São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Concessões
"Assustadora a entrevista do ex-ministro Pimenta da Veiga sobre as concessões de TVs educativas (Pág. A6, 25/8). Demonstra total irresponsabilidade e leviandade no tratamento das questões públicas. É inadmissível que um ministro não tenha mecanismos de controle sobre o processo de licitação de rádios e TVs. Dizer que a constatação de situações irregulares só é possível por meio do trabalho investigativo dos jornalistas é assinar um atestado de incompetência para exercer o cargo de ministro das Comunicações. Sinceramente, não precisa ser nenhum especialista para perceber o favorecimento político nos casos apresentados pela reportagem da Folha."
Márcia Meireles (São Paulo, SP)

Mercado
"Deixa eu ver se entendi: os bancos pegam meu dinheiro, que pagam quando muito a 6%, e emprestam a 12% para os exportadores. Os exportadores, em vez de produzir, exportar e gerar empregos, emprestam o meu dinheiro para o governo a 25% e embolsam a diferença. O governo paga a eles com o meu dinheiro, dos meus impostos, e isso não é ilegal?!"
Jonathan Teixeira (Tremembé, SP)

Aliança
"A reação do senador Roberto Freire à chegada de Tasso Jereissati e do liberal Scheinkman à equipe de Ciro coloca em foco a incompatibilidade entre as visões político-econômicas dos aliados do candidato. O eleitor de Ciro tem todo o direito de saber por qual dos dois enfoques antagônicos optará o candidato."
Jorge A. Nurkin (São Paulo, SP)

Fora do ninho
"Na Folha de sábado (24/08), o editorial intitulado "Alvoroço no ninho" (Pág. A2) mostrou que o governador do Ceará, Tasso Jereissati, não aprendeu absolutamente nada com o saudoso Mário Covas. Traição, infidelidade, deslealdade -presentes nas ações de Tasso- jamais foram perpetradas por Covas. Ao contrário, Covas ensinou para todos nós que honestidade, lealdade, fidelidade partidária não são meras palavras, são princípios inalienáveis que devem compor o caráter do político com "p" maiúsculo."
Francisco Alves da Silva (São Paulo, SP)

Educação
"Nossos presidenciáveis estão na Ilha da Fantasia. Estão querendo governar, quem sabe, a Alemanha. No trança-trança pelos ares, não sei como ainda não deram uma trombada -talvez porque não tenham os pés no chão, estão literalmente nas nuvens. O Brasil atravessa um momento difícil -e mais difíceis ainda serão os próximos anos- e eles não têm a percepção disso. São sonhadores, estão distantes da realidade. A única solução para o Brasil é de longo prazo; plantar agora para colher daqui a uns 30 anos. Chama-se educação; o restante são paliativos."
Humberto Schuwartz Soares (Vila Velha, ES)

Bonecos
"Gostei da idéia dos bonecos da PM. Veio a calhar nesse momento tão importante do processo democrático brasileiro. Já que servem para vigiar criminosos perigosos, poderiam ser úteis para nos livrar de políticos chatos. Boa parte dos candidatos que estão nos perturbando diariamente, com as mesmas promessas de 50 anos atrás, deveria ser substituída por bonecos. Bonecos nas carreatas. Bonecos nos palanques. Bonecos na televisão (principalmente). Bonecos em vez de fotos nos jornais. O brasileiro, no final das contas, por falta de opção, hábito ou masoquismo, vai acabar elegendo os mesmos de sempre. Bonecos evitariam as promessas utópicas e demagogas e poupariam nossos ouvidos."
João Edson Floriano (Araçatuba, SP)

Voto distrital
"Tanto se fala em melhorar a qualidade dos candidatos, mas não se fala em voto distrital; por quê? Ficaria muito mais simples, fácil de localizar as autoridades escolhidas, com maior proximidade, pelos eleitores."
Claudio Nardi (Campinas, SP)

Sujeira
"Sugiro que fiquem proibidos os anúncios de candidatos, a partir da próxima eleição, em faixas, banners, estandartes e quaisquer outros métodos que prejudiquem a população. Esses meios de comunicação sujam a cidade e devem ser evitados a todo custo. São, no mais, ineficientes, por ficarem amassados, semidestruídos e amontoados nos postes uns em cima dos outros. Sem contar que caem no chão e vão para os bueiros etc. Pegam mal para a cidade e para os próprios políticos, que ficam com a imagem de sujos."
Paulo de Tarso Domite Mendonça (São Paulo, SP)

Brasil
"Tenho cá comigo que esses brasileiros que têm a ousadia de dizer que Fernando Henrique foi o melhor presidente que já tivemos, de duas uma: ou são parentes e sinecuras do presidente, ou residem em outro país e, por isso, não vêem e não sentem a violência, o desemprego, a fome, a miséria campeando do Oiapoque ao Chuí."
Marcelo Nunes Petrucelli (Mirassol, SP)

Plano diretor
"A triste e obscura forma como a bancada governista finalizou a aprovação do novo Plano Diretor da cidade de São Paulo, privilegiando de última hora, sorrateiramente, conhecidos setores do que há de mais plutocrático e egoísta da elite paulistana, nos leva a três conclusões. A primeira é que, mais uma vez, premiaram-se os infratores e desmoralizaram-se os que cumprem a lei. A segunda é que todo o discurso petista foi jogado no mesmo buraco graveolento dos demais partidos políticos. A terceira é que, infelizmente, serão inevitáveis as ilações entre este fato e a milionária campanha que alguns vereadores petistas estão realizando para as próximas eleições de outubro. Vamos ver o que o futuro reserva aos paulistanos."
Roberto Marques da Costa (São Paulo, SP)

Uniformes
"Considerei um grande equívoco a compra de uniformes pela Prefeitura de São Paulo para os alunos de escolas municipais. Estou extremamente preocupado com a intenção de Genoino de fazê-lo em todo o Estado, se eleito. É preciso avaliar a medida em toda a sua extensão. Existe uma cadeia de pequenos negócios dependente da venda de uniformes aos alunos das escolas, o que garante a renda para uma infinidade de famílias. Comprar os uniformes de um grande fornecedor é uma forma de aprofundar a concentração de renda, cujo combate incisivo é uma das principais bandeiras de campanha do PT."
Alberto Magno Porto de Oliveira (São José dos Campos, SP)

Meio ambiente
"Impossível não concordar com as opiniões da leitora Andréa de Almeida Bossi ("Parque nacional", "Painel do Leitor", 25/8). Temos uma excelente legislação ambiental e, estranhamente, nenhum recurso para ações da sociedade civil que busquem seu cumprimento. Contamos com o Ibama e órgãos estaduais e municipais de fiscalização e monitoramento. Quase todos sofrendo uma substancial corrosão moral. Mas o que chama a atenção é o fato de que não existe nenhuma fonte de recursos financeiros por parte de órgãos de apoio para ações ambientais, como, por exemplo, o Fundo Nacional do Meio Ambiente, que se destine a ONGs que atuam na área de justiça ambiental.'
Zuleica Nycz (Curitiba, PR)

Ricardinho
"Enfim, a novela Ricardinho acabou, com o jogador mudando de alvinegro para tricolor. Ricardinho ganhou novo clube, aumento substancial de salário e perdeu o respeito próprio. É irrecuperável essa perda, afinal, considerando-se um profissional, deveria vir a público desde seu retorno da seleção e anunciar que estava pedindo aumento de salário, e nós, torcedores menos passionais, ficaríamos chateados, mas obrigados a entender que ele é um profissional e busca garantir seu bem-estar financeiro."
Laércio Zanini (Garça, SP)



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