São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Parada Gay
Sou gay e não vou à parada. A música alta, a quantidade de gente, o barulho etc. Tudo isso me incomoda. Não é possível, porém, concordar com o argumento de Alexandre Vidal Porto ("Não é preciso ser diferente para ser gay", "Tendências/ Debates", ontem). A parada é festa e a festa é política.
Os rapazes que vão de shortinho, as moças que vão de terno e bigodinho desenhado, os bombados, as montadas, todos são parte da diversidade que o movimento busca. O respeito se conquista no dia a dia. Não é fazendo uma parada, como deseja o diplomata, com assexuados como os casais gays de novela, que vamos conquistar algo.
THIAGO CANDIDO DA SILVA (São Paulo, SP)

Bonde
Se eu lesse uma notícia de que, no Afeganistão, uma pessoa morreu e, em seguida, foi assaltada, eu ficaria triste. Mas, ao ler que um turista francês caiu do bonde de Santa Teresa, no Rio, e, enquanto agonizava, teve sua câmera fotográfica e sua carteira roubadas, eu sinto nojo ("Turista cai de bonde, é assaltado e morre", Cotidiano, 25/6).
Tenho asco do covarde que se esconde no papel de um injustiçado social para se acomodar e fazer barbaridades. Como uma cidade como o Rio e um país como o Brasil pretendem sediar dois eventos da magnitude da Copa do Mundo e da Olimpíada com uma população que se comporta assim?
LUIZ CARLOS MOSSO CABRAL (São Sebastião, SP)

Listas
Ruy Castro, em seu artigo "De todos os tempos" (Opinião, 25/ 6), cita a pesquisa que a revista britânica "NME - New Musical Express" fez com os seus leitores, perguntando sobre os 20 maiores cantores de todos os tempos. A resposta não me surpreendeu. A votação foi expressiva em artistas da geração mais próxima, deixando de lado, e bem longe, nomes de grandeza ímpar, como Sinatra, Bing Crosby, Nat King Cole e até um "british" profundamente romântico e dono de uma voz inconfundível, Matt Monro! A noção de "todos os tempos" dos leitores da "NME" é deliciosamente curta com os resultados das demais enquetes que envolvam algo do passado -mesmo que relativamente recente, como 20 ou 30 anos atrás.
NELSON SANTOS (Atibaia, SP)

Cabral
Fernando de Barros e Silva explicita a relação das empreiteiras com o poder público em seu artigo "Cabral, o bom amigo" (Opinião, 25/6). Atreitos com contratos milionários, fica fácil prestar favores à custa do nosso dinheiro. E o pior é que tratam a República como seu resort privado e em troca nos dão uma banana.
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

Aviso prévio
A decisão tomada pelo STF no caso do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, diversamente do que expressou Valdo Cruz no artigo "Na contramão" (Opinião, 25/6), está em acordo com a evolução das decisões do STF. No que se refere à omissão legislativa, o Supremo progrediu da posição não concretista, que apenas decreta a mora do Poder Legislativo, para a concretista individual intermediária, que fixa prazo para o legislador editar a norma, e, finalmente, para a concretista geral, na qual o Supremo legisla no caso concreto, até que o Legislativo cumpra seu papel de cumprir a determinação constitucional.
FRANCISCO DE ASSIS MOURA ARAUJO (Teresina, PI)

 

No artigo "Comédia à brasileira" (Opinião, 23/6), Eliane Cantanhêde relata que, embora seja determinado pela Constituição que o trabalhador tenha direito a aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias, nos termos da lei, ninguém sabia dessa norma, nem ela nem nós nem ninguém.
Não é bem assim! Não obstante a omissão do Congresso e a conduta conservadora e anacrônica de alguns juízes e tribunais trabalhistas, o movimento sindical não se omitiu e buscou, dentro de suas possibilidades, "regulamentar" o aviso prévio proporcional em algumas categorias.
Mesmo com a frequente intransigência patronal, o movimento sindical avançou e, na base de longas e cansativas conversações ou até mesmo com a greve, conquistou esse e muitos outros avanços nas relações de trabalho.
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA FILHO , secretário-geral do SinSaudeSP -Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo (São Paulo, SP)

Saúde Pública
Equivoca-se o leitor Antonio Claudio Soares Bonsegno ("Painel do Leitor", ontem), pois as entidades médicas de São Paulo já se manifestaram em nota pública, no dia 22 de junho, sobre a situação dos profissionais de saúde envolvidos em fraudes no Hospital de Sorocaba.
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) tem uma história de defesa intransigente do SUS, condena e não compactua com práticas fraudulentas contra o sistema público de saúde.
Todos os médicos envolvidos estão sofrendo processo administrativo neste conselho e, após o devido processo legal, comprovada a culpa, sofrerão as consequências previstas em lei.
RENATO AZEVEDO JÚNIOR , presidente do Cremesp (São Paulo, SP)

Crack
A Prefeitura de São Paulo tem a obrigação de tirar das ruas quem está em risco. Os viciados ou os usuários de drogas se expõem a todos os tipos de violência nas vias públicas -de outros viciados, de traficantes e de outros moradores de rua.
CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES (Curitiba, PR)

Trem-bala
O terceiro adiamento do leilão do trem-bala, sem que haja consenso sobre pontos básicos, só serve para confirmar a temeridade no que se refere à viabilidade desse projeto neste momento.
O governo de São Paulo não deve mais adiar a expansão do metrô (linha 4-amarela), a partir da estação da Luz para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. A medida atende a uma necessidade urgente e concreta dos paulistanos e dos moradores da segunda cidade mais populosa do Estado e resolverá em parte o grave problema da mobilidade urbana na região metropolitana.
AIRTON REIS JÚNIOR (Guarulhos, SP)

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