São Paulo, Segunda-feira, 27 de Dezembro de 1999


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O ANO DOS PREFEITOS

Os prefeitos eleitos em 96 entram no seu último ano de mandato. Com a inédita possibilidade de se reelegerem, 2000 será ainda mais decisivo para muitos deles. Além disso, trata-se de uma eleição que está a meio caminho do grande pleito de 2002, e as forças políticas jogam no ano que vem uma preliminar que deve influir nas estratégias partidárias para as disputas estaduais e para presidente.
Tome-se a mais recente pesquisa Datafolha sobre nove capitais onde a eleição municipal tem grande repercussão nacional. Levando em conta sempre a primeira relação de nomes oferecida ao eleitor e considerando a margem de erro da pesquisa, dos partidos que sustentam FHC no Congresso, 14 candidatos foram colocados em primeiro ou segundo lugares na pesquisa. Da oposição, foram 11.
O PT leva vantagem, se os partidos forem tomados isoladamente. Ocupa uma das duas primeiras colocações em 6 capitais; o PFL, em 4; o PSDB, em 3. Os tucanos, porém, continuam sem nomes fortes, à exceção de Eduardo Azeredo, que lidera em Belo Horizonte.
Melhoraram a popularidade, em relação a junho deste ano, 6 dos 9 prefeitos; a situação de 7 deles é hoje melhor que em junho de 97, quando houve a primeira avaliação; em 8 capitais, o atual ocupante do Executivo é o primeiro ou o segundo colocado na intenção de voto para 2000; em 5 delas, o atual prefeito lidera com pelo menos 30% das preferências.
Destaca-se, nesse quesito, o contraponto entre o prefeito paulistano, Celso Pitta, e o carioca, Luiz Paulo Conde. Figuras desconhecidas na política, ascenderam por meio de seus padrinhos políticos e antecessores Paulo Maluf e Cesar Maia. Pitta seguiu trajetória cadente, mas Conde conseguiu recuperar popularidade e está tecnicamente empatado com outros três candidatos em primeiro lugar na pesquisa de intenção de voto.
Com a exceção de São Paulo, portanto, a possibilidade da reeleição dos prefeitos por ora é a principal tendência das eleições de 2000 nas maiores capitais brasileiras.


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