São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Airbag
"A bolsa inflável (airbag) é um importante equipamento de segurança, presente em todo o Primeiro Mundo. Mas foi vergonhosa a aprovação de sua obrigatoriedade no Brasil e a comprovação de que nada acontece aqui por preocupação com a segurança do cidadão, mas pelos interesses econômicos envolvidos. Freios com o sistema ABS (que evitam o acidente) são tão ou mais importantes do que as bolsas (que atenuam os efeitos do acidente). Mas tornar obrigatório o ABS não entrou na pauta dos legisladores de Brasília, pois seu fabricante não deve ter contratado um lobista para "convencer" senadores e deputados. Ou não foi tão eficiente quanto os que "trabalharam" o airbag.
Pior, muito pior: uma falha na atual legislação de equipamentos de segurança no automóvel não exige cintos de segurança retráteis nem apoios de cabeça para todos os passageiros. Mas nenhum deputado federal ou senador se preocupou com isso, pois são equipamentos que não representam um faturamento de bilhões de reais."
BORIS FELDMAN (Belo Horizonte, MG)

São Paulo
"Na matéria "Kassab põe secretário de Transportes para cuidar do lixo", veiculada em Cotidiano (21/2), os repórteres se equivocam quando afirmam que os empregados demitidos na Febem foram reintegrados pelo STF criando um "rombo milionário". Essas mesmas alegações infundadas foram objeto de representação política, em 2008, feita pelo líder do PT na Assembleia Legislativa, Rui Falcão, ao Ministério Público do Estado de São Paulo, contra o então secretário da Justiça e presidente da instituição, Alexandre de Moraes, tendo sido arquivadas por unanimidade pelo procurador-geral de Justiça e pelo Conselho Superior do Ministério Público.
As medidas tomadas pelo então presidente da entidade, após a decretação pelo Judiciário de prisão temporária de 34 funcionários acusados de tortura, deram início à reformulação da antiga Febem, inclusive com a substituição dos grandes complexos pelas pequenas unidades verticais para 48 internos, modelo idealizado e lançado pelo secretário Alexandre de Moraes."
ANDRÉA WOLFFENBÜTTEL , coordenadora de Comunicação da Secretaria Municipal de Transporte (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Rogério Pagnan - Após longa disputa judicial que chegou ao STF, a Justiça considerou arbitrárias as demissões feitas pelo então presidente da Febem, Alexandre de Moraes, tanto que anulou as demissões dos 1.674 funcionários concursados. Como a própria Fundação Casa informa, seus cálculos "apontam que o valor a ser pago é de R$ 15.137.328,17. A cifra se refere aos meses de salários não-pagos durante o período que os servidores estavam fora da Fundação". O sindicato dos funcionários avalia que o rombo chegue a R$ 110 milhões. A Justiça do Trabalho nomeou um perito para calcular o valor exato das indenizações.

Infraero
"Em relação à nota "É lá e cá", publicada em 20/2 na pág. E2, a Infraero esclarece que não tem dívida com a Construtora Beter. A Infraero, em 27/11/2008, rescindiu o termo de contrato firmado com a Construtora Beter para a execução das obras do Aeroporto de Macapá (AP) devido ao descumprimento de cláusulas contratuais e aplicou, dentro das penalidade previstas em contrato, a multa no valor de R$ 31.700.347,90. Portanto, reafirmamos que não existem créditos daquela construtora junto à Infraero."
LÉA CAVALLERO , assessoria de Imprensa da Infraero (Brasília, DF)

Ditadura
"Em resposta aos insultos a mim dirigidos na Nota da Redação de 20 de fevereiro próximo passado ("cínico e mentiroso'), reitero meu protesto contra o editorial, que considerou brando o regime militar brasileiro, cujos agentes mataram mais de 400 pessoas e torturaram milhares de presos políticos."
FÁBIO KONDER COMPARATO , professor titular da Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP)

 

"As injúrias da Redação da Folha não me intimidam. Continuarei denunciando os crimes da ditadura, seus responsáveis civis e militares, bem como seus aliados -ontem e hoje."
MARIA VICTORIA DE MESQUITA BENEVIDES , professora titular da Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)

Cinema
"Diante de obras de temática homossexual, mais uma vez a crítica se mune de um rigor desproporcional e vê defeitos que deixaria passar em qualquer outra circunstância.
Conhecido pela sua visão programática de direita, o jornalista João Pereira Coutinho (Ilustrada, 24/ 2) acusou o filme "Milk" de "preguiça programática", e seu diretor, Gus Van Sant, de incorrer no "panfleto gay e seus clichês ideológicos". Ora, seria inconcebível que um filme sobre o primeiro político americano eleito com um programa de reivindicações dos direitos homossexuais deixasse de mencionar as bandeiras políticas do movimento por ele representado. O que Coutinho não parece engolir é mesmo o programa de direitos homossexuais, que devem lhe soar como "clichês ideológicos" em qualquer das hipóteses.
A má-fé com verniz crítico costuma ser, de fato, um recurso nesse tipo de conservador capcioso."
JOÃO SILVÉRIO TREVISAN , escritor (São Paulo, SP)

Frei Betto
"O artigo de Frei Betto "É Carnaval em mim" (24/2) trouxe, em meia página do jornal, linhas de preciosidade literária, buscando, como busca toda a obra deste autor, alguma abertura, certo exercício transformador da consciência coletiva brasileira, necessária desarrumação do sistema simploriamente assassino e ignorante de significados sociais e significantes culturais, um sistema instalado por poucos, no qual muitos vivemos cada vez pior."
DENISE STOKLOS , atriz (São Paulo, SP)

Maciel
"Gostei do artigo "Democracia: passado, presente e futuro", do senador Marcos Maciel. Só que o ilustre político do DEM se limita a um relato histórico, sem apresentar proposta alguma para reverter a estrutura de nossa democracia capenga, atrelada ao voto de cabresto. A salvação está na convocação de uma Constituinte composta pelas forças vivas da nação, sem a intervenção da classe política, que costuma legiferar apenas em causa própria."
SALVATORE D'ONOFRIO (São José do Rio Preto, SP)

 

"São inadmissíveis as palavras de Marco Maciel (Opinião, 25/2). Quem não sabe que o senador foi um filhote da ditadura! Quem não sabe que ele foi o braço direito do governo militar! Governador biônico do Estado de Pernambuco, agora vem falar de instituições democráticas e de partidos fortalecidos?"
ADALBERTO FERNANDO SANTOS (São Paulo, SP)

Informática
"Encontrei uma matéria em Informática (25/2) que mais uma vez me ajudou muito. Por isso venho registrar meu elogio às pessoas que fazem o caderno. Mesmo tendo um antivírus comprado, tais programas já ajudaram no desempenho de meu computador, quando os baixei ontem. Meus parabéns."
EDUARDO CASTRO (São José dos Campos, SP)

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