São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Tragédia e caos
"Finalmente a Folha fez uma reportagem sobre os lucros das empresas aéreas (Cotidiano, 25/7). Começa a noticiar sobre os vilões da situação. Chega de colocar a culpa no Estado por tudo o que acontece no mundo. Não se trata de defender o governo que aí está, e sim o Estado, que não pode ser responsabilizado por tudo. A iniciativa privada vem mostrando sua incompetência e sua voracidade por lucros cada vez maiores em detrimento de vidas humanas (vide o acidente do Metrô paulistano)."
GILBERTO SOUZA (São Paulo, SP)

"Lendo reportagem sobre os depoimentos dos comandantes da TAM e dos técnicos da Infraero à Polícia Civil de São Paulo (Cotidiano, 25/7), é possível concluir de quem é a culpa pelo acidente do vôo JJ 3054: dos passageiros. Culpados por viajar de avião em um país em que as concessionárias de serviço público não são obrigadas a prestar contas a ninguém e as agências que deveriam fiscalizá-las são, na verdade, meros arremedos de órgãos de controle. Pelo jeito, a TAM e a Infraero, muito em breve, estarão exigindo indenizações dos parentes das vítimas."
NELSON LUIS SANTANDER (Marília, SP)

"Sei que muitos não querem culpar o presidente Luiz Inácio pelo acidente, e muito menos eu, mas não podemos esquecer que, após a pressão feita pelo presidente Luiz Inácio para que o "caos aéreo" tivesse dia e hora para acabar, a pista foi liberada sem o final das obras."
MARCUS L. VILLAR (Itapevi, SP)

"ACM se foi e deixou um grande discípulo, Cesar Maia. O prefeito do Rio de Janeiro, do alto de suas arrogância, irresponsabilidade e leviandade, acusa o governo de ter pressionado a TAM para assumir a culpa pelo acidente aéreo ("Governo pressionou TAM por "saída honrosa", diz Cesar Maia", Brasil, 25/7). Fosse um homem interessado em esclarecer as reais causas do acidente, teria revelado o nome do "alto funcionário do governo que contatou a alta direção da TAM"."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

"Sérgio Costa (Opinião, 25/7) disse tudo. O acidente com o avião da TAM era tão óbvio e ocorreu de forma tão inesperada que chega a ser cinematográfico. Dá para fazer uma rica lista de detalhes da inimaginável história de incompetência e descaso que antecedeu o fato. Chega a ser cômico, não fosse tudo tão humano. O que vivemos é uma tragicomédia. A próxima piada pode ser em cima de você."
DIEGO ROCHA SANTOS (Belo Horizonte, MG)

"Os controladores de vôo fizeram um favor à nação ao denunciarem as mazelas do sistema aéreo, já deflagradas há anos. Em seguida, foi presa a suposta "banda podre" dos controladores. O governo, hipocritamente, os elegeu culpados pela crise aérea, como bodes expiatórios. Sem a "banda podre" em ação, ocorreu mais um acidente aéreo gravíssimo! Logo, os culpados não são eles, mas aqueles incompetentes que os condenaram! O problema, é óbvio, está na má gestão do país!"
CESAR RICARDO COSTA NASCIMENTO MACEDO (São Paulo, SP)

Troca na Defesa
"Afetada por desastres e pela crise aérea, a passagem do ministro Waldir Pires pelo Ministério da Defesa tem sido avaliada negativamente por muitos. Não tenho conhecimento de causa suficiente para opinar a respeito disso, embora pareça evidente que a missão se configurava impossível. O que posso testemunhar é que, tendo conhecido Pires há poucos anos, logo revelou ele ser um homem tolerante com a diferença, leal no relacionamento e fiel ao compromisso por um Brasil menos injusto. Não há muitos como ele por aí."
CLAUDIO WEBER ABRAMO, diretor-executivo do Transparência Brasil (São Paulo, SP)

"Demorou, mas aconteceu! Waldir Pires finalmente cedeu, Nelson Jobim aceitou assumir o cargo e o presidente Lula parece estar querendo caminhar na direção correta. Infelizmente, uma nova desgraça teve que acontecer para que providências cabíveis fossem tomadas, mas, enfim, Deus queira que seja em benefício do povo!"
ROSANGELA HACK PARISATTO (São Caetano do Sul, SP)

"Que bom! Durou muito! O senhor Waldir Pires deveria ter sido demitido quando teve a coragem de reclamar de seu altíssimo salário na mídia. Enquanto milhares de trabalhadores sofrem com o mísero e ridículo salário mínimo, um homem que ganha bem e recebe o seu pagamento do povo brasileiro e ainda reclama! Certamente, ele não conhece a realidade da maioria da população do nosso país."
SUELY REZENDE PENHA (Campinas, SP)

Brizola
"Gostaria de me manifestar sobre a referência feita ao meu avô, governador Leonel Brizola -que não está aqui para se defender-, publicada na crônica "Difícil responder", do poeta e intelectual Ferreira Gullar (Ilustrada, 22/7), em que afirma: "isso começou na década de 80, quando a polícia foi proibida de subir os morros, por ordem do então governador Leonel Brizola". Realmente, no governo do meu avô, a polícia foi proibida de subir nas favelas após as 22h pois era conhecida por sua truculência com os pobres. Para entrar na casa do rico precisa-se de autorização judicial. Por que na casa do pobre pode entrar com uma botinada na porta? Os Cieps formavam 500 mil crianças ao ano com mais de 90% de aprovação do Ministério da Educação. Após 20 anos, se tivéssemos dado continuidade a esse projeto, hoje teríamos mais de 10 milhões de crianças formadas, encaminhadas e, o melhor, longe das ruas."
LEONEL BRIZOLA NETO (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"A entrevista da Folha com a professora Maria Helena Guimarães de Castro, nova secretária de Educação do Estado de São Paulo (Cotidiano, 25/7), traz novo alento. O grave problema do ensino público se deve à estrutura de gestão e por conseqüência à motivação e à formação dos professores. Infelizmente, a profissão de professor caiu num círculo vicioso que se iniciou com seu desprestígio, passou à redução dos salários, provocando falta de interesse e, portanto baixa demanda, redundando em formação inadequada que conseqüentemente aumenta o desprestígio da classe. Há que se romper urgentemente esse círculo vicioso."
OSCAR HIPÓLITO (São Paulo, SP)

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