São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Ditadura
"Segundo o coronel Ustra ("Derrotados de 64 querem se vingar", diz coronel Ustra", Brasil, 26/1), acusado de tortura durante a ditadura militar, os acusadores colocam "no banco dos réus aqueles que venceram". Só para eu entender, gostaria de perguntar ao coronel: venceram o que exatamente?"
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)

"O que muito me espanta é que os "comunistas" de 64 -ou melhor, de antes de 64, pois a história está aí para provar que antes do golpe da direita em 64 eles já se articulavam para uma tomada de poder pela via armada, com a ajuda dos cubanos e dos chineses- esquecem de dizer que eles assaltaram, mataram inocentes e "justiçaram companheiros" sem nenhum pudor em relação à violência que usaram para isso.
Se esses falsos democratas querem uma reparação (como se já não bastasse o valor das indenizações recebidas), não vejo por que não levar a público também os crimes cometidos por eles e por seus "grupos revolucionários"."
TANI BOTTINI (São Paulo, SP)

Publicidade
"Olhei com curiosidade as propagandas que comemoravam o aniversário da cidade em 25/1. Estranhei a da própria Folha, em que vemos várias páginas inteiras com pessoas lendo os vários cadernos do jornal. Ali há o slogan: "A Folha é o jornal mais lido do Brasil, porque é plural como você".
Só que essa pluralidade é apenas de brancos, magros, lindos e aparentemente ricos, que são os modelos que aparecem retratados. Nenhum negro? Nenhum gordinho? Pobres nem pensar. Caríssimos, esse mundo explodiu."
TADEU JUNGLE (São Paulo, SP)

Metrô
"A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados, diria o barão de Itararé.
Fico imaginando o teor das negociações entre os sinistrados e os representantes das construtoras da linha 4 do metrô de São Paulo: Fulano tinha 40 anos. A expectativa de vida dele era de 69 anos. Ele fumava. Noves-fora vezes a renda líqüida atual ao mês resulta a indenização pela vida perdida. Podemos arredondar para R$ 20 mil à vista e não se fala mais nisso?
Pronto. Está tudo resolvido. E as construtoras ficam livres para sair por aí, desmoronando novamente."
JOSÉ MAURÍCIO DE ALMEIDA, engenheiro (São Paulo, SP)

Renda
"É difícil compreender essa conta ("Renda cresce em 2006, mas não recupera perda", Dinheiro, 26/1).
No mundo real, as recuperações inflacionárias estão contidas, os novos empregos começam pelo piso e, no processo de terceirização, a massa salarial cai. No serviço público, muitos vivem com salário congelado há oito anos. Que realidade é essa do IBGE que não conseguimos apalpar?"
UBIRATÃ CALDEIRA (São Bernardo do Campo, SP)

Distribuição da renda
"Relatório da OIT alerta para o fato de que, apesar de o PIB mundial ter tido a maior alta dos últimos 20 anos, não foi capaz de diminuir o desemprego e a pobreza. O relatório é uma resposta àqueles que acham que o crescimento em si é resposta para todos os problemas sociais.
O Brasil tem sido muito criticado por conta do baixo crescimento do PIB, porém vale ressaltar que, no país, o desemprego caiu, a massa salarial aumenta e a pobreza diminui.
Temos que crescer para todos, principalmente para aqueles que são a maioria da população -e que ficaram o tempo todo ou apertando o cinto ou aguardando a fatia do bolo que crescia, mas ele não via."
EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)

São Paulo
"Não seria melhor vaiar o prefeito para que construísse abrigos para os indigentes, com acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos, em vez de tentar mantê-los na rua ("Alvo de protestos, Kassab enfrenta manifestantes", Cotidiano, 26/1)?
Que dignidade tem a pessoa obrigada a tomar banho na praça?"
REGINALDO SALOMÃO (São Paulo, SP)

"Medida higienista na praça da Sé? Creio que foi uma medida higiênica, isso sim. Quem realmente ama nossa cidade aplaude com satisfação qualquer iniciativa pública ou privada de melhoria e de embelezamento de São Paulo. Agora, vaiar, é o fim!
Será que é normal pessoas morarem na rua e emporcalharem a cidade? Por que esses militantes não fazem um mutirão e ajudam esse povo de rua a ser encaminhado e alojado? Que tal colocá-los em frente ao Palácio do Planalto? Afinal nosso presidente se diz "pai dos pobres" e terá imenso prazer em ajudá-los.
Proponho uma caminhada dos moradores de rua da cidade de São Paulo a Brasília.
Viva São Paulo! Fora derrotistas corruptos!"
PRISCILA SCATENA (São Paulo, SP)

Educação
"Transformar a educação em prioridade absoluta do governo municipal, como Gilberto Kassab em artigo publicado no dia 25, faz parte da política permanente de luta do Sinpeem.
Para atender à demanda, com o fim do segundo turno (das 11h às 15h), a prefeitura anunciou a expansão da rede física, com a construção de 22 CEUs, 70 escolas e 300 novas salas de aula.
O prefeito Kassab também diz que pretende corrigir problemas estruturais que há muito vem sendo apontados sistematicamente pelo Sinpeem, como os baixos salários dos professores, a superlotação das salas de aula e as salas de lata para escolas municipais -e que sejam estendidos os direitos dos profissionais da ativa aos aposentados.
Mas não podemos perder de vista, por exemplo, que a construção dos CEUs na verdade retarda o atendimento geral à demanda, posto que com os recursos utilizados para construir apenas uma unidade (cerca de R$ 22 milhões) seria possível construir pelo menos 20 escolas de educação infantil.
Não podemos mais admitir que a educação seja usada como bandeira política dos nossos governantes -para que depois seja esquecida. Por isso, nós, profissionais de educação, vamos fiscalizar e cobrar todas as promessas."
CLAUDIO FONSECA, presidente do Sinpeem - Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (São Paulo, SP)

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