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São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Guerra no Iraque
"Parabenizo o jornal pelo uso do termo "Ataque do Império", pois é isso mesmo que está ocorrendo. Os EUA regrediram na história e voltaram aos tempos de império/colônia. E o Brasil que se cuide! Pensamos que, por estarmos longe dos campos de batalha, não somos tão afetados pela ganância americana. Mas não nos esqueçamos de que é antigo o interesse dos EUA pela Amazônia -e é uma das regiões do globo que eles poderiam querer anexar ao seu império."
Daniela Gravina Stamato Bolzan (São Paulo, SP)

Guerra e Coca-Cola
"Sempre aprecio as crônicas de Danuza Leão. Essa sobre a guerra e a "Coca-Cola nunca mais" pareceu-me bem apropriada para o momento vergonhoso que vivemos ("Guerra", Cotidiano, pág. C2, 22/3). Como teólogo, não encontrei outra linguagem senão aquela das maldições de Jesus. Um abraço de paz e de bem."
Leonardo Boff, teólogo (São Paulo, SP)

 

"Danuza Leão deve então privar-se das coisas boas da cultura americana. Mas não deve esquecer-se de realmente nunca mais tomar Coca-Cola nem nenhum outro alimento americano (e olha que a geladeira dela deve estar cheia deles). Deve lembrar-se também de não consumir mais remédios de empresas farmacêuticas americanas. Danuza deve padecer da sua dor, mas remédios americanos jamais. Por fim, deveria tentar realmente viver uma semana sem chegar perto de nada produzido pelos Estados Unidos. E, depois disso, deveria parar de dizer besteira."
Alexandre Guaspari Barreto (Porto Alegre, RS)

 

"Gostei muito do artigo de Danuza Leão na Folha de 23/3 sobre esta guerra imbecil ordenada por George "Hitler" Bush e seus asseclas. Seria uma ótima idéia se o mundo boicotasse não só a Coca-Cola mas também o McDonald's, os automóveis da Ford e da Chevrolet e muitos outros produtos que tenham sua origem nos EUA. É claro que serei uma simples gota neste vasto mundo, mas farei minha parte evitando produtos de origem estadunidense."
Rogério da Silva Borges (São Paulo, SP)

Declaração
"Como sobrevivente dos campos de concentração nazistas, vice-presidente da Associação Mundial das Vítimas do Nazismo e presidente da Associação Brasileira dos Sobreviventes do Nazismo, não posso ficar calado diante da alegação do arcebispo dom Dadeus Grings, que pretende diminuir o maior genocídio já praticado pelo homem contra o homem durante a época nazista ("Arcebispo minimiza Holocausto judeu", Brasil, pág. A15, 23/3). Seguindo mentiras de seu conterrâneo pseudo-revisionista Siegfried Ellwanger, dom Dadeus Grings distorce fatos sobre os quais não paira nenhuma dúvida. No processo de Nuremberg (1945), os principais promotores mencionaram 5,979 milhões de judeus assassinados pelos nazistas. Aconselho o arcebispo dom Dadeus Grings e todos os que procuram desmentir, minimizar ou distorcer a tragédia do Holocausto a ir à Polônia e visitar os campos de Auschwitz e de Majdanek, que permanecem intactos. Transformados em museus e patrimônios da humanidade pela Unesco, servem de alerta para mostrar até onde um regime totalitário, como foi o nazista, pode conduzir os destinos da humanidade."
Ben Abraham (São Paulo, SP)

 

"Lamentável o discurso anti-semita proferido por Mohamad Nassib Mourad aos frequentadores de sua mesquita ("Líder islâmico em SP ataca EUA e judeus", Mundo, 22/3). Qualquer cidadão de bem, incluindo os que ouviram o discurso, deveria reprová-lo pelo simples fato de o Brasil ser um símbolo da convivência pacífica entre judeus e árabes."
Gustavo Erlichman (São Paulo, SP)

Mais um assassinato de juiz
"A Folha mostrou ontem, no editorial "Agressão ao Estado", a situação deplorável em que o Brasil se encontra. Estamos a milhares de quilômetros da guerra no Iraque, mas muito perto de conflitos de barbaridade igual à dos que acontecem lá. A morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho mostra um Brasil impotente e nos deixa tão inseguros quanto as vítimas iraquianas, pois a palavra justiça em nosso país está gasta e sem funcionalidade. Como afirmou Paulo Sérgio Domingues, da Associação dos Juízes Federais do Brasil ("Tiroteio", pág. A4, 25/3), "estamos vivendo um estado de guerra civil".
Marina Silveira Faleiros Garcia (São Paulo, SP)

 

"Revolta, tristeza e, sobretudo, medo são sentimentos que os cidadãos capixabas estão sentindo neste momento. O assassinato de um jovem e brilhante juiz, que tinha em seu currículo uma incansável luta contra o crime organizado no Espírito Santo, chocou a sociedade capixaba. Combater o crime organizado é uma tarefa que exige coragem e estratégia, principalmente neste Estado, um "case" clássico de captura das instituições públicas pelo poder paralelo -ou melhor, quase oficial. Como membro do alto escalão desse poder capturado, o juiz Alexandre Martins assumiu suas responsabilidades e riscos e seguiu um ideal: o cumprimento da lei, doa a quem doer! A missão especial estacionada no Estado desde meados do ano passado deve permanecer o tempo que for necessário."
Luís Filipe Vellozo de Sá, membro fundador da ONG Transparência Capixaba (Vila Velha, ES)

SBPC
"Em resposta ao artigo do senhor Rogério Cezar de Cerqueira Leite ("A morte anunciada da SBPC", "Tendências/Debates", pág. A3, 19/3), a Prefeitura do Recife esclarece que promove, desde 2001, a participação de professores na Reunião Anual da SBPC, integrando a política de formação continuada dos professores, o que inclui o incentivo aos profissionais para que tenham continuidade em sua formação acadêmica nos seus diversos níveis. Recebemos a possibilidade de filiação dos professores à SBPC como uma demonstração de abertura democrática e também como prova de que a necessidade da produção científica do Brasil está mais ligada a sua realidade social. No processo de filiação dos professores, não houve nenhuma indução ou imposição. Na compreensão da Prefeitura do Recife, a filiação dos professores abre até mesmo um campo de discussão sobre a difusão da ciência na rede pública, criando uma nova maneira de estimular o professorado e, por consequência, os estudantes. Em seus 466 anos de existência, Recife conquistou uma identidade vinculada à resistência e à luta. A atual gestão da prefeitura tem aprofundado os conceitos de democracia, de respeito à diversidade, de inclusão social e de participação popular. Isso em nada combina com os termos "manobra", "golpe de misericórdia" ou "métodos característicos da política do coronelismo", todos utilizados no texto do senhor Rogério Cezar de Cerqueira Leite. Portanto de nenhuma forma podemos aceitar essa vinculação."
Sheila Oliveira, secretária de Comunicação Social da Prefeitura do Recife (Recife, PE)


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