A mais recente pesquisa Datafolha de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo mostra que o candidato do PSDB, José Serra, se encontra na liderança da corrida, no limite da margem de erro do levantamento, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Com 30% da preferência, ele é seguido por Paulo Maluf (PP), com 24%, e por Marta Suplicy (PT), com 20%. Para Serra, o ideal seria que a eleição fosse amanhã. Só que o calendário eleitoral não obedece às conveniências do tucano e ainda permite muitas reviravoltas no quadro.
Pesquisas são o retrato de um momento. Se, no presente instante, a situação é favorável a Serra, poderá não sê-lo amanhã. A prefeita Marta Suplicy, é bom lembrar, terá uma série de realizações para exibir no horário gratuito de rádio e TV. Mesmo adversários da petista são unânimes em apontar o grande potencial de arrecadação de votos do bilhete único. Outro ponto que poderá favorecer a prefeita é a retirada dos tapumes de suas várias obras viárias.
Resta saber se esses trunfos bastarão para colocar Marta à frente de Serra. O tucano tem a seu favor, além do forte "recall" proporcionado pela campanha presidencial, uma rejeição (10%) bem menor do que a registrada para a prefeita (42%).
Paulo Maluf, embora apareça nesse levantamento à frente de Marta, é considerado um candidato com menores chances. Terá menos tempo na TV e muitas suspeitas para explicar. A oscilação positiva de quatro pontos percentuais consignada por sua candidatura em relação à pesquisa anterior pode ser explicada pelo programa reservado ao PP que foi ao ar nesta semana.
Os demais candidatos, ao que parece, ficarão com fatias menores do eleitorado. Luiza Erundina, do PSB, que ocupa a quarta posição, oscilou negativamente de 11% para 8%.
Embora essa eleição se anuncie como altamente competitiva, tudo indica que o espaço já está preenchido pelas três principais forças da política paulistana: o tucanato, o malufismo e o petismo.


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