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PAC
"É de admirar a facilidade com
que, da noite para o dia, surgem novos "economistas", de toda ordem, a
criticar a implementação do PAC.
Não entendem que, num país como o Brasil, de desigualdades dantescas, não se pode apenas e simplesmente falar em números. É
preciso também falar em princípios. E um dos maiores princípios é
justamente uma maior participação e comprometimento do Estado,
como muito bem escreveu o professor Paulo Nogueira Batista Jr. em
"Desenvolvimentismo "light'?" (Dinheiro, 25/1): "o PAC traduz uma
mudança na orientação da política
econômica (...) reflete uma nova
concepção em que o Estado volta a
ter um papel mais ativo na promoção do desenvolvimento, como investidor em áreas estratégicas e indutor de investimentos privados. A
mudança em curso pode ser excessivamente cautelosa ou lenta, mas
ela é significativa"."
PAULO S. BELIZARIO (São Paulo, SP)
"Nós, eleitores brasileiros, somos
mesmo daquele tipo "me engana
que eu gosto". O tal discurso de crescimento sustentado etc. me faz refletir sobre o quanto somos enganados por nossos políticos. A cada
eleição se fala na carga tributária e
nada se faz. Ou seja, a ordem do dia
é eleger-se e depois "empurrar o povão com a barriga".
Agora vemos que, no "desespero",
tenta-se editar "pacotes", visto que o
senhor Lula e cia. perceberam que
não dá mesmo para levar mais um
mandato enganando o povo, que já
está com a paciência além do limite.
Novos recordes de arrecadação,
ano a ano, mandato a mandato.
O Estado é o único que sempre
anda bem na economia, pois dinheiro não lhe falta. Mas sempre
falta para investir, e agora é preciso
apelar para um pacote vergonhoso,
pois o crescimento se daria se não
tivéssemos um Estado tão voraz,
perdulário, corrupto e inepto."
MARIO ROMANO FILHO (Ribeirão Preto, SP)
"O governo precisa entender que
o FGTS pertence aos empregados e
não deve ser usado para financiar
seus projetos megalomaníacos,
mesmo que exista uma garantia de
repor eventuais perdas. Todos nós
sabemos das dificuldades do poder
público em pagar dívidas, que normalmente são transformadas em
precatórios para pagamentos em
dez anos.
Atualmente, o FGTS já é sacrificado, pois remunera seus participantes com metade do rendimento
que é pago pela caderneta de poupança. Tal política de remuneração
dos participantes beneficia a Caixa
Econômica Federal em detrimento
dos trabalhadores.
Basta de sacrificar a sociedade."
MARCO ANTONIO MARTIGNONI (São Paulo, SP)
"Mais uma vez a gente tem de ouvir o choro de governadores. Agora
é sobre o PAC, que tem desoneração de impostos federais, que, em
parte, compõem fundos que são
transferidos a Estados e municípios. Ora, os governos estaduais vivem em guerra fiscal e nela renunciam ao ICMS, cuja parcela de recursos se destina aos municípios,
que são prejudicados. Logo, o governo federal apenas pratica o que
os Estados estão cansados de fazer
com os municípios. Ou será que pimenta não arde nos olhos dos outros, senhores governadores?"
MARCO ANTONIO TOURINHO FURTADO
(Belo Horizonte, MG)
Juros
"Gostaria de saber se é o senhor
Lula quem tem um cheque em
branco nas mãos, dado pelo povo,
ou se é o senhor Meirelles, com seus
banqueiros, que mandam no país?
O Brasil precisa acordar antes que
os bancos o comprem todinho, fisicamente, pois a moral, a ética e a
honestidade já foram compradas há
muito tempo."
JOSE VITAL PALMA DE FRANCESCHI (São Paulo, SP)
Pacote paulistano
"O editorial "O pacote de Kassab"
(Opinião, 24/1) critica o prefeito
Gilberto Kassab por não ter definido prazo ou estimativa de custos
das obras necessárias para a eliminação do terceiro turno diurno, o
"turno da fome".
Com todo respeito à opinião da
Folha, vale notar que são públicos
dados suficientes para "estimar" o
custo das obras, como fizeram concorrentes do jornal naquele mesmo
dia. O prefeito não informou números porque várias das novas escolas
serão construídas em terrenos cujo
custo exato ainda está por ser estabelecido.
Quanto aos prazos, não dependem apenas da vontade do Executivo: a velocidade de licitações e desapropriações depende de circunstâncias e instâncias de outros poderes. Assim, o que a Folha cobra não
é possível informar neste momento. Só será possível estimar custos e
prazos exatos quando todas as licitações estiverem encerradas e as
obras se iniciarem. A partir desse
momento, sua velocidade dependerá apenas do Executivo.
A prefeitura estabeleceu metas e
vai se esforçar para cumpri-las no
menor prazo possível, como ocorreu com o fim das escolas e salas de
lata, prioridade estabelecida no início da gestão e já cumprida."
SERGIO RONDINO , assessor de imprensa da
Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)
SP, 453
"O artigo de Ferréz de 25/1 ("Tendências/Debates') deve ser lido pelos governantes municipais, estaduais e federais antes de qualquer
reunião, antes de qualquer proposta, antes de qualquer promessa."
EDWIGES PEREIRA ROSA CAMARGO, professora-doutora aposentada da rede pública estadual e da PUC-Campinas (Campinas, SP)
Reitores
"Em que pesem as boas intenções
expressas pelo professor Pinotti no
artigo "Secretaria do Ensino Superior" ("Tendências/Debates", 26/1),
as quais são plenamente compartilhadas por nós, a principal crítica
dos professores Pécora e Hardman
("Serra e o fim da autonomia universitária", "Tendências/Debates",
24/1) aos decretos do governador
Serra não foi respondida. Trata-se
da alteração promovida na presidência do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais
do Estado de São Paulo), que, desde
o decreto 26.914, de 15/3/1987, era
exercida em sistema de rodízio pelos reitores da USP, da Unicamp e
da Unesp.
Esse conselho situa-se na base da
autonomia das universidades públicas paulistas, o que justifica ser
presidido por um dos reitores, e não
por um secretário de Estado nomeado pelo governador. Isso passou a ocorrer após a destituição da reitora da USP, professora Suely Vilela, durante a vigência de seu mandato de um ano."
ALVARO PENTEADO CRÓSTA , diretor do Instituto de
Geociências da Unicamp, GLÁUCIA MARIA PASTORE, diretora da Faculdade de Engenharia de
Alimentos da Unicamp, JAYME VAZ JR., diretor
do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp, JÚLIO CÉSAR HADLER NETO, diretor do Instituto de Física
Gleb Wataghin da Unicamp, e PAULO CÉSAR
MONTAGNER, diretor da Faculdade de Educação
Física da Unicamp (Campinas, SP)
Álcool
"Uma notícia ótima para o Brasil
e péssima para os consumidores
brasileiros: não demorará para que
o país adote um preço internacional
para o álcool combustível, como
acontece com a gasolina, uma das
mais caras do mundo, apesar de
nossa "auto-suficiência"."
MANOEL AMBRÓSIO DE OLIVEIRA (Uberlândia, MG)
Sem vencedores
"A afirmação do coronel Brilhante Ustra de que os derrotados querem punir os vencedores deixou
uma grande dúvida ("Derrotados de
64 querem se vingar", diz coronel
Ustra", Brasil, 26/1).
Houve vencedores e vencidos
com o golpe militar? Suponho que
nenhum período obscurantista tenha vencedores; a sociedade é
quem perde quando é submetida à
tortura e à coação psicológica.
Esse coronel não pertence à humanidade."
JAIRO VEIGA (Cajati, SP)
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