São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Dívida
"Nunca antes na história deste país se abusou tanto da inteligência dos brasileiros. Proclamar aos quatro ventos que nossa dívida externa foi liquidada por causa das reservas de US$ 180 bilhões não passa de mais uma bazófia de Lula.
Antes de trombetear isso na imprensa, ele deveria pedir ao BC que informasse quantos dólares ingressaram no país para adquirir títulos da dívida pública. Mas esse dado é escamoteado da opinião pública.
As autoridades monetárias simplesmente escondem quanto dos investimentos estrangeiros foi destinado ao setor produtivo e quando foi ao investimento especulativo, que aqui entra e sai com inteira liberdade cambial e com total isenção de Imposto de Renda -enquanto nós somos descontados no ato do resgate das modestas aplicações financeiras.
No fundo, a dívida externa foi simplesmente internalizada."
EDMUNDO RADWANSKI (Rio de Janeiro, RJ)

Banco Central
"Em relação à reportagem "Bancos em liquidação levam R$ 200 mi" (Dinheiro, 24/2), o Banco Central esclarece que os contratos celebrados no âmbito do Proer prevêem que os encargos dos empréstimos concedidos às instituições financeiras sejam equivalentes ao custo médio das garantias acrescido de 2% ao ano.
Portanto, todos os rendimentos auferidos pelos CVS (títulos emitidos pelo governo, originários de Fundo de Compensação das Variações Salariais -FCVS- ofertados em garantia do Proer) geram um acréscimo nas garantias, em valor correspondente. Dessa forma, ao mesmo tempo em que recebem do Tesouro Nacional juros referentes aos títulos, esses rendimentos são incorporados ao valor das garantias constituídas em favor do BC, as quais servirão de lastro para o pagamento dos juros devidos ao Proer.
Conseqüentemente, os juros pagos pelo Tesouro Nacional aos bancos liquidados permitirão o pagamento dos juros contratados perante o Proer. Ao final, os valores apurados serão revertidos ao erário em decorrência do pagamento das obrigações contratadas pelas instituições financeiras em liquidação extrajudicial."
ALEXANDRE PINHEIRO, assessor de imprensa do Banco Central (Brasília, DF)

FHC e eleição
"Disse FHC ontem nesta seção: "As campanhas municipais devem levar em consideração, tanto quanto possível, o objetivo maior de fortalecer as oposições na luta pela Presidência em 2010".
Essa é a consideração que FHC tem pela nossa querida cidade de São Paulo. Não interessa tentar eleger alguém que tente resolver os problemas da cidade, melhorar a vida de seus moradores... O que importa realmente é estar na Presidência, onde a "boquinha" é bem melhor."
LIBERATO MAURO BARISON (São Paulo, SP)

Lista da OAB
"Em relação à nota "OAB ameaça impedir desafetos de advogar" (Cotidiano, 26/2), é necessário esclarecer que as atitudes tomadas por aqueles que não respeitam a advocacia de fato devem ser repelidas pela OAB, inclusive para fins de futuras inscrições em seu quadro.
A OAB, serviço público dotado de personalidade jurídica, uma das maiores instituições do país e atenta aos princípios que regem a democracia, não pode se curvar a afirmativas impensadas e ofensivas, que acabam gerando conseqüências a toda a classe, principalmente pelo fato de ter ela por finalidade a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de Direito, dos direitos humanos e da justiça social.
Havendo desrespeito às prerrogativas profissionais, cabe à OAB agir energicamente no que lhe compete e, se necessário, evitar que futuramente aqueles que não respeitem a advocacia venham a figurar em seus quadros."
GUSTAVO OLIVEIRA CHALFUN, advogado, presidente da 20ª subseção da OAB-MG (Varginha, MG)

"É lamentável ver o presidente da instituição que mais defendeu a democracia no Brasil, a OAB, julgar alguém sem nem sequer dar-lhe o direito de defesa.
Não sou advogada, mas conheço vários advogados militantes que me ensinaram o respeito às leis, à moral jurídica e aos princípios filosófico-jurídicos que devem nortear a atuação dos operadores de direito.
Esquece o senhor Cezar Britto que, atualmente, o advogado que é procurador da República está a serviço do povo brasileiro. É seu representante constitucional. A ele cabe a defesa dos nossos direitos, e por sua manifestação sinto-me representada para atos adequados ou inadequados.
O senhor Cezar Britto deveria cuidar de sua instituição, pois ela não tem sido o baluarte da democracia que ele afirma que ela seja."
MARCIA COSTA (Brasília, DF)

Escola pública
"Como professor eventual há mais de um ano na Escola Estadual Sérgio Pedro Speranza, julgo um desrespeito e uma piada a frase da secretária Maria Helena Guimarães Castro (Entrevista da 2ª, 25/2).
Disse ela: "O substituto entra na sala de aula, faz a chamada, cruza os braços e começa a bater papo".
Eu e os eventuais com os quais tenho contato, ficamos o dia todo na escola, sempre a par de todo o trabalho desenvolvido pelos professores de diversas disciplinas, para evitar que crianças fiquem sem aula e com conteúdo defasado.
Quem até agora literalmente cruzou os braços e bateu papo foi o governo do PSBD, que há anos gerencia (ou tenta gerenciar) o nosso Estado. Nem a humildade de reconhecer as sucessivas falhas das propostas educacionais do citado partido a atual secretária teve. Estamos realmente em "boas" mãos."
CAIO PRIOR ROCHA (Araraquara, SP)

Aeroporto e poluição
"Devem ser pouquíssimos os moradores da região de Congonhas que já estavam lá quando o aeroporto foi inaugurado, em 1936. Acho hipocrisia alguém que escolheu morar próximo ao aeroporto, como o senhor Julio Mola ("Painel do Leitor" de ontem), reclamar agora que sofre com a poluição e o barulho provocado pelos aviões."
PAULO RICARDO SIMON (São Paulo, SP)

De feios e bobos
"Sobre a nota "Nada mais infantil do que chamar o outro de feio" (Ilustrada, 21/2), penso que o maestro John Neschling não seja feio, como disse o crítico Marcus Góes. Afinal, ele leva ao povo a música e, com ela, muitas coisas boas.
Portanto, depende de como vemos a questão do feio e do bonito, de se incorporamos ou não os significados de quem emite a imagem. Mas os dois, maestro e crítico, são bobos. E não deveriam ocupar os trâmites judiciários, pagos pelo povo, com questão tão inútil."
RAYMUNDO DE PASCHOAL (São Paulo, SP)

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