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O ANO DOS PREFEITOS
Os prefeitos eleitos em 96 entram
no seu último ano de mandato. Com
a inédita possibilidade de se reelegerem, 2000 será ainda mais decisivo
para muitos deles. Além disso, trata-se de uma eleição que está a meio caminho do grande pleito de 2002, e as
forças políticas jogam no ano que
vem uma preliminar que deve influir
nas estratégias partidárias para as
disputas estaduais e para presidente.
Tome-se a mais recente pesquisa
Datafolha sobre nove capitais onde a
eleição municipal tem grande repercussão nacional. Levando em conta
sempre a primeira relação de nomes
oferecida ao eleitor e considerando a
margem de erro da pesquisa, dos
partidos que sustentam FHC no Congresso, 14 candidatos foram colocados em primeiro ou segundo lugares
na pesquisa. Da oposição, foram 11.
O PT leva vantagem, se os partidos
forem tomados isoladamente. Ocupa uma das duas primeiras colocações em 6 capitais; o PFL, em 4; o
PSDB, em 3. Os tucanos, porém,
continuam sem nomes fortes, à exceção de Eduardo Azeredo, que lidera
em Belo Horizonte.
Melhoraram a popularidade, em relação a junho deste ano, 6 dos 9 prefeitos; a situação de 7 deles é hoje melhor que em junho de 97, quando
houve a primeira avaliação; em 8 capitais, o atual ocupante do Executivo
é o primeiro ou o segundo colocado
na intenção de voto para 2000; em 5
delas, o atual prefeito lidera com pelo
menos 30% das preferências.
Destaca-se, nesse quesito, o contraponto entre o prefeito paulistano,
Celso Pitta, e o carioca, Luiz Paulo
Conde. Figuras desconhecidas na
política, ascenderam por meio de
seus padrinhos políticos e antecessores Paulo Maluf e Cesar Maia. Pitta
seguiu trajetória cadente, mas Conde
conseguiu recuperar popularidade e
está tecnicamente empatado com outros três candidatos em primeiro lugar na pesquisa de intenção de voto.
Com a exceção de São Paulo, portanto, a possibilidade da reeleição
dos prefeitos por ora é a principal
tendência das eleições de 2000 nas
maiores capitais brasileiras.
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