São Paulo, terça-feira, 25 de março de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Gay Talese
"A entrevista de Daniel Bergamasco com Gay Talese está maravilhosa! Serve de mote para refletirmos sobre o comportamento da mídia e do eleitor e, já que estamos em ano eleitoral, ficam as perguntas: deveremos investigar o "curriculum sexual" dos candidatos, ficar de olho na promiscuidade dos partidos ou olhar com lupa a folha de serviços prestados pelos candidatos? Reclamar depois pode ser tarde demais."
SILVANA SILVA (São Paulo, SP)

Dengue
"A epidemia de dengue no Rio pode estender-se para qualquer lugar, principalmente para a metrópole paulistana. É surpreendente como o serviço público de saúde tem dificuldade para tratar do assunto por total incapacidade de diagnosticar a doença. Em fevereiro fui acometido de enorme mal-estar após viajar a Ubatuba, mas o pronto-socorro do Hospital Geral da Pedreira, na capital, não teve a menor condição de fazer o diagnóstico, ficando apenas na suspeita: exame de sangue não poderia ser feito, porque teria de ser mandado para análise fora, e isso é complicado. Acho que à população resta rezar muito para que o mosquito Aedes aegypti seja condescendente, já que ninguém consegue detectar os efeitos de suas picadas."
ANTONIO DO VALE (São Paulo, SP)

Desmatamento em SP
"Li com tristeza a reportagem sobre a devastação da última grande área verde do Alto da Boa Vista. Durante anos lutamos para que a prefeitura desapropriasse a área para criar um parque público que seria um dos maiores da zona sul da capital. Em vão! Em detrimento do interesse público, mansões de alto luxo serão construídas para desfrute de poucos. Os acordos firmados pela prefeitura são "para inglês ver': quem garante que árvores serão realmente plantadas nos cafundós da capital, em compensação àquelas que foram derrubadas no Alto da Boa Vista? E há compensação possível? Estão de parabéns os predadores imobiliários; desta vez eles -e mais alguém- ganharam!"
ELIAS DA COSTA LIMA (São Paulo, SP)

"É útil insistir sobre alguns pontos da reportagem de 23/3 que não ficaram claros e podem causar interpretações distorcidas. Dos três casos citados, dois são de 2004 (governo anterior) e seguiram a portaria em vigor na época. Com nossas normas atuais eles não teriam a licença daquele jeito. A reportagem generaliza o ocorrido em um Termo de Compensação Ambiental de 2004 para o conjunto das autorizações de manejo no município de São Paulo de 2005 para cá. Porém nós temos que respeitar a legalidade e legitimidade de governos anteriores em firmar documento deste tipo. Quanto ao outro caso, de 2006, já se vê que as condições e exigências são outras, muito mais rigorosas. Nossa portaria de 2005 já evoluiu e a sua versão 2008 é mais precisa e exigente. Quanto aos especialistas citados, convidamos a conhecer os dados completos na secretaria para que possam ter uma visão mais abrangente e ver que no período 2005/2008 a cobertura vegetal nos empreendimentos públicos e privados aumentou em vez de diminuir. As fotos aéreas apresentadas não demonstram o trabalho realizado pela secretaria desde 2005."
EDUARDO JORGE, secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo (São Paulo, SP)

CARTA REGISTRADA
"A aliança PT-PSDB em Minas é a demonstração de que os atuais governantes só têm projetos pessoais de permanência no poder, e não de políticas públicas distintas."
EDUARDO NEPOMUCENO DE SOUSA (Belo Horizonte, MG)

Carros oficiais
"No dia 14/2, a jornalista Andreza Matais me telefonou pedindo informações sobre a utilização de um carro oficial da Presidência que, no dia 11/2, conduziu Marco Aurélio Garcia a um restaurante de Brasília.
Informada de que o professor teve um almoço de trabalho com o ex-ministro Roberto Amaral, diretor-geral da empresa Alcântara Cyclone Space, a jornalista relatou que o veículo foi seguido pela Folha e, após o almoço, rumou para endereço residencial na Asa Sul. Perguntou então as razões do deslocamento, tendo-lhe sido esclarecido que se tratava da residência do assessor e, em função da antecipação da viagem do presidente Lula à Guiana Francesa, ele passara em casa para fazer as malas. Fiquei estarrecido com a abordagem do caso em matéria da Folha ("Carros da União circulam sem identificação", 19/3). A jornalista tinha todas as informações sobre o ocorrido. O texto, no entanto, induz o leitor a uma interpretação maldosa e equivocada."
BRUNO GASPAR, assessoria de política externa da Presidência da República (Brasília, DF)

Nota da Redação - A reportagem não disse que o motivo do deslocamento foi irregular, e sim o uso de carro oficial sem a identificação.

Suicídio
"Pouquíssimo tempo depois de vermos um coronel austero ser tirado de circulação pelos esquemas criminais que dominam São Paulo, querem que acreditemos que o homem envolvido com uma carga de 1,2 tonelada de cocaína tenha se matado com talheres de plástico dentro da prisão. Perdão, mas assim os humoristas ficarão desempregados. Lembro-me das circunstâncias nebulosas que envolveram o assassinato do governador acreano Edmundo Pinto e o do seqüestrador Fernando Dutra Pinto, que morreu com problemas digestivos e respiratórios numa cadeia local."
RICARDO PASSOLI (São Paulo, SP)

Crise no PSDB
"Alguns tucanos tentam a todo custo impedir que Geraldo Alckmin saia candidato à Prefeitura de São Paulo. Pouco importam os 40 milhões de votos que ele conquistou sozinho, sua experiência administrativa e muito menos sua fidelidade partidária: o que vale são os mais de 300 cargos de confiança que esses "probos" emplumados controlam na atual administração. O paulistano saberá, no devido momento, diferenciar o milho do piruá."
DAVID NETO (São Paulo, SP)

"A sra. Rosângela Gallucci em sua defesa da candidatura Alckmin esquece o principal: em 2006 Serra era o favorito, mas Alckmin ganhou no tapetão e perdeu na eleição. Sua avaliação positiva era apenas reflexo do governo Covas, este sim memorável. Agora Alckmin se presta ao papel de ser pilotado pelo Aécio e pelo PT para espalhar a cisão nas hostes do PSDB. Sorte da Marta."
AGNELO ROSSI (São Paulo, SP)

Itaipu
"O editorial "Itaipu vai às urnas" (23/3) aborda a pretensão do presidenciável paraguaio Fernando Lugo de rever o tratado de Itaipu. O que se tem que fazer é aproveitar o momento eleitoral daquele país, que escolherá seu presidente em abril, para discutir com ele não só as questões ligadas à produção de energia elétrica, mas também ao contrabando e ao narcotráfico. Nós, de Foz do Iguaçu, que somos uma das portas de entrada de tais produtos no Brasil, agradeceríamos muito se houvesse tal iniciativa por parte do governo brasileiro."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

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