São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Governo Lula
"Muito boa a charge de Angeli (Opinião, pág. A2, 24/9) como idéia, mas acho equivocada na sua representação. Pelo que sinto, com toda esta asneira do governo Lula, o esgoto não poderia estar chegando, mas, sim, saindo da sala do mandatário. A podridão não está em nós, aqui de fora."
BIBIANO RIBEIRO GONÇALVES JUNIOR (Votuporanga, SP)

"Excelente a coluna de Otavio Frias Filho ("O chefão", Brasil, 21/ 9) sobre como uma máfia tomou conta do Estado, sob a complacência de um presidente que se mostra cada vez mais rudimentar e desorientado -com as repetidas declarações de ignorância do que se passa nas salas ao lado da dele. Além de passar a mão na cabeça dos que praticaram ações criminosas, ele demonstra, mais uma vez, como lhe falta discernimento, senso de proporção e experiência no manejo de crises. Estamos perdidos, se é que os 50% das intenções de voto comecem finalmente a cair em si... Ainda há tempo."
NINA DRAKE (São Paulo, SP)

Dossiê
"Abstraindo de examinar se há alguma correlação possível entre o "caso do dossiê" e o de "Watergate", sobreleva considerar que não cabe a um magistrado, sobretudo a um presidente de tribunal superior que está a presidir nossas eleições, emitir, sem juízo definitivo formado, parecer ou opinião sobre questão que é ainda objeto de investigação e análise, a ser realizada apenas sob o crivo do devido processo legal, como exige a nossa Constituição. Com razão Elio Gaspari, ao apontar esse desvio ("Lula não é Nixon, Mello não é Bob Woodward", Brasil, pág. A16, 24/9)".
VALENTINO APARECIDO DE ANDRADE, juiz de direito (São Paulo, SP)

"É lamentável e vergonhosa a manipulação do governo no tratamento do escândalo da compra do dossiê. Como pode, até o dia de hoje, não terem sido divulgados os nomes dos correntistas de onde o dinheiro foi sacado? O silêncio na Polícia Federal e no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), corroborado e incentivado pelo ministro da Justiça, certamente esconde os nomes daqueles que já deveriam estar entre as grades."
FERNANDO HENRIQUE CASTRO (São Paulo, SP)

"Considero louvável a defesa feita pelo dr. Dalmo de Abreu Dallari do colega Márcio Thomaz Bastos, atual ministro da Justiça ("Operação mata-ministro", "Tendências/ Debates", 25/9). No entanto, creio que o eminente jurista não devia subestimar a inteligência dos leitores desta Folha. Afirmar que o senhor ministro não vem interferindo na ação da Polícia Federal para proteger a campanha de Lula, o PT e, supostamente, outras forças aliadas, no caso da desastrada operação da compra de dossiê, não fica bem para detentor de sofisticado saber jurídico e histórico em prol da democracia em nosso país. Os argumentos do dr. Dalmo não se sustentam na realidade. Se assim não fosse, por que o dinheiro apreendido e o tal dossiê com 2.000 páginas não foram mostrados, até agora, ao público? Decididamente, não pode o PT e sua tropa de choque transferir a responsabilidade desta, digamos, "imbecilidade de alguns companheiros" do lulismo/petismo a frações da elite brasileira."
FRANCISCO GIOVANNI PIMENTEL MOREIRA, sociólogo (Fortaleza, CE)

"O entrevero em torno do dossiê oscila entre a busca da verdade, em defesa das instituições, e o oportunismo eleitoral. Aquela, requer investigação, procedimentos judiciais, prudência para não expor reputações antes de poder indiciá-las com evidências. A poucos dias de uma eleição em que poderosos interesses e ambições estão em jogo, numa cultura tão pouco permeada por valores republicanos, parece prevalecer a disputa sem princípios pela captura de consciências, através de expedientes similares aos que se pretende condenar. Escolha eleitoral se faz por referências ideológicas, programáticas, compromissos públicos e histórico dos concorrentes, não por escaramuças à boca da urna."
REMY FONTANA, diretor da Escola de Governo e Cidadania de Florianópolis (Florianópolis, SC)

Flagrantes
"Impressionante a habilidade com que Sergio Costa descreve a "preocupação" da sociedade brasileira e da imprensa, uma vez que, diante de mais um escândalo de corrupção no país (o caso "dossiêgate'), às vésperas das eleições, o "caso Daniela Cicarelli" tenha tido tamanha repercussão ("Flagrantes", Opinião, pág. A2, 25/ 9). Isso evidencia que o brasileiro está mais preocupado com as fofocas do que com o futuro do país."
LEONARDO DALTO ROMERO (Pedreira, SP)

Polícia Federal
"Ultimamente, a Polícia Federal era motivo de admiração e de grande orgulho para o povo brasileiro. Mas, assim como a seleção, que demonstrou um terrível "corpo mole" na Copa, a PF, com essa notável má vontade em apresentar a origem do dinheiro para comprar o dossiê contra os tucanos, fez cair por terra esse nosso sentimento, pois se percebe claramente a proteção que faz ao PT. Então, fico pensando: se a PF tem que servir aos interesses do lulismo e petismo, quem é que nos protege? É uma pena. E pensar que tínhamos tanto orgulho dela..."
ZÉLIA BERGAMIN (Ubatuba, SP)

Traição
"Em um discurso em Sorocaba (SP), Lula se compara a Cristo em relação à traição. Primeiro, não se deve misturar religião com política -vemos no mundo exemplos do que pode acontecer. Segundo, Cristo sabia que seria traído, ao contrário do presidente, que nunca sabe nada."
EDUARDO VALÉRIO DA COSTA (Navegantes, SC)

"Seria mais fácil Lula se comparar a Judas do que a Jesus Cristo, pois, junto à mesa de milhões de brasileiros, ele e seus apóstolos foi quem nos traiu."
JOÃO ROBERTO DA SILVA (Ribeirão Preto, SP)

Menos sal
"Muito oportuno o editorial sobre o uso excessivo do sal na mesa dos brasileiros ("Comida salgada", pág. A2, 24/9). As autoridades sanitárias deveriam coibir e fiscalizar esse excesso também nos restaurantes e lanchonetes de todo o país."
SETSUKO GENI OYAKAWA MAGATTI (Catanduva, SP)

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