São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2006

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Comida salgada

DEPOIS DO colesterol e das gorduras trans, o sal deverá tornar-se o próximo vilão alimentar a cair na mira das autoridades sanitárias mundiais.
No Brasil, uma maior atenção ao sal, fator de risco para a hipertensão arterial, seria bem-vinda. Nossos níveis de consumo são alarmantes. Estudos divulgados no Congresso Internacional de Hipertensão de 2005 mostraram que a média nacional de ingestão vai de 10 g a 15 g diários por pessoa -até 20 g, no Nordeste.
É uma média não muito distante da registrada no mundo ocidental -12 g-, mas muito além dos 6 g recomendados pela OMS. O sal desempenha importante papel na elevação da pressão de cerca de 40% da população. Para estes, uma redução na ingestão resulta em significativa diminuição da pressão e, por conseguinte, do risco de sofrer de moléstias cardiovasculares, as que mais matam no Brasil.
Induzir os fabricantes de alimentos a diminuir a quantidade de sódio é importante, mas parece pouco. É necessário também esclarecer as pessoas acerca dos riscos do excesso e orientá-las sobre como evitar o abuso. Freqüentemente o sódio está presente em produtos "doces", como sorvetes e refrigerantes.
Informação bem explicada e disseminada é a melhor e mais democrática arma para derrotar os vilões da alimentação.


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