São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Violência
"A pesquisa que aponta a preocupação com a violência tem sua razão de ser. As notícias sobre crimes que ocorrem nas mais diferentes regiões do país -e sem diferenciar classe social- exigem uma profunda reflexão. E ações objetivas."
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
 

"Enquanto o nosso presidente segue cada vez mais apaixonado pelo álcool e pelo biodiesel, a população, de brasileiros e estrangeiros, vai morrendo nas mãos dos bandidos, e dos "menores", nas maiores atrocidades que a imprensa estampa diariamente. Aconteceram vários choques na economia ao longo dos anos. E nenhum para a segurança pública. Portanto, este é o maior problema que o país tem para resolver -e não será solucionado pelas autoridades que estão em Brasília."
VANDERLEI ZANETTI (São Paulo, SP)

Salário dos deputados
"De uma felicidade ímpar o raciocínio do leitor Floro Sant'ana de Andrade Neto, em sua carta publicada ontem ("Painel do Leitor'). Se vivemos em uma democracia e se temos um governo popular, queremos e exigimos que a Câmara aprove, em regime de urgência urgentíssima, a dedução de pelo menos 15 salários mínimos de nosso Imposto de Renda, sem a devida comprovação, já no corrente exercício."
JOSÉ CASSIANO DOS SANTOS (Presidente Venceslau, SP)

Operação policial
"Achei inadequada a manchete de sábado: "Polícia faz megaoperação". Fizeram, sim, um mutirão. Qualquer repartição pública ou empresa com serviços atrasados e acumulados realiza tais mutirões. Essas instituições têm que parar com rompantes midiáticos e tentarem ser eficientes durante todos os 365 dias do ano. É o que esperamos."
FABIOLA GAETA (São Paulo, SP)

Comissão de Ética
"Depois de um trabalho profícuo, imparcial e justo do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados nas investigações do chamado mensalão e da Operação Sanguessuga, envolvendo quase cem parlamentares, em meu mandato anterior na presidência do colegiado, estarrece-nos o comentário publicado pelo "Painel" em 23/3. Os processos citados no comentário foram enviados naquele dia à Mesa da Câmara, após ouvida a consultoria jurídica da Casa, a cujo parecer apenas na sexta tivemos acesso, já que se trata de uma situação singular, diferente dos demais casos apreciados pelo conselho. A presidência do colegiado não pode fazer o que lhe apetece: existe um ordenamento jurídico no país, há que se observar o devido processo legal, e somos escravos do regulamento do Conselho."
RICARDO IZAR, presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados (Brasília, DF)

Coluna
"Na coluna intitulada "Vai pra casa, Battisti!", de 23 de março, a jornalista Barbara Gancia sugere que Cesare Battisti "é problema da Itália", e que nós, brasileiros, "não temos rigorosamente nada a ver com isso". Cumpre registrar que o instituto do asilo político é prática milenar e conquista das nações civilizadas, constituindo princípio caro aos Estados democráticos. A não-extradição de estrangeiros por crimes de natureza política é da tradição brasileira, inscrita na Constituição. O exame da situação pessoal de Cesare Battisti pelo Supremo Tribunal Federal à luz desses princípios e garantias é, sim, do interesse de brasileiros e da própria comunidade internacional. Em passado recente, princípios idênticos de proteção à dissensão política e ao direito de opinião permitiram que brasileiros fossem abrigados em países estrangeiros, refugiados da perseguição que lhes movia regime político de exceção. Battisti foi condenado à prisão perpétua em processo controverso, julgado na sua ausência, no qual a principal prova da acusação foi a delação de outro condenado em troca de redução de pena. Ele não nega seu passado de ativista político de esquerda, mas refuta a prática dos crimes que lhe são atribuídos. Na Europa, são fortes as reivindicações para a realização de um novo julgamento. Embora tentadora a busca de soluções simplistas -do tipo "nada temos com isso'-, a situação de Battisti é complexa e merece melhor reflexão."
ROGÉRIO MARCOLINI, Felipe Amodeo Advogados Associados (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"Na reportagem "Rede pública paga quase igual à particular" (Cotidiano, 24/3), afirma-se que um estudo de pesquisadores da FGV e da USP "contesta um dos mitos mais disseminados da educação brasileira: o de que o ensino público vai mal quando comparado ao particular por causa dos baixos salários". Ora, quem tem alguma familiaridade com a situação da educação no país sabe que a maioria das escolas privadas paga mal os professores e ministra um ensino de baixa qualidade. Portanto o estudo, longe de contestar a correlação entre baixos salários e baixa qualidade do ensino, a confirma. Na verdade, a comparação à qual se refere a reportagem tem por referência os grandes colégios particulares, que constituem minoria na rede privada. O sentido dessa comparação é mostrar que, se a rede pública quiser atingir um padrão aceitável de qualidade terá, inevitavelmente, que remunerar bem seus docentes."
DERMEVAL SAVIANI, educador e professor emérito da Unicamp (Campinas, SP)

Saúde
"Parabéns a esta Folha e à repórter Cláudia Collucci pela excelente reportagem sobre acreditação de serviços de saúde (Cotidiano, 25/3). Não há cidadão brasileiro que não se preocupe com a qualidade dos serviços de saúde à sua disposição e que não tema os "erros médicos". A reportagem acertou o tom ao mostrar que há, sim, uma preocupação de várias instituições de saúde na mesma direção e que há metodologias efetivas para o aumento da qualidade da assistência e da segurança do paciente."
LUISANE VIEIRA, diretora de acreditação da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (Rio de Janeiro, RJ)

Bonde das letras
"Gostaria de emitir minha opinião sobre o "bonde das letras" noticiado pela Ilustrada. Há ciúmes dos excluídos e há razão dos idealizadores do projeto. Os idealizadores foram, em certo sentido, originais ao correr às fontes que, efetivamente, existem -e sem ferir a lei. Os enciumados têm suas razões porque, efetivamente, o autor novo sofre muito no mercado editorial brasileiro para ter sua vez. Há mesmo, como aponta Marcelo Mirisola, relações de compadrio no nosso mercado editorial. E o projeto de Rodrigo Teixeira e João Paulo Cuenca, infelizmente, não deixou de expressar isso. Por outro lado, no projeto há algo de muito positivo: poderá abrir portas. Sou a favor dele, desde que, no futuro, outros financiamentos oficiais favoreçam outros ficcionistas que buscam seu espaço nas grandes editoras."
RINALDO DE FERNANDES, contista, crítico literário e antologista (João Pessoa, PB)

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