São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Queima de arquivos
Dirijo-me a Elio Gaspari para esclarecer o porquê da referência ao meu nome, em texto alusivo à incineração de autos pela Justiça do Trabalho ("Sarney quer apagar o incêndio da história", Poder, 25/7).
Na semana anterior recebi telefonema do senador José Sarney, que me indagou sobre suposta queima de registros sindicais no Ministério do Trabalho. Respondi que, nos três anos e meio em que permaneci à frente da pasta, nem um único documento público foi destruído, porque quem adota essa prática corre risco de incidir em crime previsto pelo Código Penal.
Observei, posteriormente, ao ler o artigo, que se refere, não ao Ministério, mas à Justiça do Trabalho. O TST, que integrei doze anos, seis em cargos de administração, não pode ser acusado de prática criminosa.
Pondero, contudo, não ser possível preservar em arquivos, indefinidamente, 52,2 milhões de autos, número de feitos submetidos ao Judiciário Trabalhista desde 1941, quando foi o órgão foi criado. Os tribunais, de forma geral, possuem seção destinada a "processos findos", à qual compete selecionar aquilo que se reveste de interesse público. Folhas contendo requerimentos e despachos burocráticos podem, contudo, ser recicladas, sem danos aos registros históricos.
ALMIR PAZZIANOTTO PINTO (São Paulo, SP)

Palmadas
Em países onde a representação popular foi consolidada há mais tempo, as leis costumam ser elaboradas a partir dos anseios da população. Como vimos por meio da pesquisa Datafolha ("Maioria é contra proibição de palmada", Cotidiano, 26/7), a maioria dos brasileiros é contra a legislação que proíbe a aplicação de castigos físicos como palmadas e beliscões aos filhos.
Tal resultado mostra o quanto nossos legisladores estão distanciados da vontade popular e o quanto nossa democracia representativa ainda carece de amadurecimento. Trata-se de um bom tema para ser discutido neste processo eleitoral que ora se desenvolve pelo país afora.
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

 

Fico abismado com as pessoas que acham que palmadas são desnecessárias, só porque nunca tiveram de usá-las nos próprios filhos. Falo com a experiência de pai de quatro filhos: destes, um me obrigou a apelar para castigos físicos centenas de vezes na infância, enquanto os outros três praticamente nunca precisaram levar um tapa. Curiosamente, ele hoje é o mais responsável dos quatro -fico até achando que faltaram palmadas aos outros.
ALDO FELÍCIO NALETTO JÚNIOR (São Paulo, SP)

 

Fiquei pasmo ao ler que a maioria dos brasileiros é contra este projeto de lei! Não queremos todos que a violência acabe? Não queremos viver num mundo mais pacífico? E como ter este ideal se nós adultos lançamos mão do castigo corporal contra os seres mais indefesos do mundo? Sim, a criança não tem como se defender de um adulto que se acha no direito de dar-lhe palmadas, tapas, socos e todo o tipo de castigo covarde, degradante, prepotente e aviltante.
A violência física deseduca, fere, traumatiza e torna a criança insegura e submissa! Pela reação das pessoas à pesquisa percebo quão longe estamos de uma consciência humana esclarecida, amorosa e construtiva.
DANIEL SLON (Valinhos,SP)

 

Eu faço parte dos 54% da pesquisa Datafolha que aponta os contrários ao projeto de lei do governo que proíbe as palmadas. Vou continuar a usar o instrumento praticado por meus saudosos pais que resultou em filhos de educação elogiada por todos. Somos dez irmãos, ninguém até hoje frequentou as páginas policiais.
Minha querida filha de 12 anos, sabedora da polêmica, mesmo antes dessa lei já nos ameaçou com o Estatuto da Criança e Adolescente. Nunca usamos da palmada antes de conversarmos. Na verdade nunca usamos a palmada como primeira opção.
EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)

Estações tombadas
Muito boa a reportagem sobre as estações de trens que foram tombadas ("Patrimônio sobre trilhos", Cotidiano, 26/7).
Mas faltou falar sobre o estado de conservação dessas estações.
No caso da centenária estação do Jaraguá, uma reforma recente realizada para ampliação de área coberta na plataforma que não respeitou o projeto arquitetônico original. Tal reforma acrescentou coberturas metálicas horríveis à bela plataforma em estilo inglês. Um ponto negativo para a CPTM.
EMERSON LOPES DA SILVA (São Paulo, SP)

Trem-bala
Existe meio caminho andado para a implantação do trem-bala no Rio de Janeiro. É só trazer o trem, porque "bala" por lá já circula em todas as direções, faz muito tempo.
LINO TAVARES (Porto Alegre, RS)

Clube Paulistano
Gostaria de entender qual relevância da reportagem "Para poucos" (revista sãopaulo, 25 a 31 de julho). Como associada, achei-a sem propósito, além de absurda a exposição que a revista fez. A propaganda desnecessária sobre o poder aquisitivo dos associados é um ótimo chamariz para assaltos e sequestros na porta do clube.
Este é um clube que tem em sua maioria associados de classe média, pessoas que herdaram o título daqueles que ajudaram construir o clube Paulistano.
A Folha deveria tratar de assuntos de interesse de toda a sociedade e não de uma minoria (como vocês mesmo dizem). E estes assuntos com certeza não estão faltando.
ANA CAROLINA CHRISTIANINI NACCACHE (São Paulo, SP)

Seleção
Que a política podre existe na CBF, todos sabemos. Foi assim com o inexperiente Dunga e agora com Mano Menezes, que quase nada fez pelo futebol brasileiro e é quase um desconhecido aqui no Rio de Janeiro.
Mais uma iniciativa da CBF para agradar o Estado de São Paulo e o presidente Lula, declarado torcedor do Corinthians. Acredito, infelizmente, em mais um fiasco da Seleção.
FERNANDO FARUK HAMZA (Rio de Janeiro, RJ)

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