São Paulo, domingo, 28 de março de 2010 |
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PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Charges "Foi com estranheza e indignação que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu a publicação, por este conceituado jornal, de duas charges, nas edições de segunda e terça-feira, dias 22 e 23 de março. As referidas charges, ao fazerem referência aos casos de pedofilia envolvendo padres e religiosos da Igreja Católica, foram extremamente ofensivas e desrespeitosas para com o papa Bento 16, os bispos e toda a igreja. O papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da igreja e ao pedir perdão por essa prática, que, sem dúvida, maculou a imagem da própria igreja, não merecia esse tratamento. Lamentamos muito que a Folha de S.Paulo, que sempre primou pela ética, tenha sido veículo para esse tipo de mensagem, que fere grande parte do povo brasileiro, tão católico em sua vida e em sua história e que, certamente, sofre muito, nesses momentos difíceis, e ora pelas vítimas e seus familiares, pelos culpados, mas também pelas dezenas de milhares de sacerdotes que, no mundo todo, procuram honrar a sua vocação." DOM DIMAS LARA BARBOSA , bispo auxiliar do Rio de Janeiro, secretário-geral da CNBB (Brasília, DF)
"Paz"
Isabella
"Julgamento de assassinos não é final de campeonato. Mais uma vez viu-se a montagem de um circo bizarro: famílias "popstar" (vítimas e criminosos), algazarras, fogos de artifício, camisetas "comemorativas"... Tudo a indicar o nível ético dos envolvidos. Como se estivessem vivendo dentro de uma novela de grande audiência, mas se servindo de tragédias reais públicas, todos almejam algum "papel" na trama. Pode ser que o pai de Isabella tenha mesmo atirado covardemente sua filha pela janela, mas a sociedade em geral, na era "Big Brother", certamente jogou a sua memória no lixo." JORGE JOÃO BURUNZUZIAN (São Paulo, SP)
"No transcorrer da semana retrasada, a imprensa foi tomada pelo caso da morte do cartunista Glauco. Era irritante querer, por exemplo, esperar o "boletim do clima" na TV, pois os canais só falavam desse assassinato. Na semana que passou, a paciência teve de ser maior: tivemos que aturar o crime dos Nardoni, pois não se noticiava outra coisa. Paralelamente, passou quase despercebido o julgamento do assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, em Porto Ferreira (SP), cometido por quatro pessoas (entre as quais três PMs, sendo um deles oficial). O jornalista foi morto por denunciar esquemas de corrupção na PM, que envolvia aliciamento de menores para prostituição, entre outras coisas. E seus próprios colegas de profissão quase não noticiam." MARCIO ANTONIO AUGELLI , professor-doutor em ciências pela Unesp (Jaboticabal, SP)
Educação
"Venho por meio desta comunicar ao secretário da Educação de São Paulo, senhor Paulo Renato Souza, que cansei de ser professor. Parece que, na guerra para destruir a escola pública, perdemos outra batalha. Hoje jogo a toalha. Cansei. Cansei de lecionar numa escola sem o número de funcionários para a manutenção mínima do prédio escolar. Cansei de o Estado não garantir minha integridade física dentro do meu local de trabalho. Cansei de não ter livro didático para trabalhar com os alunos. Cansei de ter a "apostilinha do governo" do primeiro bimestre chegando no final do segundo. Cansei ficar anos e anos sem aumento de salário e ver o governo gastar rios de dinheiro em propagandas que pintam uma escola que não existe. Entrego os pontos. Agora vou ser apenas mais um trabalhador da educação. Um assinador de ponto." CÉSAR AUGUSTO GOMES (Campinas, SP)
Trabalho escravo
Em comum
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