São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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PLÍNIO FRAGA

Que terço reza a oposição carioca

RIO DE JANEIRO - Uma análise dos números das eleições no Rio desde 1996 mostra que candidaturas de partidos oposicionistas, somadas, por repetidas vezes navegaram na faixa dos 30% dos votos. Em 1996, no primeiro turno, os partidos de oposição conseguiram 30,3% dos votos. Em 2000, os oposicionistas foram a 31,7%.
Em 2004, Cesar Maia buscava a reeleição, sendo situação em nível municipal e oposição em nível federal. Houve uma polarização em que Maia obteve 50,1% dos votos no primeiro turno, e a oposição em nível municipal e situação em nível nacional atingiu 46,2%.
Nas eleições presidenciais de 2006, Lula obteve no Rio, no segundo turno, 69,69% dos votos, contra 30,31% do oposicionista tucano Geraldo Alckmin.
Na pesquisa Datafolha de março, o eixo pró-Lula -representado por Marcelo Crivella (PRB), Jandira Feghali (PC do B), Eduardo Paes (PMDB) e Alessandro Molon (PT)- somava 50% dos votos. O eixo anti-Lula -Fernando Gabeira (PV), Solange Amaral (DEM) e Chico Alencar (PSOL)- atingia 26%, com margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Líder até aqui, Marcelo Crivella está emparedado pelo isolamento de seu PRB, o que o deixaria com magros 2 minutos dos 60 diários do horário gratuito no rádio e na TV. Paes e Jandira podem ser beneficiados pela migração eventual de seus votos como aliados de Lula.
Na oposição, Solange Amaral tem de provar que é viável; Gabeira precisa mostrar ser capaz de obter votos nas camadas mais pobres e menos estudadas dos eleitores; Chico Alencar, fruto da aliança PSOL-PSTU, carece de músculo partidário para crescer. Juntos, estão na faixa oposicionista dos 30%, mas, separados, podem deixar a disputa pela Prefeitura do Rio no segundo turno entre dois aliados de Lula.


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