São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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PAC
"É de admirar a facilidade com que, da noite para o dia, surgem novos "economistas", de toda ordem, a criticar a implementação do PAC. Não entendem que, num país como o Brasil, de desigualdades dantescas, não se pode apenas e simplesmente falar em números. É preciso também falar em princípios. E um dos maiores princípios é justamente uma maior participação e comprometimento do Estado, como muito bem escreveu o professor Paulo Nogueira Batista Jr. em "Desenvolvimentismo "light'?" (Dinheiro, 25/1): "o PAC traduz uma mudança na orientação da política econômica (...) reflete uma nova concepção em que o Estado volta a ter um papel mais ativo na promoção do desenvolvimento, como investidor em áreas estratégicas e indutor de investimentos privados. A mudança em curso pode ser excessivamente cautelosa ou lenta, mas ela é significativa"."
PAULO S. BELIZARIO (São Paulo, SP)
 

"Nós, eleitores brasileiros, somos mesmo daquele tipo "me engana que eu gosto". O tal discurso de crescimento sustentado etc. me faz refletir sobre o quanto somos enganados por nossos políticos. A cada eleição se fala na carga tributária e nada se faz. Ou seja, a ordem do dia é eleger-se e depois "empurrar o povão com a barriga". Agora vemos que, no "desespero", tenta-se editar "pacotes", visto que o senhor Lula e cia. perceberam que não dá mesmo para levar mais um mandato enganando o povo, que já está com a paciência além do limite. Novos recordes de arrecadação, ano a ano, mandato a mandato. O Estado é o único que sempre anda bem na economia, pois dinheiro não lhe falta. Mas sempre falta para investir, e agora é preciso apelar para um pacote vergonhoso, pois o crescimento se daria se não tivéssemos um Estado tão voraz, perdulário, corrupto e inepto."
MARIO ROMANO FILHO (Ribeirão Preto, SP)
 

"O governo precisa entender que o FGTS pertence aos empregados e não deve ser usado para financiar seus projetos megalomaníacos, mesmo que exista uma garantia de repor eventuais perdas. Todos nós sabemos das dificuldades do poder público em pagar dívidas, que normalmente são transformadas em precatórios para pagamentos em dez anos. Atualmente, o FGTS já é sacrificado, pois remunera seus participantes com metade do rendimento que é pago pela caderneta de poupança. Tal política de remuneração dos participantes beneficia a Caixa Econômica Federal em detrimento dos trabalhadores. Basta de sacrificar a sociedade."
MARCO ANTONIO MARTIGNONI (São Paulo, SP)
 

"Mais uma vez a gente tem de ouvir o choro de governadores. Agora é sobre o PAC, que tem desoneração de impostos federais, que, em parte, compõem fundos que são transferidos a Estados e municípios. Ora, os governos estaduais vivem em guerra fiscal e nela renunciam ao ICMS, cuja parcela de recursos se destina aos municípios, que são prejudicados. Logo, o governo federal apenas pratica o que os Estados estão cansados de fazer com os municípios. Ou será que pimenta não arde nos olhos dos outros, senhores governadores?"
MARCO ANTONIO TOURINHO FURTADO (Belo Horizonte, MG)

Juros
"Gostaria de saber se é o senhor Lula quem tem um cheque em branco nas mãos, dado pelo povo, ou se é o senhor Meirelles, com seus banqueiros, que mandam no país? O Brasil precisa acordar antes que os bancos o comprem todinho, fisicamente, pois a moral, a ética e a honestidade já foram compradas há muito tempo."
JOSE VITAL PALMA DE FRANCESCHI (São Paulo, SP)

Pacote paulistano
"O editorial "O pacote de Kassab" (Opinião, 24/1) critica o prefeito Gilberto Kassab por não ter definido prazo ou estimativa de custos das obras necessárias para a eliminação do terceiro turno diurno, o "turno da fome". Com todo respeito à opinião da Folha, vale notar que são públicos dados suficientes para "estimar" o custo das obras, como fizeram concorrentes do jornal naquele mesmo dia. O prefeito não informou números porque várias das novas escolas serão construídas em terrenos cujo custo exato ainda está por ser estabelecido. Quanto aos prazos, não dependem apenas da vontade do Executivo: a velocidade de licitações e desapropriações depende de circunstâncias e instâncias de outros poderes. Assim, o que a Folha cobra não é possível informar neste momento. Só será possível estimar custos e prazos exatos quando todas as licitações estiverem encerradas e as obras se iniciarem. A partir desse momento, sua velocidade dependerá apenas do Executivo. A prefeitura estabeleceu metas e vai se esforçar para cumpri-las no menor prazo possível, como ocorreu com o fim das escolas e salas de lata, prioridade estabelecida no início da gestão e já cumprida."
SERGIO RONDINO , assessor de imprensa da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

SP, 453
"O artigo de Ferréz de 25/1 ("Tendências/Debates') deve ser lido pelos governantes municipais, estaduais e federais antes de qualquer reunião, antes de qualquer proposta, antes de qualquer promessa."
EDWIGES PEREIRA ROSA CAMARGO, professora-doutora aposentada da rede pública estadual e da PUC-Campinas (Campinas, SP)

Reitores
"Em que pesem as boas intenções expressas pelo professor Pinotti no artigo "Secretaria do Ensino Superior" ("Tendências/Debates", 26/1), as quais são plenamente compartilhadas por nós, a principal crítica dos professores Pécora e Hardman ("Serra e o fim da autonomia universitária", "Tendências/Debates", 24/1) aos decretos do governador Serra não foi respondida. Trata-se da alteração promovida na presidência do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais do Estado de São Paulo), que, desde o decreto 26.914, de 15/3/1987, era exercida em sistema de rodízio pelos reitores da USP, da Unicamp e da Unesp. Esse conselho situa-se na base da autonomia das universidades públicas paulistas, o que justifica ser presidido por um dos reitores, e não por um secretário de Estado nomeado pelo governador. Isso passou a ocorrer após a destituição da reitora da USP, professora Suely Vilela, durante a vigência de seu mandato de um ano."
ALVARO PENTEADO CRÓSTA , diretor do Instituto de Geociências da Unicamp, GLÁUCIA MARIA PASTORE, diretora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, JAYME VAZ JR., diretor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp, JÚLIO CÉSAR HADLER NETO, diretor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp, e PAULO CÉSAR MONTAGNER, diretor da Faculdade de Educação Física da Unicamp (Campinas, SP)

Álcool
"Uma notícia ótima para o Brasil e péssima para os consumidores brasileiros: não demorará para que o país adote um preço internacional para o álcool combustível, como acontece com a gasolina, uma das mais caras do mundo, apesar de nossa "auto-suficiência"."
MANOEL AMBRÓSIO DE OLIVEIRA (Uberlândia, MG)

Sem vencedores
"A afirmação do coronel Brilhante Ustra de que os derrotados querem punir os vencedores deixou uma grande dúvida ("Derrotados de 64 querem se vingar", diz coronel Ustra", Brasil, 26/1). Houve vencedores e vencidos com o golpe militar? Suponho que nenhum período obscurantista tenha vencedores; a sociedade é quem perde quando é submetida à tortura e à coação psicológica. Esse coronel não pertence à humanidade."
JAIRO VEIGA (Cajati, SP)

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