São Paulo, domingo, 28 de março de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Sem opção
"Não estou surpreso com o desempenho do governo Lula: Fome Zero, caso Waldomiro, geração de empregos, enterro de CPIs etc. Alguns colegas diziam que o povo brasileiro precisava aprender a votar. Votar em quem? Qual a sugestão? Sempre busquei uma resposta segura para essas duas perguntas. E eis que me sugeriram o PT, com a esperança de um Brasil melhor. Hoje, após mais um ano de governo Lula, vejo que o povo brasileiro até sabe votar, mas infelizmente não tem opção."
Paulo Soares Sena (São Paulo, SP)

Todos conservadores
"Ao afirmar que os conservadores preparam uma guerra porque perceberam que o PT vai ganhar em muitas capitais, Lula parece estar vivendo em outro país, pois não quer perceber que, dia a dia, aumenta o número de brasileiros, muitos dos quais ajudaram-no a se eleger, que, indignados diante do espetáculo da paralisia do seu governo e dos equívocos cometidos por membros da sua equipe, certamente usarão o seu voto para dar a resposta adequada. Pelo que fez até agora no poder em tão pouco tempo, o PT parece demonstrar uma espantosa capacidade de autodestruição."
Odilon O.Santos (Marília, SP)

Sugestão
"Já que o governo Lula quer criar mais ministérios, sugiro que seja criado um ministério de combate à corrupção. Ele poderia funcionar com um "disque-corrupção", em que qualquer cidadão poderia denunciar atos como desvio de verbas, superfaturamentos, funcionários fantasmas etc. Pequena porcentagem do montante recuperado poderia ser dada de prêmio ao patriótico delator, cuja identidade deve ficar em sigilo. Mas é claro que esse ministério deverá ter um controle externo, para evitar que "verbas" recuperadas sejam novamente desviadas."
Aurélio Nunez Rolan (São Paulo, SP)

Perseguição
"Fico indignado pela perseguição velada deste jornal ao presidente Lula (torneiro-mecânico) e a seu governo. Este jornal está fazendo o jogo da elite dominante e grupos estrangeiros. Por que não criticam as privatizações a toque de caixa e desastradas, nas quais o governo passado entregou o país?"
Temístocles Oliveira (Auriflama, SP)

Ecos do passado
"Para mim é incrível ouvir vozes do passado tentando defender o movimento que rompeu a frágil democracia deste país em 1964. Felizmente a ação do tempo faz com que essas vozes sejam cada vez menos ouvidas, pois, se fosse realmente uma ação ou movimento que tivesse trazido algo de muito bom à nação, seria rememorado todos os anos. Dizer que o movimento foi apoiado pela sociedade em todos os seus segmentos é verdade, pois no primeiro momento isso realmente aconteceu. Mas, quando essa mesma sociedade percebeu o monstro que havia criado, imediatamente o repudiou e começou a fustigá-lo, recebendo de volta o amordaçamento e a censura."
Raul Agnello Moler (São Paulo, SP)

Israel X Palestina
"Não há palavra para expressar o sentimento de indignação que invade o mundo contra o governo, terrorista, de Israel. Um dos maiores Exércitos do mundo dizima um povo cuja única arma é a pedra. Não se pode isentar dessa barbaridade o eleitor israelense e americano que aprovam essa política. Israelenses e americanos estão extrapolando todos os limites de dignidade humana. O homem-bomba é o limite do desespero de um povo que está sendo massacrado."
Antonio Negrão de Sá (Rio de Janeiro, RJ)
 

"Como querer que grupos extremistas baixem suas armas se um Estado -dito "de direito", "civilizado" e "democrático" como Israel- se comporta como a pior das quadrilhas terroristas do planeta ao assassinar líderes religiosos como o xeque Ahmed Yassin? É inimaginável que um Estado proceda de forma tão criminosa, assassinando sumariamente seus opositores, como faziam as piores ditaduras latino-americanas. E é bom lembrar que esses bandidos chefiados por Ariel Sharon têm a sua disposição mais de 400 armas nucleares."
Nagib César Abrahão (São Paulo, SP)
 

"Praticamente todas as opiniões que leio na mídia sobre a morte do xeque Ahmed Yassin são peremptórias em condenar Israel pelo ataque. Mas, convenhamos, os israelenses têm direito à defesa. O xeque, por trás de seu corpo frágil, que despertava compaixão, escondia um ódio sanguinário contra Israel e não se contentava em pregar a formação de um Estado islâmico na região. O principal pilar da pregação dele e de todos os grupos radicais islâmicos é a aniquilação total de Israel. Os palestinos têm direito inalienável a um território pátrio e dói vê-los viver como cães, mas irão sofrer enquanto grupos terroristas estiverem à frente de seus ideais."
Sidney S. Prado (Ipatinga, MG)

Energia
"O ex-ministro Roberto Amaral faz uma defesa pertinente da pesquisa científica e do uso pacífico da energia nuclear no Brasil ("O urânio e o futuro do país", "Tendências/Debates", 25/3). No entanto na questão energética somos auto-suficientes em outra fonte de combustível: a biomassa vegetal. Acredito que essa deveria ser nossa matriz energética, ao lado da hidreletricidade, incluindo o álcool combustível e a queima controlada de resíduos agrícolas e florestais. A energia nuclear deveria ser produzida como estratégia, e não como prioridade."
Adilson Roberto Gonçalves (Lorena, SP)

"Paixão" perdida
"Ah, se eu tivesse lido o artigo "Naquele tempo", de Carlos Heitor Cony (Opinião, 25/3), brilhante como sempre, não teria perdido tempo e dinheiro assistindo ao filme "A Paixão de Cristo", um filme violento e repugnante."
Edson Sant'Annna (São Paulo, SP)

O padrão
"Meus parabéns à Polícia Federal e a todos os órgãos que estão aplicando a "operação padrão". Notamos com isso que não é o salário de R$ 4.500 que a impede de trabalhar direito. Com essa operação, chegou-se a Sérgio Naya, por exemplo. Poderia atuar sempre em "operação padrão", que deve ser a obrigação da fiscalização. Quanto ao salário, que seja equiparado ao do professor, que também tem curso superior."
Carlos Alberto Costa Aggio (Jundiaí, SP)

Novos ares
"Gostaria de parabenizá-los por colocarem em debate as estratégias para promover o crescimento. Ao ler os artigos (Mais, 21/3), veio a minha mente a mensagem de Celso Furtado quando exorta o jovem economista a exercer a imaginação. Veja: "Ao se afastar do consenso, o jovem economista perceberá que os caminhos já trilhados por outros são de pouca valia. Logo notará que a imaginação é um instrumento de trabalho poderoso e que deve ser cultivada. E, na medida em que pensar por conta própria, com independência conquistará a autoconfiança e perderá a perplexidade" (Celso Furtado, "Em Busca de Novo Modelo", Rio, Paz e Terra, 2002). Esse é um belo desafio para os nossos jovens economistas."
Glaci Zancan, professora do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Paraná (Curitiba, PR)


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