São Paulo, quarta-feira, 26 de março de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Bolsa Família
"Em relação à reportagem "Bolsa Família acelera em regiões com mais eleitores" (Brasil, 24/3), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) esclarece que a expansão do Programa Bolsa Família ocorrida entre 2004 e 2007 atendeu à estimativa de famílias pobres (até R$ 120 per capita) por município, e não a critérios eleitorais, como afirma o jornal.
O MDS adota a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) de 2004, divulgada pelo IBGE, como indicador para atendimento pelo programa de transferência de renda, e não o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme menciona o jornal.
As metas anuais de inclusão no Bolsa Família foram definidas em 2003, quando o programa foi criado, e cumpridas em todos os anos seguintes.
Até o cumprimento da meta (11 milhões de famílias), atingida em 2006, o ministério atendeu igualitariamente o conjunto de municípios brasileiros com famílias pobres incluídas no Cadastro Único.
Conseqüentemente, as cidades onde havia uma cobertura mais baixa do programa, em 2004, tiveram um maior acréscimo de famílias beneficiárias. E isso aconteceu em várias localidades, independentemente da coloração partidária.
Auditoria do TCU em 2006 concluiu que o Bolsa Família não foi utilizado com fins eleitoreiros. A auditoria apontou que a seleção de beneficiários atende a uma ordem de procedimentos universais predefinidos, nos quais não se constatou viés político partidário."
JOÃO LUIZ MENDES, assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Brasília, DF)

Record
"Em resposta ao publicado na coluna "Outro Canal" de 21/3 (Ilustrada), a Record esclarece que a vice-presidência comercial não pratica o desconto sugerido pelo colunista e considera a insinuação como leviana e sem fundamento.
Uma emissora que ocupa a segunda colocação no ranking de audiência da TV aberta, com previsão de faturamento de R$ 1,7 bilhão em 2008, jamais pode apresentar uma conduta predatória na aplicação de descontos na negociação de mídia."
RICARDO FROTA, gerente nacional de comunicação da Rede Record (São Paulo, SP)

Resposta do colunista Daniel Castro - A informação foi apurada com anunciantes da Record.

Tributos
"Em relação ao texto "Estado de São Paulo faz convênio contestado por fiscais" (Dinheiro, 22/3), sem entrar no mérito da ideologia política que permeia a administração do PSDB no Estado de São Paulo, é no mínimo incompatível que uma entidade como a INDG, patrocinada por grandes empresas, possa fixar diretrizes para a fiscalização tributária no Estado, tendo acesso a todos os tipos de informações que, de modo legal, são protegidas, posto que envolvem interesses econômicos significativos. E isso é feito por meio de um convênio pouco conhecido dos cidadãos, o que torna essa relação perigosa ao interesse público.
Isso sem dizer do caráter ilegal e inconstitucional de uma entidade privada adentrar o campo público.
Se há poucos dias a Folha achou incompatível uma festa de final de ano de servidores da Receita Federal ter sido patrocinada por empresas privadas ("Unibanco dá R$ 30 mil para festa de servidor da Receita", 5/3), o que dizer então de empresas, de modo indireto, patrocinarem as decisões estratégicas da fiscalização tributária?"
GIL APARECIDO NARDELLI (São José do Rio Preto, SP)

Educação
"Sobre a excelente reportagem "Alunos de Sete Barras têm provas todo mês, reforço e apostilas de rede privada" (Cotidiano de ontem), gostaria de acrescentar que o material didático do Sistema Objetivo que tem sido utilizado com notável êxito pela rede escolar municipal de Sete Barras é composto de cadernos de atividades, também designados livros integrados.
A formação humanística e o livre desenvolvimento de potencialidades do estudante são preocupações que estão no centro do nosso projeto didático-pedagógico, presentes seja nas aulas com nossos cadernos de atividades, seja nas tarefas programadas para casa, seja nas propostas de leitura, seja nos temas para elaboração escrita.
O Sistema Objetivo sente-se honrado em participar desse projeto municipal que tanto sucesso tem alcançado."
JOÃO CARLOS DI GENIO, diretor-presidente do Centro Educacional Objetivo (São Paulo, SP)

Nova direita
"Lúcidas e oportunas as crônicas de Fernando de Barros e Silva sobre o avanço da "nova direita". A de 24/3 ("A direita e o lulismo') acerta em cheio ao observar que cresce a presença midiática dessa "direita ruidosa e cínica, festiva e catastrofista" em jornais, revistas, blogs e TV.
Barros e Silva, contudo, deixou de identificar a plumagem político-ideológica dessa direita. A meu ver, na sua extensa maioria, ela é constituída de acadêmicos simpatizantes do tucanato ou de jornalistas que ainda hoje choram a morte do seu guru, o jornalista Paulo Francis, paradigma insuperável da esquerda arrependida."
CAIO TOLEDO, professor de ciência política da Unicamp (São Paulo, SP)

"A posição de Fernando de Barros e Silva se assemelha à do militante que sobe numa cadeira num bar e lança todo um repertório de generalidades cheio de som e fúria. O esforço do colunista visa alertar-nos sobre o perigo da disseminação na mídia brasileira de uma direita emergente e organizada.
Mas, no aranzel de adjetivos, não encontramos nenhuma referência precisa, nenhum autor. Como é usual no exercício irresponsável da diletância e nos discursos conspiratórios, a direita de Fernando se eleva quase como uma entidade metafísica. Afinal, quem são eles?"
DAVID A. MAGALHÃES (São Paulo, SP)

C, D e E
"Quem poderia imaginar que um dia algum jornal iria estampar reportagem como "Consumo da baixa renda pressiona grandes empresas" (Dinheiro, 24/3)?
Quem imaginaria que as companhias teriam que criar produtos para as classes C, D e E, que já são 50% do mercado?
Esse é o verdadeiro Brasil, e não aquele que privilegia somente os bem-nascidos."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

Cafetina
"Não consigo entender a importância que está sendo dada a essa mulher, acusada de ser cafetina e traficante -e expulsa dos EUA. Ela é uma vergonha para o Brasil e para os brasileiros honestos. Deveria ser esquecida, mas a mídia a transforma numa celebridade. Logo estará posando para a "Playboy" e vendendo entrevistas à Hebe, à Luciana Gimenez e ao Faustão."
JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM (Piedade, SP)

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