São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Carteira assinada
"A reportagem "Trabalhador rural "foge" do registro em carteira no NE" (Dinheiro, págs. B1 e B3, de ontem) confirma as declarações de um bispo católico feitas neste jornal há alguns meses. Está se criando uma geração de vagabundos que vivem à custa do trabalho alheio. É inadmissível que numa das regiões mais pobres do país o empregador tenha que substituir homens por máquinas por falta de trabalhadores. Os "programas sociais" não só incentivam a ficar numa praça "olhando um para a cara do outro", como foi declarado, como também as mulheres que vivem abaixo da linha de pobreza a procriarem mais e mais para terem direito às bolsas famílias/escolas. Aliás, quando foram criadas as chamadas vulgarmente de "bolsa-esmola" era previsível que isso acontecesse."
MARIA DARCI DE FARIA (Praia Grande, SP)

Guido Mantega
"O Brasil está realmente muito doente. As declarações da mulher do sr. ministro da Fazenda sobre a ação supergentil dos caras que invadiram aquele sítio em Ibiúna, pois só queriam dinheiro e de que eram só ladrões de galinha, nos coloca numa posição desconfortável, mais do que já estamos. Para finalizar o quadro, a mulher do ministro acha que o Brasil precisa melhorar a economia. Pediria a ela que lembrasse ao sr. ministro da Fazenda que fosse mais benevolente com a classe honesta que não invade sítios à procura de dinheiro, mas que paga muito imposto sem ter quase nada ou nada em troca. Urge que se reduza esse arrocho tributário aos humanos direitos."
MÁRCIO HAMPSHIRE DE ARAÚJO (Rio de Janeiro, RJ)

Lula e Corinthians
"Menino torturado e morto nas ruas do Rio. Assaltos repetidos, violentos, no Carnaval de rua mais famoso do planeta. Despejo de miseráveis de prédio da capital paulista, sem qualquer alternativa, sem abrigo, de modo a ensejar o ingresso de organização internacional a auxiliar os "quase-cidadãos". No meio desse cenário, o presidente da República recebe cartola de seu clube de futebol, inclusive aproveitando a chance para trocar idéias com o técnico do time, para discutir sobre quão oportuna seria a construção de um estádio do clube. Tudo isso nas dependências da Presidência da República, bom que se diga. Permanece a pergunta de Renato Russo: "Que país é esse?!'"
ANDREA ARNAUT (Brasília, DF)

 

"Meu conselho a Lula (é provável que outros brasileiros dariam o mesmo conselho, inclusive corintianos): "Vá trabalhar, seu Lula". Sabemos que há décadas o Lula não está acostumado ao batente, mas achar tempo para falar de Corinthians enquanto a nação é uma nau sem rumo no ponto de vista estratégico e gerencial é ridículo. É como se não tivéssemos um problema cambial, falta de investimentos, que a ética estivesse OK, a engenharia bem, a saúde ótima. Coisa de baile da Ilha Fiscal. Presidente, labute como os seus compatriotas. Deixe de procrastinação e futilidade. De qualquer forma, qualquer time de futebol agora tem o direito de reunião com o presidente.
PAULO REIMANN (Cotia, SP)

Carnaval e história
"É um absurdo ainda nos depararmos com visões distorcidas sobre a história da África, ainda mais de pessoas que formam a opinião pública de um país como o Brasil que possui grande ligação com o continente africano. Ao abrir a Ilustrada (pág. E14, 23/2), considerei uma falha do autor, Leandro Narloch, criticar o trabalho das escolas de samba que retrataram a África por outra perspectiva. Justificar a escravidão (capitalista) praticada por europeus com o argumento de que já era praticada muito antes é persistir numa visão que caiu em descrédito. É preciso que ele veja que os negros escravizados pelos europeus eram tratados como mercadorias e que a escravidão africana, anterior à invasão européia, era motivada por guerra. Tratamos os gregos como povos superiores, mas esquecemos muitas vezes que seu exemplo de democracia também tinha os escravos de guerra. Por isso é legítimo o trabalho das escolas por mostrar uma África real, com povos ricos e independentes culturalmente. Dessa forma tenho certeza de que iremos vencer o preconceito camuflado por discursos morais contemporâneos."
JOUBERT ESEQUIEL DE MORAIS FILHO , professor de história (Suzano, SP)

 

"Parabéns ao jornalista Leandro Narloch pela análise lúcida, precisa e sucinta. Até que enfim uma voz se levanta contra o mito, construído pela boa consciência politicamente correta, da grande mãe África. Mãe cruenta e sangüinária que revela facilmente sua verdadeira face com um pouco de factualidade histórica. Aliás, eram os africanos também monarquistas, não é meu rei?"
MANOEL RICARDO ALVES DANTAS , sociólogo (São Paulo,SP)

Violência
"Renato Janine, Olegária Matos, Andrea Lombardi... O debate acadêmico é, em geral, aborrecido, masturbatório e, há pelo menos cem anos, pouco contribui para a solução de qualquer problema social. O que nós, cidadão comuns, queremos é que as penas sejam efetivamente aplicadas aos criminosos, qualquer que seja o seu rigor. Nem uma gota de sangue a mais e, principalmente, nem uma gota de sangue a menos."
JOSÉ ROBERTO DE AMORIM (Belo Horizonte, MG)

Super-Receita
"Na terça-feira, 13, a Câmara alterou competências dos auditores do trabalho com a emenda nº 3 ao projeto de lei que cria a Super-Receita. Com isso, os fiscais só poderão autuar após decisão judicial. Hoje, as autuações ocorrem no momento em que são verificadas irregularidades. A mudança abre espaço para as pessoas jurídicas (PJ), ou seja, trabalhadores que dão nota fiscal, para que obrigações trabalhistas não recaiam sobre a empresa. Além de ser um retrocesso, o procedimento atravancará a Justiça do Trabalho. Muitos dizem que as PJ resultam da antigüidade da legislação trabalhista. Esta legislação precisa ser revista, mas para benefício do trabalhador. Assim como toda lei deve garantir o bem-estar da maioria da população. Para tanto, fiscalizar é primordial. Não é o que acontece com o texto aprovado. É vital para os direitos trabalhistas que o presidente Lula vete a emenda."
JORGE NAZARENO , presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e diretor da Força Sindical (Osasco, SP)

Irã
"Está delineada uma ofensiva militar contra o Irã, por parte dos israelenses e dos norte-americanos. O pretexto é o mais ridículo. Os EUA possuem o maior arsenal de armas atômicas do planeta, e Israel tem bomba nuclear, embora não fale nada a respeito. Esse "combate ao terrorismo" está indo longe demais. A irresponsabilidade dos governos não-europeus aumenta a cada dia que passa.
JORGE CORTÁS SADER FILHO
(Niterói, RJ)

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