São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Battisti
"Muito oportuna e bem argumentada a carta de Bernard-Henry Lévy publicada ontem ("Carta aberta ao presidente Lula sobre Battisti", "Tendências/Debates"). Ele peca apenas num detalhe: Battisti, na Itália, nunca foi julgado como terrorista, e sim como assassino comum e vingativo."
RUY PIGATTO (Curitiba, PR)

 

"A carta de Bernard-Henri Lévy nos dá uma pequena amostra de como um assunto sério deve ser tratado com justiça e bom senso.
Precisamos de menos paixão e fúria e de mais reflexão se quisermos trilhar o caminho da justiça. Devemos lembrar que vários de nossos governantes também já nutriram simpatia e lutaram pela ditadura do proletariado ou pela ditadura militar. O que deve estar em jogo não é a boa relação do Brasil com a Itália ou a possibilidade de uma resposta rápida e cabal ao terrorismo, mas o sentido que nós queremos dar ao humanismo e à Justiça.
A carta aberta de Lévy é um convite à reflexão, e sua letra se dirige à nossa mente, e não somente ao coração."
THIAGO DAS CHAGAS SANTOS (Araraquara, SP)

 

"Equivoca-se o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso ("A extradição e seu controle pelo STF", "Tendências/Debates", ontem) ao informar, sobre o pedido de extradição do italiano Cesare Battisti, ser inédita a decisão do STF quando julgou caber ao presidente da República a palavra final acerca do caso.
Tal entendimento já teria ocorrido em junho de 2008, no acórdão alusivo à extradição nº 1.114, de relatoria da ilustre ministra Carmen Lúcia, no qual ficou assentado, por unanimidade do Tribunal Pleno do STF, que "o Supremo Tribunal limita-se a analisar a legalidade e a procedência do pedido de extradição (Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, art. 207; Constituição da República, art. 102): indeferido o pedido, deixa-se de constituir o título jurídico, sem o qual o presidente da República não pode efetivar a extradição; se deferido, a entrega do súdito ao Estado requerente fica a critério discricionário do presidente da República".
Conforme se constata, a extradição é ato administrativo sujeito a controle prévio de legalidade do STF, que o autoriza ou não, ficando o Poder Executivo vinculado tão-somente nos casos de negativa de autorização."
LOURENÇO MACIEL DE BEM, advogado (Florianópolis, SC)

 

"Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciar a sua "avaliação" no caso Battisti, deixando a extradição ou não nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegamos à conclusão de que, naquela Suprema Corte, não temos juízes, e sim prestadores de exames ou diligências que servem para elaborar laudo ou parecer -os peritos judiciais.
Assim fica difícil acreditar que o Brasil de hoje precise do STF."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

 

Planos econômicos
"Caiu como uma bomba a decisão do Superior Tribunal de Justiça de suspender as ações individuais de poupadores que reivindicam o pagamento de perdas decorrentes dos planos econômicos.
Cerca de 700 mil ações devem ficar suspensas até que seja tomada uma decisão sobre o assunto em ações coletivas, o que, pela andar da carruagem, deve demorar mais uns 20 anos.
No final, os bancos venceram. É a Justiça, estúpidos!"
ARSONVAL MAZZUCCO MUNIZ (São Paulo, SP)

Apagões
"Há um ditado popular que diz: "Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço".
Por analogia, deduza você mesmo: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu 48 hs para a Light explicar o apagão em bairros do Rio de Janeiro, mas o apagão ocorrido em 11/11, abrangendo 18 Estados brasileiros, ainda não foi convincentemente explicado pelos ministros Dilma e Lobão."
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

 

Carros, IPI, ambiente "O governo está indo no caminho errado ao prorrogar a redução do IPI para carros, mesmo que sejam modelos "verdes".
De que vale ainda prorrogar a redução do IPI se não é mais vantagem abastecer o carro com álcool, que é um combustível menos nocivo ao ambiente? O governo poderia, sim, prorrogar a redução para carros com baixa emissão de poluentes."
ADRIANO DOS ANJOS (Santa Bárbara D'Oeste, SP)

Cebrap, 40
"Surpreendente e decepcionante não encontrar uma notícia de destaque na Folha de ontem quanto ao lançamento de filme, livro e depoimentos sobre os 40 anos do Cebrap.
Na página A4 (Brasil) há uma foto de Serra com Fernando Henrique tirada no evento e cujo texto remete a página mais a frente, onde não é essa a notícia. Uma pena. O evento trouxe a possibilidade de reflexão única e profunda entre a intelectualidade paulista, particularmente aquela que fundou o Cebrap, há 40 anos, no período negro da ditadura militar.
Foi emocionante ver diversos desses intelectuais contando como conseguiram a façanha (hoje considerada banal) de fundar um grupo para refletir sobre a política e as ações sociais sob pressão militar. Como membro do Cebrap na década de 80, também me emocionei e também compartilho algumas das falas dos presentes: ter sido do Cebrap fez valer a pena ter vivido."
MARINA FERREIRA REA, pesquisadora científica do Instituto de Saúde (São Paulo, SP)

Sistema S
"A reportagem "MEC questiona oferta de vagas no Sistema S" (Dinheiro, 24/11) apenas reforça o desvio de propósito que esse modelo apresenta. O Sistema S é formado por um conjunto de organizações fomentadas pela iniciativa privada de extrema importância para o país no âmbito do ensino regular, da qualificação profissional, da pesquisa, da assistência à saúde, do incentivo à cultura e da prática esportiva. No entanto, uma contradição muito visível aflige aqueles que cooperam financeiramente para a continuidade dos serviços do sistema: pagam uma contribuição para uma organização que oferece alguns serviços pagos (e bem pagos) e que, em alguns casos, se torna o seu próprio (e desleal) concorrente, como é o caso de instituições de ensino superior e as Faculdades Senac.
Por isso é louvável que o MEC esteja atento a esse assunto, exigindo que essas entidades atuem de acordo com a missão atribuída a elas pela sociedade."
FERNANDO TREVISAN (São Paulo, SP)

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