São Paulo, domingo, 28 de fevereiro de 2010

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CARLOS HEITOR CONY

Informar é preciso

RIO DE JANEIRO - Com a redundância de informações, via jornais, TVs, rádios e agora a internet, busco em folhas antigas alguma coisa que não seja sucessão presidencial e crise no DF. Dou de cara com uma nota que veio de Bombaim: Suicidou-se na tarde de ontem um faquir aposentado que abandonara a família para se dedicar à adoração do Sol, do Boi e da Cebola. Tantas fez que descolou um discípulo, Amaro das Vinhas, natural do Crato, a quem o faquir ensinou um modo de preparar carne de boi ao sol com bastante cebola. Amaro morreu de indigestão, mas feliz, pois descobrira que praticara a teofagia, ou seja, comera seus deuses.
Em Rangoon, o mais famoso poeta de Burma espantou seus admiradores quando saiu de casa completamente nu. Impelido pela multidão para o interior de um templo, o poeta começou a bradar em altas vozes: "A poesia morreu, deixem-me morrer também!". A polícia tentou negociar, dizendo que o poeta podia morrer, mas tinha de se vestir primeiro. Em sinal de protesto, o poeta preferiu continuar vivo e nu. Sacerdotes do templo pediram aos fiéis que orassem pelo bardo em desespero.
No largo dos Pilares, no Rio, o menor Francisco Clementino, de 11 anos, foi preso em flagrante quando seduzia uma senhora de 65 anos. Chamado a intervir no caso, o juiz de menores pediu em edital que alguém tomasse conta do garoto. Apresentou-se uma senhora de 65 anos, que o juiz suspeita ter sido a mesma que fora seduzida pelo menor.
No Tibete, voltou ao principal convento da maior cidade local um monge budista que fora preso na Via Veneto, em Roma, em atitude de exibicionismo sexual. Repatriado ao Tibete, o monge organizou uma expedição de outros monges para conhecer os perigos daquela cidade cristã e pecaminosa.


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