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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Evangélicos
"Nos últimos dias 24 e 25, o jornal publicou reportagens sobre minha suposta participação no chamado Fenasp (Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política). Na primeira, foi dado grande destaque à notícia, com chamada de Primeira Página e uma foto minha ilustrando o texto mesmo sem que constasse dele ao menos uma informação dada por mim ao jornal. Na edição de ontem, o texto "Senador e ministra já criticam novo fórum" (Brasil, pág. A6) incluiu parte de meus esclarecimentos -mas com pouco destaque, já que a reportagem não circulou em todos os exemplares do jornal como a anterior. Da mesma forma como me causou profunda estranheza a inclusão do meu nome no conselho político da entidade -sem ter sido consultada-, do qual não pretendo fazer parte, quero deixar claro que considero positiva a contribuição dos evangélicos ao novo governo em espaços institucionais de representação, a exemplo do Consea. Incluir meu nome numa entidade criada para pressionar o governo Lula é, no mínimo, uma incoerência, uma vez que integro este governo."
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente (Brasília/DF)
 
"O Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp) vem se pronunciar para esclarecer o teor da reportagem "Evangélicos criam órgão para pressionar Lula" (Brasil, pág. A5, 24/2). 1. O Fenasp já existe no âmbito de atividades desenvolvidas e de iniciativa há mais de dois anos, não cabendo, portanto, a pecha de ter sido criado com fins oportunistas de pressionar o governo ou de negociar com ele. Ao contrário, entendemos que tais atitudes devam ser veementemente combatidas pelo Fórum. 2. O Fenasp foi criado com o objetivo de defender e de trazer à luz uma posição profética e pública em defesa dos valores do reino de Deus para com a sociedade, governo e o Estado. 3. Cabe ser destacado que nem todos os órgãos do Fenasp foram criados, assim como nem todos os seus integrantes foram ainda empossados em seus conselhos. 4. Sobre a questão de haver insatisfação de alguns setores evangélicos, ela deve ser entendida como de esfera localizada, sendo cada líder ou representante de sua denominação absolutamente livre para manifestar suas opiniões."
Robson Lemos Rodovalho, presidente do Fenasp (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Marcelo Beraba - O Fenasp foi criado neste ano, e não há dois anos. Seu estatuto é de 6 de janeiro. A informação de que ele nasce para pressionar o governo foi do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), que faz parte do conselho político da nova entidade.

Álcool
"Gostaria de parabenizar a Folha pelo editorial "Numa fria" (Opinião, pág. A2, 23/2). Realmente não dá para aceitar a hipocrisia dos fabricantes de bebidas alcoólicas, que têm a coragem de argumentar que produtos com baixo teor alcoólico não são tão prejudiciais à saúde quanto aqueles com teor elevado. O grande dano causado pelas bebidas alcoólicas é o fato de elas estarem sendo usadas para mudar o psiquismo das pessoas. É esse fato que faz com que tenhamos cada vez mais alcoólatras no país."
José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)

Petrobras e MS
"A reportagem "Petrobras pagou a empresas dívidas de MS" (Brasil, pág. A15, 19/2) incorre em erros factuais de tempo e pessoa. Numa tentativa de introduzir-me no episódio (meu nome aparece no final da reportagem), ignora, por exemplo, que, durante o governo de José Orcírio, do qual muito me honra ter participado, já não exercia nenhum cargo na empresa. Ignora ainda que, no governo de José Orcírio, exerci as funções de secretário de Infra-Estrutura e Habitação, não tendo entre minhas atribuições o pagamento ou não de "dívidas" fiscais supostas e imaginárias. O autor da citada reportagem ainda foge à verdade -e às reiteradas recomendações do "Manual da Redação'- ao afirmar que não respondemos "ao pedido de entrevista deixado com sua secretária particular". Nenhuma "secretária particular" foi procurada pelo jornalista, seja em Campo Grande, seja em Brasília, para falar sobre o assunto."
Delcídio Amaral, senador -PT-MS (Brasília, DF)

Resposta do repórter Fabiano Maisonnave - A reportagem deixa claro que o missivista era secretário estadual de Infra-Estrutura quando houve o pagamento de dívidas do Estado com cinco empreiteiras por meio de uma operação com a Petrobras. Também está claro que o senador era diretor da Petrobras pouco antes de sua entrada no PT e no governo de MS. Segundo o próprio governo estadual, essas dívidas não eram fiscais, mas referentes a obras licitadas. O pedido de entrevista, feito por telefone, está gravado.

Finanças de São Paulo
"Em carta publicada ontem nesta seção, o "sub do sub do sub" da Secretaria de Finanças do Município de São Paulo, ao tentar responder ao artigo do ex-prefeito Celso Pitta de 24/2, distancia-se cada vez mais da realidade. Contra números não há argumentos. 1) Pitta pagou mais de R$ 300 milhões de precatórios em 1997, enquanto a atual administração mal chegou a R$ 200 milhões. Quanto ao suposto desvio de recursos na venda de títulos para pagamento de precatórios, nada ficou comprovado, apesar de três CPIs terem investigado o assunto. O que o PT esconde é que foi na sua gestão anterior (89/ 92) que se iniciou a emissão de títulos e que foram criados os precatórios mais caros da cidade -desapropriação da gleba Fernando Vergueiro e da mansão Matarazzo. 2) As dívidas com a Eletropaulo e a Sabesp vinham desde 1985, e a então prefeita, Erundina, não tomou providências para resolver a questão. Mas Pitta trabalhou num encontro de contas entre as concessionárias e a prefeitura, tarefa dificultada pela não-apresentação da ata da venda/privatização da Eletropaulo, o que poderia esclarecer de vez as dúvidas quanto à procedência do débito. 3) A dívida da União tem 36% reajustados pelo câmbio mais juros, e não só pela taxa básica Selic, o que desqualifica a comparação com a correção do contrato da prefeitura. 4) Pitta não fez nenhum túnel, mas investiu em obras contra enchentes, construiu 9.580 apartamentos do Cingapura e fez 138 escolas. Mas a carta tem um ponto positivo: reconhece a existência de R$ 1 bilhão em caixa no início do atual governo, o que significa que as finanças estavam em ordem."
Antenor Braido, secretário de comunicação da administração Pitta (São Paulo, SP)


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