São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Abuso de poder
"Na qualidade de presidente de entidade que reúne todos os promotores e procuradores de Justiça do país, não poderia deixar de registrar minha homenagem e admiração à Folha pela transparência e coragem de inserir no editorial "Abuso de Poder" (Primeira Página, edição de ontem) o verdadeiro sentimento do povo brasileiro. Infelizmente, condutas que imaginávamos desaparecidas de forma definitiva da vida política do país ressurgiram, em verdadeiro atentado ao Estado democrático de Direito. Isso demonstra os motivos da busca incessante da "Lei da Mordaça", da proibição da investigação criminal, da vedação de ação por improbidade administrativa e o foro privilegiado aos agentes políticos como forma de fragilizar o Ministério Público, como intransigente defensor da sociedade."
José Carlos Cosenzo, presidente da Conamp -Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Brasília - DF)

 

"Obrigada pelo editorial de ontem. É com um trabalho como esse que podemos sonhar com um país melhor para nossos netos (para os filhos, já desisti)."
Marilia Ribeiro Mascarenhas (Campinas, SP)

 

"Muito oportuno o editorial "Abuso de Poder". Amparado em um Judiciário conivente e com um Legislativo em adiantado estado de decomposição ética, o Executivo não vê limites para transgredir os limites democráticos, a não ser pela presença altiva da imprensa. Não basta votar, cabe ao cidadão cobrar promessas de seus representantes, e à imprensa, o papel de transformar o desânimo de denúncias impunes em ação fiscalizadora. Parabéns pelo editorial de domingo."
Wilson Franco (Valinhos, SP)

 

"Assinante deste jornal há muitos anos, causou-me profunda estranheza, para dizer o mínimo, o editorial da Primeira Página desse domingo. A minha indignação não se deve às críticas sensatas e criteriosas ao governo Lula -também eu as tenho. Mas o que se vê no editorial citado é uma seqüência de acusações que mais configura um amontoado de posições políticas sem critérios significativos, quase desmerecendo a inteligência do leitor. Uma atitude que lembra uma posição golpista. A imprensa livre é um pilar importantíssimo de qualquer democracia e, por isso mesmo, deve zelar pela responsabilidade que essa condição lhe impõe."
Dinalva Torres Nellessen (São Paulo, SP)

Lima Duarte
"Grande Lima Duarte! A entrevista de ontem com o ator Lima Duarte (Ilustrada, pág. E1 e E4) foi simplesmente maravilhosa. Mostrou, para quem não o conhece bem, um homem corajoso, sem medo das palavras e de opiniões. Falou o que pensa -e ponto final. Impossível discordar de qualquer expressão emitida. Bem provável que seja remetido ao "gelo", o que para ele pouco deve importar. Mas fique sabendo, grande Lima Duarte, que, entre milhões de brasileiros, eu entre eles, haverá nos corações calor suficiente para confortá-lo e motivá-lo a ser o que sempre foi e será: um grande artista, um grande homem."
Sérgio Custódio da Silva (São Paulo, SP)

 

"A entrevista de Inácio Araujo e Laura Mattos com Lima Duarte deve ficar nos anais das reportagens. Que coragem! Lima Duarte não sublimou só o sexo."
Carlos Eduardo Pompeu (Limeira, SP)

 

"Em sua entrevista, Lima Duarte depõe contra sua trajetória bem-sucedida. Além de ser desleal com seus colegas de profissão, ele chega tarde com suas críticas. É o típico caso daquele que se beneficia em silêncio de métodos que condena e quer sair de bom moço no final. Talvez ele pense que tenha sido corajoso naquela entrevista. Mas foi o contrário."
Luiz D. Lago (São Paulo, SP)

Desobediência civil
"O leitor Darcio Sayad Maia criticou no "Painel do Leitor" de sábado Plínio de Arruda Sampaio pelo seu apoio aos atos praticados pelo MST no Rio Grande do Sul. Entre as alternativas a tais atos, o leitor sugere "forçar o cumprimento das leis que já existem" e, pasmem, "melhorá-las por meio do Congresso". Gente, avisa o Veríssimo que a "Velhinha de Taubaté" ressuscitou."
Clayton Luiz Camargo (Curitiba, PR)

Dança no Congresso
"O fato de a deputada Angela Guadagnin (PT-SP) ter votado até agora contra todos os processos de cassações de deputados "mensaleiros" no Congresso é imoral e repugnante. Quanto à dança após a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), vejo um estardalhaço hipócrita e falso moralista por parte da sociedade, da imprensa e da oposição. A psicologia do comportamento humano vê a dança como manifestação física e psicológica do nosso corpo. Reflete alegria do momento. Acho estranho uma sociedade que não se indigna com o fato de cachorrinhos de estimação viverem e comerem melhor do que milhares de crianças pobres se revoltar contra uma atitude no máximo discutível e que não significa nenhum fim do mundo."
Pedro Valentim (Bauru, SP)

 

"Quem diria, heim? Os "mensaleiros" já arranjaram uma musa: Angela Guadagnin, a musa da pizza!"
Maria do Carmo Kannebley Hörnell (São Paulo, SP)

Sarney
"O senador oligarca ainda se refere ao golpe militar de 1964 como "revolução". Deve ser pelos serviços prestados à ditadura -período em que se serviu plenamente para criar sua oligarquia no Maranhão-, assim como pelo seu ideal conservador e antiprogressista. Os grandes homens públicos e democratas do PMDB que já se foram (Tancredo, Ulisses, Montoro e Covas) devem estar com uma tremenda indignação, estejam onde estiverem, pelo senso de oportunismo desse que se auto-intitula estadista. Resta aos peemedebistas históricos e autênticos refutar o cinismo do senador maranhense do Amapá."
Igor Matos Lago (Ribeirão Preto, SP)

Propriedade intelectual
"Lendo o artigo "O desrespeito à propriedade intelectual" ("Tendências/Debates", 21/3), assinado pelo sr. Mirosmar José di Camargo, mais conhecido pela alcunha Zezé di Camargo, mesmo concordando em muitos aspectos com as colocações do pressuposto autor, não pude deixar de pensar, talvez cometendo uma grande injustiça: teria o sr. respeitado o direito à propriedade intelectual de quem escreveu o artigo ou tal vocabulário e clareza de redação são realmente seus?"
Marília Santos (São Paulo, SP)

2ª Guerra Mundial
"Demétrio Magnoli é bom comentarista, mas deveria avisar aos leitores quando resolve adentrar na seara ficcional. Em sua coluna do dia 23/3, ele busca negar o que qualquer livro mediano de história constata sobre a 2ª Guerra Mundial: (1) O Estado de bem-estar social pôde se implantar graças a um conjunto de fatores, entre eles a mobilização dos trabalhadores e da esquerda de cada país e a existência da URSS. (2) A URSS não fez um tratado de amizade com a Alemanha nazista, mas um pacto de não-agressão, que retardou a invasão por quase dois anos. Acordo semelhante era tentado pelos EUA com o Japão quando os primeiros foram surpreendidos pelo ataque a Pearl Harbour. (3) O "auxílio indispensável de armas e suprimentos americanos" só aconteceu após a Conferência de Teerã, em dezembro de 1943, quando a derrota alemã já se prenunciava. (4) O colunista se esquece de que o primeiro exército a entrar em Berlim foi o da URSS. Magnoli deveria voltar aos livros, e não acusar a todos de conivência com o stalinismo, à falta de melhor argumento."
Gilberto Maringoni (São Paulo, SP)


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