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São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Guerra e paz
"Gostaria de deixar meu protesto pela maneira como o jornal vem se conduzindo em relação à guerra no Iraque. Acredito que o jornal deva publicar todos os acontecimentos, mas sem tomar posição. A opinião do jornal deve ser expressa nos editoriais. Por isso a vinheta colocada na Primeira Página e no caderno Mundo -Ataque do Império- me parece imprópria. Agindo assim, quem me garante que o jornal publique também os fatos e as opiniões contrárias? O jornal deveria também lembrar que Saddam é um dos mais ferozes ditadores da história, que atacou o próprio povo com armas químicas e que -sem a menor dúvida- o número de mortes de civis nesta guerra será muito menor do que o número de mortos que Saddam fez e ainda faria se continuasse no poder. Infelizmente, para que se obtenha a paz, faz-se necessário ir à guerra. O povo iraquiano merece viver longe das garras do verdadeiro imperador -Saddam- e usar os frutos de seu subsolo para o bem-estar de toda a população, e não somente para o dos amigos do imperador."
Antonio Carlos Martins (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de parabenizar o leitor Ogival Gim por sua raríssima lucidez ("Painel do Leitor", 22/3). Eu apenas acrescentaria que, ao contrário do que se vê hoje, ninguém saiu às ruas para protestar contra os ataques terroristas de 11 de setembro. Por que os EUA deveriam dar ouvidos aos "manifestantes da paz'?"
Armando M. Silva Júnior (São Paulo, SP)

"Apesar de achar que Saddam é um tirano sanguinário e que ele merece ser destituído do poder e eliminado, como disse o sr. Ogival Gim em 22/3 , não acho certa a maneira como Bush desrespeitou a ONU e a opinião do resto do mundo e o modo como ele está conduzindo a guerra. Quando o sr. Ogival diz que Saddam deve ser eliminado, mesmo que custe a vida de alguns civis inocentes, ele, além de estar sendo hipócrita, demonstra ser desumano -assim como Bush."
Kleber Hamada Sato (São Paulo, SP)

 

"Neste momento, em que a história ressuscita e continua -a despeito daqueles que anunciaram o seu fim depois do desmanche da União Soviética-, aproximações e comparações são relativamente fáceis. Mas é preciso dizer que os americanos acabam de entrar num Vietnã de areia. O lado criativo da democracia americana sabe disso e protesta -com todo o planeta e com a coragem que sempre a caracterizou."
Décio Pignatari (São Paulo, SP)

 

"A diplomacia estadunidense pediu a cerca de 60 nações que expulsassem os embaixadores e os representantes diplomáticos iraquianos de seus países. Várias cederam às pressões. Não seria o caso de as nações que condenam a atitude estúpida do governo Bush expulsarem os diplomatas norte-americanos e ingleses? Foram eles que desobedeceram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e atacaram um de seus membros quando este abria suas instalações suspeitas e cooperava com as inspeções realizadas pelo organismo máximo do direito internacional."
José Renato M. de Almeida (Salvador, BA)

Protestos
"Em sua coluna de 19/3 ("A indústria do protesto", Dinheiro, pág. B3), mais uma vez o colunista Luís Nassif pôs o dedo com precisão em assunto dos mais importantes. Nosso povo, já pressionado por crescentes e generalizadas dificuldades financeiras, não pode mais ficar exposto à ganância dos cartórios de protesto. Faço eco a Nassif: "Está na hora de o governador Geraldo Alckmin intervir nesse abuso"."
Zenon Lotufo Jr. (São Paulo, SP)

Leitura
"Parabenizo o educador Arnaldo Niskier pelo artigo "Os jovens e a leitura" ("Tendências/Debates", 19/3). A construção de um mundo melhor depende da educação. Sou professor de português e sinto na pele a dificuldade de trabalhar a leitura com meus alunos. Não podemos mais conviver com o analfabetismo funcional, deixando milhões de jovens excluídos da sociedade."
Edvaldo Marcelo Franciscon (Taguaí, SP)

Serenidade eficaz
"A página A3 da Folha de 20/3 ("Tendências/Debates') traz artigos do presidente da Associação dos Magistrados do Brasil e do professor Miguel Reale Júnior sobre o agravamento da situação de insegurança a partir do assassínio em Presidente Prudente do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias. O crime organizado mostrou suas garras com singular insolência. As manifestações dos articulistas, sobretudo porque indicam o caminho da firmeza, da serenidade e da eficácia na reação do poder público, sempre respeitando os direitos fundamentais de todo ser humano, mostram maturidade justificadora de esperança. Não será levando água ao moinho da repressão brutal, cega e irracional que se ganhará a guerra contra o alarmante crescimento da delinquência."
Jaqueline Mara Lorenzetti Martinelli, coordenadora do Movimento do Ministério Público Democrático (São Paulo, SP)

Vale-transporte
"A Câmara Municipal de São Paulo vai comprar 60 novos veículos para serem usados pelos vereadores. Por que não dar vale-transporte para os vereadores? Assim, eles poderão utilizar o transporte público da cidade e conhecer os problemas da população bem de perto."
Evandro Monteiro Kianek (Santo André, SP)

Transporte
"Em relação à reportagem "Vai-e-Volta faz vizinho ir a pé para escola" (Cotidiano, pág. C4, 21/3), esclareço que os alunos de Engenheiro Marsilac não poderão ser transportados até a porta de casa porque não existe via pública para acesso às residências, como mostra a foto. Após reunião com as partes envolvidas, ficou acordado que o condutor poderá ultrapassar os 45 km estipulados em contrato com a Secretaria de Transportes -desde que haja justificação. Mesmo assim, algumas crianças terão de caminhar até o ponto combinado. Há uma preferência dos pais pela Emef Ayres Martins Torres, mesmo com o risco da travessia da avenida Jacu-Pêssego. A Escola Estadual Cássio Ciampolini, que dispõe de pronto atendimento para o ensino fundamental, está localizada a 620 metros das ruas citadas na reportagem, mas os pais têm preferido a escola municipal. As coordenadorias de educação avaliam criteriosamente os cadastros de solicitação do transporte escolar. Em regiões em que a demanda é grande, alguns mecanismos de seleção são usados para priorizar atendimento -crianças que não são acompanhadas por pais ou responsáveis têm preferência sobre os alunos que são levados à escola pelos pais ou responsáveis. Quanto aos alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Padre Manuel da Nóbrega, a partir desta semana, com a chegada dos condutores encaminhados pela Secretaria Municipal de Transportes, a demanda estará totalmente atendida. Alunos de escolas da rede municipal de ensino que necessitam de transporte escolar devem ser cadastrados pelos responsáveis em suas escolas de origem e aguardar o atendimento da demanda. O decreto sobre a criação do Programa de Transporte Escolar Municipal Gratuito dispõe que o programa será implantado gradativamente observando-se os seguintes critérios: I - problemas crônicos de saúde; II - menor faixa etária; III - menor renda familiar; IV -maior distância entre a residência e a escola. Parágrafo 1º - Terão prioridade na participação no Programa os alunos portadores de necessidades especiais."
Enéas Rodrigues, chefe-de-gabinete da Secretaria Municipal de Educação (São Paulo, SP)


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