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Foco no professor
RELATÓRIO do Ministério da
Educação aponta que a formação precária de professores é crítica nos municípios
com os piores indicadores educacionais do país. Para os educadores, esse problema é mais importante do que deficiências de
infra-estrutura e de gestão nas
cidades com baixo desempenho.
Registre-se, entretanto, que a
presença de professores sem
qualificação específica, ou com
cursos concluídos em área diferente daquela em que lecionam,
ocorre também em regiões mais
desenvolvidas, como o Estado de
São Paulo.
Um novo programa do MEC
prevê recursos de até R$ 1 bilhão
em 2009 para financiar a graduação e a especialização de professores da educação básica. Parte do dinheiro seria destinada a
instituições superiores federais,
estaduais e municipais, para custear a abertura de novas vagas.
Parte se destinaria ao pagamento de bolsas para que docentes do
ensino básico se especializem.
Entre as modalidades em estudo pelo programa federal está o
ensino a distância, com a utilização da UAB (Universidade Aberta do Brasil), que articula na esfera federal programas em instituições públicas. Nesse particular, vai ao encontro de outra iniciativa, na esfera paulista. Trata-se da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), que
prevê oferecer 6.600 vagas para
ampliar a formação de professores em 2009, com o concurso das
universidades estaduais.
Bem-vindas, tais iniciativas no
entanto não produzirão resultado imediato. Resta esperar que
consigam ser financiadas num
ambiente menos promissor para
as contas públicas. O caráter estratégico desses projetos justifica o corte de verbas em outras
áreas, a fim de que possam ser
acomodados nos orçamentos.
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