São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

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A favor da educação

A CRIAÇÃO , por empresários brasileiros, do movimento Compromisso Todos pela Educação, que pretende mobilizar o país para universalizar o ensino e melhorar a sua qualidade, é uma iniciativa promissora.
Os participantes do movimento -que inclui alguns dos maiores grupos empresariais do país- atuarão em dois níveis. De um lado, pretendem coordenar atividades no terceiro setor, para evitar a duplicidade de ações, e acelerar projetos de suas fundações, fazendo novos investimentos. De outro, querem conscientizar a sociedade para a urgência do problema. Em setembro, o Compromisso Todos pela Educação deverá ser lançado numa campanha nacional.
No plano da conscientização, a proposta ganha importância inaudita. Uma característica dos melhores sistemas de ensino do mundo é o envolvimento da sociedade. O fenômeno não é desconhecido do Brasil. Escolas cujas associações de pais são mais ativas se saem melhor nos mecanismos de avaliação. Nesse contexto, apenas verificar que parte significativa do empresariado nacional está preocupada com os rumos da educação já é um sinal de que a atual situação de descalabro poderá começar a mudar.
O movimento elegeu metas a serem atingidas até 2022, como manter 98% dos jovens de 4 a 17 anos na escola, alfabetizar toda criança até os 8 anos e fazer com que 90% dos brasileiros concluam o ensino médio até os 19 anos. São objetivos ambiciosos, mas não inexeqüíveis.
Resta esperar que as boas intenções dos participantes se materializem. Se há um consenso que vai além de ideologias e partidos é o de que, sem uma educação universal e de qualidade, nenhum país consegue desenvolver-se. É preciso que a sociedade brasileira se converta a essa idéia e trabalhe diuturnamente para educar bem os seus jovens.


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