São Paulo, domingo, 27 de maio de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Brasil
"Como esperar honestidade do cidadão num país onde a impunidade, a frieza e o desprezo dos políticos pelos princípios éticos e morais são manchete diária na imprensa?"
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

"De fato, há certo excesso de divulgação no que toca às operações da PF, o que acaba por gerar pré-condenação pública e não se afigura correto ante o estado de inocência.
Todavia discordo da alegação de que a PF aplica método fascista, uma vez que todas as prisões são determinadas pela Justiça e têm fundamento: preservar as provas e impedir a prévia combinação de versões. Método fascista haveria se a polícia não pudesse investigar autoridades do alto escalão e se efetivasse prisões sem ordem judicial. De resto, se essas são ou não cabíveis, é questão de interpretação jurídica. Uma coisa é certa: o Brasil está rompendo com o estigma de que apenas o "ladrão de galinha" vai preso, o que é um extremo avanço."
MARCOS SALATI, procurador da República (Jaú, SP)

Lamento
"A coluna de Fernando Gabeira de ontem (Opinião) é um lamento só, a tristeza de um cidadão público decepcionado com a corrupção existente dentro do lugar onde ele trabalha e que atenta contra o país."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Álcool
"A Folha abordou com propriedade, no editorial "Restrição ao álcool" (Opinião, 23/5), a oportunidade da recém-lançada Política Nacional sobre o Álcool (PNA).
De fato, trata-se de um terreno em que as medidas têm de ser rigorosas, especialmente pelo efeito devastador na saúde pública. Porém é fundamental destacar a coragem do ministro José Temporão de enfrentar um lobby tão poderoso, briga que muitos outros evitaram. Creio que os gastos diretos e indiretos do Sistema Único de Saúde com às vítimas do álcool são infinitamente maiores do que os R$ 40 milhões de que se tem falado."
JORGE CARLOS MACHADO CURI, presidente da Associação Paulista de Medicina (São Paulo, SP)

"Há muitos anos, os publicitários vêm sendo acusados de serem responsáveis por esse vício maldito. Aliás, agora está na moda os políticos pisotearem a classe publicitária proibindo, com todo tipo de pretexto, anúncios com mulheres seminuas, crianças em produtos de adultos, desenho animado para propaganda dirigida aos adultos. Já proibiram a propaganda de cigarros e agora é a vez das bebidas alcoólicas.
Alguns anos atrás, participei de um debate no Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo a convite do meu grande amigo doutor Paulo Vaz Arruda. No debate, além dos jovens psiquiatras, estavam presentes vários alcoólatras e familiares, todos eles unânimes bebedores de pinga da mais barata que existe, produzida pelos milhares de alambiques clandestinos que existem nos arredores de São Paulo e no resto do Brasil.
Nas minhas palestras aos doutores, mostrei que a propaganda não induz ninguém a consumir produtos que façam mal à saúde, pois as bebidas alcoólicas que aparecem na televisão e na mídia impressa são produzidas com todos os cuidados e feitas por especialistas com renome internacional.
É só lembrar o debate sobre alcoolismo no Congresso da União Européia, onde não consideravam o vinho uma bebida alcoólica, pois é comprovado que, consumido com moderação, é um santo remédio. É óbvio também que é para proteger um setor importantíssimo para os países produtores de vinho, que tanto prestígio traz para França, Itália, Espanha, entre outros."
FRANCESC PETIT, publicitário (São Paulo, SP)

USP
"Em carta publicada nesta seção em 24/5, a professora Eunice Durham questiona uma "minoria de alunos que, sem mandato de ninguém, se autoconsideram representantes dos interesses da universidade". Pergunto à emérita professora se também podemos classificar da mesma forma uma outra minoria -os professores titulares- que diz defender os "interesses da universidade", excluindo a grande maioria da comunidade acadêmica (e a própria categoria dos docentes) de, por exemplo, escolher o reitor.
A USP tem a estrutura de poder mais antidemocrática entre as universidades públicas brasileiras, o que parece não ser um problema para aqueles que querem a Tropa de Choque reprimindo um movimento que, não por acaso, ocupa a reitoria para ser ouvido. Seria igualmente pertinente se o governador Serra, ao chamar o movimento estudantil de mentiroso, explicasse se a sua acusação se estende aos mais de 300 professores -entre eles alguns dos mais importantes e respeitados intelectuais brasileiros- que também condenam seus decretos."
HENRIQUE COSTA, estudante de ciências sociais da USP (São Paulo, SP)

Octavio Frias de Oliveira
"A Folha agradece as manifestações de pesar pela morte de Octavio Frias de Oliveira recebidas de: Karl Klokler, Solna do Brasil Ltda. (São Paulo, SP); José Juan Sanchez, CMA - Consultoria Métodos Assessoria e Mercantil S.A. (São Paulo, SP); Tercio Sampaio Ferraz Jr., Magalhães, Ferraz e Nery - Advocacia (São Paulo, SP); Marcos Montes, deputado federal pelo DEM-MG (Brasília, DF); Antonio Carlos Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de São Paulo (São Paulo, SP); Attila Russomanno, vereador pelo PP (São Paulo, SP); Aspásia Camargo, vereadora pelo PV (Rio de Janeiro, RJ); José Roberto Berti, presidente da Câmara Municipal de Morro Agudo (Morro Agudo, SP); Ercias Muniz de Lima, vereador pelo PSB (Juquiá, SP); Lucinha Styecca, Stecca Consbem (São Paulo, SP); Carlos Calado (São Paulo, SP); Afiz Sadi (São Paulo, SP); Luis Antonio Fleury Guedes (Nuporanga, SP); Roberto Abucham (São Paulo, SP); Cristina Vilela (São Paulo, SP); João Sá (Salvador, BA); José Carlos de Salles Neto (São Paulo, SP); Luiz Felipe Campos (São Paulo, SP); Roberto de Moraes Dantas e família (São Paulo, SP); Nelson Eizirik (Rio de Janeiro, RJ); Casa da Imprensa (São Paulo, SP).

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