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ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES
O Brasil de nossos sonhos
TODOS SABEM que sem reformas estruturais de profundidade o Brasil não conseguirá
chegar ao tão almejado desenvolvimento sustentado.
Mas, se formos esperar que o governo e o Congresso realizem as reformas para, então, começar a investir, nosso povo vai ficar na pior,
sem empregos e sem renda.
O ponto central aqui é o de confiar ou não confiar no Brasil. Os
que confiam olham para a frente e
vêem que este país precisa de uma
produção crescente e, por isso, investem em fábricas, em fazendas,
em escolas, em hospitais e em tudo
aquilo que serve de sustentação da
nossa economia.
Os que não confiam enchem-se
de ativos especulativos que permitem sair da zona de risco ao primeiro espirro do governante. Mesmo
porque, analisando friamente, tais
aplicações geram lucros maiores e
mais rápidos do que os investimentos na produção.
Felizmente, nossa família foi
criada com uma confiança ilimitada em nosso país. Desde cedo
aprendemos a ressaltar que poucas
nações desfrutam da extensão territorial e da quantidade de riquezas
que temos, cabendo a nós, brasileiros, usá-las bem.
Por ter vivido intensamente o
mundo da política e o mundo da
produção, nosso pai nos ensinou:
"Os políticos passam, o Brasil fica;
os governantes são lentos, os brasileiros têm pressa; os eleitos pensam nas próximas eleições, os pais
de família formam as próximas gerações. Por isso, arregacem as
mangas e trabalhem com amor".
Graças a Deus, passamos esses
valores aos nossos filhos e netos.
Eles compreenderam que os interesses coletivos têm de estar acima
dos interesses individuais.
Chegando perto dos 80 anos, vejo que é grande o número de brasileiros que se entregam à produção
e que suam a camisa por acreditar
no país. Ainda bem.
É claro que, se as reformas tivessem sido feitas há 10 ou 15 anos, estaríamos no meio de ambiente maravilhoso para investir mais e tirar
o máximo proveito dos bons ventos que sopram na economia mundial, dando ao povo brasileiro melhores condições de trabalho.
Na falta das reformas, só nos resta trabalhar em dobro e não esquecer o que é fundamental para chegar ao sucesso: qualidade nos produtos, seriedade no trabalho e humildade na conduta.
Por trás de tudo isso, há um denominador comum: a boa educação e o tratamento condigno dos colaboradores. Aqui também sobrou para os produtores colaborarem como podem, ajudando a educar nossos irmãos e a cuidar de sua
saúde.
Mais uma vez tenho esperança
no brilhante futuro de nossa nação.
antonio.ermirio@antonioermirio.com.br
ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES escreve aos
domingos nesta coluna.
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