São Paulo, Segunda-feira, 27 de Dezembro de 1999


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2000 de incerteza

VINICIUS TORRES FREIRE

São Paulo - O PSDB tem mais candidatos a presidente do que nomes fortes para as eleições de prefeitos em nove grandes capitais. Se a votação fosse por agora, disputaria só o governo de Belo Horizonte. Melhor que nada, dirão tucanos, que não governam nenhuma dessas nove cidades.
É a crise? Mas O PFL pode reeleger seus quatro prefeitos. O PSDB não tem é nomes, partido de cardeais, inflado de caroneiros oportunistas.
O condomínio fernandino mostrou que tem "timing" eleitoral. A economia não tem ido à breca no momento político errado -para eles. Mas ninguém sabe o que vai dar em 2000.
A economia brasileira, de costume já heterodoxa, reestréia no ano que vem lipoaspirada, com capacidade ociosa, câmbio novo, algo mais moderna, privatizada, após dois anos em ponto morto. Está meio irreconhecível.
As previsões de crescimento são disparatadas, vão de 2% a 5%, mas os modelos econômicos são imperfeitos, as nossas estatísticas são insuficientes e, se o governo for capaz, ainda tem como azeitar a máquina.
Vai criar emprego? Menos que antes, por ora. E o desemprego de quem vive em famílias que ganham até 10 salários mínimos e fez no máximo o ensino fundamental é de 10%. A taxa é de 4% entre quem foi à universidade e é de família que faz mais de 20 salários mínimos. Como de costume, a vida da maioria será ruim.
O PT talvez impressione nas cidades maiores. O PFL e seus coronéis, de rincão ou modernos, e o resto do governismo podem se garantir no interior, onde aliás o governo é menos repudiado que nas capitais.
Mas a eleição de 2000 não está com jeito de influir muito no futuro do condomínio governista. Parece que arreganhos parlamentaristas e reconhavos se decidirão mais tarde.

 


A secretaria estadual da Cultura distribui um lixo de revistinha cultural, de graça. Sai todo mês. A última tem pieguices mefíticas e irrelevâncias sobre Natal. E propaganda do secretário Marcos Mendonça, que lá tem seu nome citado quatro vezes. Se não é ilegal, é uma vergonha.


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