornar-se o próximo vilão alimentar a cair na mira das
autoridades sanitárias mundiais.
No Brasil, uma maior atenção
ao sal, fator de risco para a hipertensão arterial, seria bem-vinda.
Nossos níveis de consumo são
alarmantes. Estudos divulgados
no Congresso Internacional de
Hipertensão de 2005 mostraram
que a média nacional de ingestão
vai de 10 g a 15 g diários por pessoa -até 20 g, no Nordeste.
É uma média não muito distante da registrada no mundo
ocidental -12 g-, mas muito
além dos 6 g recomendados pela
OMS. O sal desempenha importante papel na elevação da pressão de cerca de 40% da população. Para estes, uma redução na
ingestão resulta em significativa
diminuição da pressão e, por
conseguinte, do risco de sofrer
de moléstias cardiovasculares, as
que mais matam no Brasil.
Induzir os fabricantes de alimentos a diminuir a quantidade
de sódio é importante, mas parece pouco. É necessário também
esclarecer as pessoas acerca dos
riscos do excesso e orientá-las
sobre como evitar o abuso. Freqüentemente o sódio está presente em produtos "doces", como sorvetes e refrigerantes.
Informação bem explicada e
disseminada é a melhor e mais
democrática arma para derrotar
os vilões da alimentação.
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