São Paulo, sábado, 27 de julho de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Redução dos juros
"Sobre a matéria "Nos bastidores, número 2 do FMI e Malan criticam redução de juros", publicada na pág. B4 da edição de ontem da Folha, com chamada na primeira página, tenho o seguinte esclarecimento a fazer. Uma das formas mais rudimentares de desonestidade intelectual, de falta de ética no debate público e de falta de caráter consiste na atribuição a alguém de palavras que esta pessoa não proferiu, de idéias que nunca expressou, de textos que nunca escreveu e de ações que nunca empreendeu. A notícia publicada ontem na Folha enquadra-se nessa categoria. Pior ainda, é absolutamente inverídica em todas as suas ilações, insinuações, suposições baseadas em "apurações" mediúnicas e pretensas informações ao leitor -que deveria merecer respeito."
Pedro Sampaio Malan, ministro da Fazenda (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Kennedy Alencar - Ao evitar trazer a público divergências internas do governo, por muitas vezes negando-as enfaticamente quando descobertas, autoridades justificam o comportamento dizendo que isso é uma obrigação ética. Por respeito ao leitor, é obrigação ética da imprensa ir além das declarações oficiais.

Osesp
"Tendo em vista reportagem de 25/7 (Ilustrada, pág. E3), sob título "Governo reduz salário de Neschling" e subtítulo "Diretor da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo receberá em reais e não mais em dólar", venho solicitar que, como direito de resposta, sejam publicados os seguintes esclarecimentos: 1) Quanto ao título da reportagem, deve-se esclarecer que o governo não reduziu o salário do maestro Neschling; 2) Quanto ao subtítulo, deve-se mencionar que o diretor da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo sempre recebeu em reais em não em dólar; 3) Quanto ao conteúdo da reportagem, esclarecemos que o governo não reduziu o salário do maestro Neschling; 4) Que a notícia de que o maestro Neschling receberá cerca de R$ 800 mil reais não é verdadeira; 5) Que o valor do contrato do maestro é absolutamente idêntico ao que vem recebendo durante os anos de 2001 e 2002; 6) Que a reportagem que a Folha publicou em 21 de maio de 2002 sobre esse assunto não teve nenhuma influência nas contratações do maestro Neschling com a Fundação Padre Anchieta, cujas condições e valores são idênticos aos anteriormente acordados e aos ora em execução; 7) Que os contratos entre o maestro Neschling e a Fundação Padre Anchieta, firmados anteriormente e os relativos a 2002, não são sigilosos; 8) Que não houve nenhum rebaixamento dos valores percebidos pelo maestro em virtude de nenhuma intervenção, seja do governador do Estado, seja do secretário da Cultura, seja da Fundação Padre Anchieta; 9) Que os contratos são absolutamente regulares; 10) Que o maestro Neschling, como qualquer outro cidadão, não está legalmente obrigado a atender repórteres, que não são autoridades constituídas para as quais se reserva a obrigação de prestar informações e esclarecimentos."
John Neschling, maestro (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - A informação de que John Neschling receberá menos em 2002 (cerca de R$ 800 mil, e não pouco mais de US$ 400 mil) é da Secretaria Estadual da Cultura, que paga o salário do maestro por intermédio da Fundação Padre Anchieta. É da secretaria também a informação de que o novo contrato não será em dólar, mas em real.

Sinapse
"Outra vez a Folha nos surpreende e se supera ao lançar o Sinapse. O novo caderno mensal é mais um elo da corrente de união do leitor com o maior e melhor jornal do país."
Suzano Ajeje (São José do Rio Preto, SP)

Energia limpa
"Quero parabenizá-lo pelo editorial "Valor intangível", publicado na edição de 25/7, sobre o legado de uma matriz energética mais limpa. Foi muito feliz a abordagem sobre a ratificação do Brasil ao Protocolo de Kyoto, bem as facilidades que o país possui para cumprir metas ambientais, uma vez que dispõe da tecnologia do álcool para combater a poluição nas cidades. Vale lembrar que a mesma cana que fornece o álcool também permite a geração de energia elétrica a partir do bagaço."
Eduardo de Carvalho (São Paulo, SP)

Eleições
"Os candidatos a presidente, suas equipes e, principalmente, os entrevistadores bem que poderiam parar de falar só em câmbio, finanças, impostos etc. Não vamos eleger um contador, um economista-chefe. Queremos um presidente para uma pátria, uma nação, um povo."
Paulo Ramos Derengoski (Lages, SC)

Insegurança
"Atualmente, o Brasil vem apresentando impressionantes taxas de sequestros, roubos, homicídios e outros crimes. Isso nos leva a crer que o crime organizado anda em franca ascensão em nosso território, tornando-se uma grave ameaça à democracia e aos poderes constituídos. Esse diagnóstico fica mais patente quando nos recordamos dos assassinatos dos prefeitos de Campinas e de Santo André. Esse contexto de violência se encontra amparado pelo narcotráfico, pela impunidade, pela corrupção, pela legislação arcaica, pela falta de assistência às comunidades carentes e pela ausência de um sistema educacional eficiente."
Carlos Eduardo de Araújo (Osasco, SP)

Combate ao crime
"O estado de impunidade em que se encontra o Brasil não admite atitudes como as do presidente FHC e do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que arquivou o pedido de intervenção no Espírito Santo. Preferiram o gesto político à prática de uma desinfecção completa na máquina do crime que se enraizou no Estado. É obrigação do atual ministro da Justiça praticar a intervenção, sob pena de ter que suportar um processo igual ao que levou a Colômbia à ruína. No Espírito Santo e em outros Estados, o crime organizado e a corrupção não são tão difíceis de exterminar. É só querer e ter autoridade e força de vontade, coisa que o atual governo nunca teve."
Turíbio Liberatto (São Caetano do Sul, SP)

Apenas futebol
"Os brasileiros esqueceram as injustiças sociais durante a Copa do Mundo. Somos os melhores, de fato, em alguma coisa. Na manhã seguinte à comemoração do título, o povo voltou a viver a sua realidade. O sonho de liberdade era apenas o sonho do futebol -algo que enriquece apenas os atletas Todavia o sentimento nacionalista que tomou conta do Brasil continuará eterno. Um dia, mesmo distante, certamente, essa esperança ultrapassará os limites do futebol. O país será o melhor do mundo também em qualidade de vida, cultura e civilidade."
Cristóvão Moreira Teixeira (Fortaleza, CE)

"Ganhamos o pentacampeonato mundial de futebol! Ótimo, magnífico! Mas ainda não temos um Prêmio Nobel sequer, nem um astronauta singrador dos espaços siderais. Ora, o povo brasileiro então só cuida dos pés?"
Remy de Souza (Salvador, BA)

ABL
"Foi lamentável, no mínimo, ler na pág. A11 da edição de ontem, na reportagem sobre a eleição de Paulo Coelho para a Academia Brasileira de Letras, que a sessão foi suspensa para uma rápida corrida de Nélida Piñon ao banheiro, às 16h30. Isso é desrespeito ao leitor e, principalmente, à academia."
Henri Funke (São Paulo, SP)



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