São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Pobre Brasil
"Nas convenções do PT e do PSDB, Lula ataca FHC e FHC ataca Lula. Um chama o outro de irresponsável, o outro chama o um de corrupto. Segundo amplamente divulgado pela imprensa, ambos cometeram desatinos em seus governos e, portanto, um não pode falar do outro. Nenhum dos candidatos apresentou planos para tirar o país da situação caótica em que se encontra. Ambos os partidos tem uma única preocupação: atacar o partido contrário para acobertar os seus desmandos. E nós, brasileiros, é que ficamos à mercê do cinismo e da incompetência de ambos, como bem mostrou em sua coluna de ontem o jornalista Fernando Rodrigues."
OSMAR CARLOS MEDAGLIA (São José dos Campos, SP)

Advogado
"Como complemento ao texto "O advogado de Ronaldo" (Ilustrada, 25/6), gostaria de dizer que a Rede Globo é forte, mas não é Deus. Tem em sua equipe de jornalismo alguns sapientes, mas muito poucos oniscientes -um deles, o "adulador de celebridades", Galvão Bueno. Sua onipotência está presente nesta Copa do Mundo, onde emite opiniões esdrúxulas sobre atletas comuns e cultua o puxa-saquismo em relação ao Ronaldo, como já fizera com Ayrton Senna. Chega, nosso ouvido não é penico!"
NEWTON MARQUES (Itajubá, MG)

Dura rotina
"Em entrevista à TV, os jogadores da seleção brasileira disseram estar cansados da rotina após um mês reunidos para disputar a Copa do Mundo. A rotina a qual se referem é ficar hospedados nos hotéis mais bonitos da Europa, ser paparicado pela imprensa e pelos fãs e fazer o que dizem mais gostar: jogar bola. Tudo isso somado à alimentação farta, a horas e horas de recreação e a salários e patrocínios para lá de gordos. Rotina realmente difícil de suportar é aquela vivida pela maioria dos brasileiros, que acorda às 4 da manhã, pega três conduções para chegar ao trabalho, agüenta patrão chato e ainda torce pela seleção. Esse trabalhador, sim, bate um bolão."
ADOLFO MORANDINI NETO (São Paulo, SP)

Campanha
"A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná esclarece que, diferentemente do publicado na nota "Esqueleto" ("Painel", Brasil, 18/6), o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR) iniciou suas atividades em nova sede há sete meses. A obra foi entregue em outubro de 2004, com a presença do presidente Lula, e a execução dos exames começou em outubro de 2005. No novo endereço, o Lacen realiza mensalemente entre 15 mil e 20 mil exames de média e alta complexidade em saúde pública."
VERA DREHMER , diretora de Vigilância em Saúde e Pequisa da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Curitiba, PR)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Educação
"Às ousadas ações educacionais citadas por Gilberto Dimenstein no texto "O milagre da educação de Lula" (Cotidiano, 25/6), acrescentaria os CEUs. Longe daqui, aqui mesmo, está uma experiência com todas as características dos exemplos que citou, como, entre outras, a integração do cotidiano ao curriculum, o estabelecimento do mérito como elemento de promoção e a gestão compartilhada por alunos, professores, comunidade e setor privado e público. Pela sensibilidade e lucidez com que Dimenstein vem abordando a questão do ensino no país, mesmo diante dos resultados humanos palpáveis e mensuráveis que os CEUs vêm apresentando, compreende-se sua omissão como involuntária. Mas o mesmo não se pode dizer da atual administração da cidade, que não replica as unidades, deixando comunidades a descoberto de seus benefícios, nem incrementa as já existentes, criando um vazio de descontinuidade. Se analisarmos historicamente o destino de iniciativas do gênero, como CIEPs e escolas-parque, veremos que seu prosseguimento ou aniquilação jamais obedeceu a critérios de bem servir a população, mas, sim, a circunstâncias político-partidárias. Enquanto o ensino público brasileiro estiver afeito apenas a plataformas eleitorais, o "Milagre da Educação" acontecerá só mesmo no plano dos milagres, do deus-dará que deu no que deu."
CONSUELO DE CASTRO , dramaturga (São Paulo, SP)

Hospital
"Em relação à reportagem "Hospital pára atendimento, dizem pacientes" (Cotidiano, 23/6), a Autarquia Hospitalar Norte (responsável pelo hospital Hospital Doutor Cármino Caricchio, no Tatuapé) informa que em nenhum momento houve interrupção do atendimento aos pacientes durante o período do jogo do Brasil, sendo leviana a afirmação de que o hospital tenha "parado" -afirmação que a reportagem atribuiu a pessoas na fila de espera. No período das 13h às 19h, receberam consulta médica 186 pacientes no pronto-atendimento (sendo 60 pacientes no período das 16h às 18h, quando o Brasil jogava). Além desses, já estavam sendo atendidos 38 pacientes em observação clínica no pronto-socorro e oito pacientes na sala de emergência, todos no horário do jogo, o que mostra a incorreção da afirmação publicada. Quanto ao desentendimento entre funcionários e profissionais da imprensa, os profissionais do hospital envolvidos no episódio elaboraram uma ocorrência policial (Termo Circunstanciado) em que reclamam da invasão de seu local de trabalho e de sua privacidade. A direção do hospital irá apurar o ocorrido por meio de sindicância. É preciso deixar claro que as normas de funcionamento de hospitais não permitem a presença de pessoas alheias ao atendimento nos locais destinados a essa prática médica para preservar o foco de atenção nos cuidados médicos (o que a reportagem alegadamente pretendia garantir)."
CLÁUDIO MOLINA MARTINES , superintendente da Autarquia Hospitalar Municipal Regional Norte (São Paulo, SP)

Resposta das jornalistas Fabiane Leite e Luísa Brito - Em sua carta, o missivista ignora que a reportagem, ao tentar checar as denúncias feitas espontaneamente por pacientes de que não estavam sendo atendidos, foi agredida por um médico da prefeitura antes mesmo de entrar no hospital. A legislação citada diz que cabe à imprensa apontar as omissões das autoridades de saúde e as deficiências dos serviços, e de maneira nenhuma veta a entrada de jornalistas em hospitais públicos.

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