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Senado
"Concordo com Clóvis Rossi
("Fora Sarney é pouco", Opinião, ontem). Os descalabros no Senado
já ultrapassaram todos os limites
da moralidade e da ética. Gostaria
de ver também a Polícia Federal
apurando todos as obscenidades ali
praticadas.
Se a saída é a elaboração de um
abaixo-assinado para que se faça
uma representação pública, gostaria de saber quando e onde posso
assinar."
PAULO NOGUEIRA SAMPAIO
(São José dos Campos, SP)
"Como maranhense e filha de
uma professora da Universidade
Federal do Maranhão, revolta-me o
fato de Sarney poder dispor de uma
considerabilíssima quantia de dinheiro público para organizar a sua
biblioteca ("Sarney gasta verba para
organizar seu acervo de livros", Brasil, 23/6).
Quantos professores têm a oportunidade de montar um acervo decente, fato com rebatimento imediato sobre a educação do nosso
país? Quando conseguem fazê-lo, é
tirando leite de pedra, pois têm um
salário engessado.
Aqui, no mundo real, funcionário
público compra e organiza livros
com aquilo que ganha no fim do
mês, e acontece da mesma forma
com as passagens aéreas."
TAYANA FIGUEIREDO (São Paulo, SP)
"A respeito do texto "Funcionária
de Sarney mora em prédio restrito a
senador" (Brasil, ontem), esclareço
que a senhora Valéria Freire dos
Santos é viúva do senhor Antoniel
dos Santos, que foi zelador de um
prédio de apartamentos do Senado
e depois motorista do senador José
Sarney. Ele foi brutalmente assassinado por assaltantes, a facadas,
dentro de sua casa, na frente dos filhos e da própria mulher.
A viúva
recebeu permissão para ficar no
alojamento térreo do zelador enquanto procurava por nova casa, situação que perdura até hoje. Está,
agora, de mudança.
Seu abrigo no local deveu-se a razão exclusivamente humanitária."
FRANCISCO MENDONÇA FILHO, secretário de imprensa da presidência do Senado (Brasília, DF)
Pró-Lula
"Interessante o comportamento
dos defensores de Lula. Sempre que
o presidente demonstra estar ao lado de atos espúrios, em total discordância com suas bravatas de palanque, esses defensores se reportam
ao governo de FHC (como fez a leitora Maria Bacellar em 23/6), como
se uma canalhice justificasse outra.
O comportamento de Lula em defesa de atos criminosos, tanto internos como externos, não combina
nada com seus discursos estridentes vociferados em todos cantos do
país enquanto era oposição."
THEREZZA LIMA (São José dos Campos, SP)
Itália
"A Folha publicou, no texto "Sexismo" de italiano põe Lula em saia
justa" (Mundo, 24/6), que, devido
ao caso Battisti, o governo italiano
atrasou a apresentação das credenciais do novo embaixador do Brasil
na Itália. Não é exato.
Em Roma, como em Brasília e em
muitas outras capitais, se dá andamento aos pedidos dos embaixadores com audiências para certo número de chefes de missão, e não
individualmente.
O embaixador José Viegas Filho
apresentou suas credencias ao presidente Napolitano dentro do tempo normal para tanto."
MICHELE VALENSISE, embaixador da Itália no Brasil (Brasília, DF)
USP
"É o fanatismo ideológico que está provocando atos violentos e ilegítimos de grevistas profissionais e
amadores na USP.
Uma minoria barulhenta e raivosa, que destrói o patrimônio público
e prejudica alunos e professores
que desejam estudar e trabalhar,
esconde-se atrás de discursos de liberdade e de democracia, que são
desmentidos pelos próprios atos
de vandalismo e de mobilização
improdutiva.
Felizmente, uma parcela significativa das unidades da Universidade de São Paulo permanece ativa,
expressando o desejo da maioria
dos alunos, dos professores e dos
funcionários."
MARCO MILANI, doutorando na Faculdade de Economia e Administração da USP (São Paulo, SP)
SPFC
"Por onde andou nos últimos
quatro anos o repórter Rodrigo
Mattos, que afirmou, na reportagem "Morumbi vira ameaça ao futebol do São Paulo" (Esporte, 24/6),
que o São Paulo "entrou em crise"
nos últimos anos?
Se ele tivesse usado "entrava
em crise", talvez tivesse sido mais
coerente."
MARCOS NUNES FERNANDES (São Paulo, SP)
Resposta do repórter Rodrigo
Mattos - O São Paulo viveu crises
internas nos últimos três anos
nas ocasiões em que foi eliminado da Libertadores.
Gripe
"Em relação à reportagem "Hospital descumpre protocolo de gripe
suína" (Cotidiano, ontem), o Hospital 9 de Julho esclarece o que
segue.
A instituição orientou o seu corpo clínico a seguir as recomendações e os protocolos que definem o
atendimento e a atenção relacionada a casos suspeitos da gripe A
(H1N1).
Prova disso é que o próprio jornalista da Folha que passou pelo
pronto-socorro observou na mesa
do médico um encarte com as recomendações oficiais.
Segundo o repórter da Folha, o
jornal ouviu duas pessoas que teriam relatado a falta de atenção ao
diagnóstico dessa gripe. Nesses
dois casos, a suspeita foi descartada
pela ausência de febre ou de febre
referida (medida fora da instituição
de saúde e relatada pelo paciente)
acima de 37,5C, o que configura o
principal sintoma dessa gripe segundo o Ministério da Saúde.
Vale ressaltar que os dois pacientes passaram por avaliação clínica
que permitiu diagnosticar o quadro
clínico de cada um e, consequentemente, a origem dos sintomas observados.
Ambos foram medicados e orientados para o tratamento específico
referente a cada um dos quadros.
Ou seja, por meio desses exames
foi definida a patologia, e nenhum
deles se encaixava nas premissas do
protocolo do Ministério da Saúde."
REGINA TRANCHESI, médica infectologista, diretora técnica do Hospital 9 de Julho (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Márcio
Pinho - Pelo protocolo do Ministério da Saúde, pacientes que
relataram no atendimento sintomas característicos da gripe
A, como febre, devem ser questionados sobre possível "histórico de exposição". Para infectologistas, o fato de o paciente
não apresentar febre no ato do
atendimento não é garantia de
que não tenha sido contagiado
pelo vírus.
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