São Paulo, Sábado, 28 de Agosto de 1999
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São Paulo, Sábado, 28 de Agosto de 1999 |
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PAINEL DO LEITOR Depois da marcha "Não morro de amores pelo presidente Fernando Henrique, principalmente porque ele anda meio esquecido e vive sempre mal acompanhado. Mas seu novo mandato lhe foi outorgado pelo povo, em uma eleição absolutamente normal, dentro das regras do jogo democrático, na qual o Lula perdeu. Obrigado à Folha pela publicação das principais frases ditas durante a manifestação. Nelas, está claro que os opositores do presidente não estão interessados em ver um Brasil melhor, mas na ocupação de cargos e do poder." Roberto Antonio Cêra (Piracicaba, SP) "Infame a manchete da Folha : "75 mil protestam contra FHC". Forma sutil de desclassificar a manifestação dos "100 mil", levando um acontecimento político para o campo puramente aritmético." Alvaro Tadeu Silva (Rio de Janeiro, RJ) "Se FHC é o gênio que sugere ser, não devia mesmo ter se preocupado com a marcha dos "sem mil". Muito mais danosa ao Brasil é a marcha que os "com milhões" fazem diariamente aos palácios e gabinetes em Brasília. É contra esses que precisamos de proteção. E pensar que esses "com milhões" são aliados de FHC. Aliás, com os aliados que tem, FHC nem precisa de oposição. E o pior é que a oposição ao governo FHC não consegue nem mesmo ser eficiente como seus aliados na hora de desmantelar as coisas." Simão Pedro Marinho (Belo Horizonte, MG) Devedores do BB "Como consequência da reportagem "Cem maiores dívidas somam R$ 2,7 bi" (Brasil, 22/8), manifestamos ao presidente do Banco do Brasil nosso protesto quanto à citação do nome da Cooxupé." Isaac Ribeiro Ferreira Leite, presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda. (Guaxupé, MG) "Julgamos imprescindível que a Folha informe a seus leitores que as 24 cooperativas mencionadas na reportagem "Cem maiores dívidas somam R$ 2,7 bi" representam contratos de 84.049 agricultores cooperados, cujo valor médio da dívida é de R$ 7.960,00. Não poderiam, portanto, estar entre os grandes devedores. O endividamento do setor rural é uma realidade e as cooperativas estão inseridas nesse contexto. Mas não como más pagadoras." Valdir Colatto, superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras -OCB (Brasília, DF) Resposta do jornalista Lúcio Vaz - A reportagem deixou claro que a lista do Banco do Brasil continha os cem maiores débitos, alguns de empreendimentos inadimplentes. Apuração da propina "São fantásticos os resultados obtidos até agora pelo Ministério Público e pela Polícia Civil nas investigações sobre a teia de corrupção instalada na Câmara Municipal de São Paulo. São totalmente infundadas as críticas do jornalista Luís Nassif, que certamente não retratam a opinião da coletividade." Fernando Akaoui (Cubatão, SP) "Se os promotores de Justiça que trabalham na denúncia da vereadora Maria Helena insistirem em oferecer denúncia por porte ilegal de arma de fogo, vão apanhar mais uma vez da Justiça. É tão difícil entender a diferença entre posse e porte? Como profissionais da Justiça, eles deveriam estar atentos para as tecnicalidades que, embora irrelevantes para os leigos, podem fazer toda a diferença e arruinar uma boa causa." Ricardo Freire (São Paulo, SP) Venezuela "Parabenizo a importância editorial que a Folha vem dando para a vida política na Venezuela em decorrência das profundas mudanças que ocorrem em nosso vizinho. Não obstante, tanto a Folhacomo os demais jornais brasileiros e sul-americanos não conseguiram informar corretamente o "quem é quem" na política nacional e, especialmente, na Assembléia Nacional Constituinte, à exceção de três ou quatro atores principais. Asseguro que muitos constituintes, embora definidos como "chavistas", têm luz própria e apóiam o presidente da República por comungarem das mesmas concepções políticas. Em termos metodológicos, isso é muito diferente de afirmar que a Assembléia é mera instância de homologação da vontade presidencial." Rui Tavares Maluf (São Paulo, SP) O novo velho PAS "A nova maquiagem do PAS, que tem como sigla o sugestivo SIMS (Sistema Integrado Municipal de Saúde), não altera em nada a estrutura de gerenciamento no município. O que estamos vendo é a repetição de episódios já antigos de uma mesma novela: a promessa. Mais um secretário de saúde municipal promete alterar o sistema de gerenciamento do setor, "sem prejuízo de atendimento à população e com um dos melhores sistemas de controle administrativo implantado no setor público". É preciso dizer que a população já sofreu gravíssimos prejuízos nesses três duros anos de PAS. O SIMS é um PAS mal disfarçado, infelizmente. Segue uma sugestão ao secretário: a municipalização e a gestão plena na saúde têm dado muito certo em cidades cuja administração é séria. Talvez valesse a pena tentar!" José Erivalder Guimarães de Oliveira, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo -Simesp (São Paulo, SP) "Muito se tem falado, escrito e comentado sobre o PAS. Quem implantou ou como foi implantado não vem ao caso. O que interessa é que o sistema funciona, e bem, como mostra artigo do colega dr. Jorge Pagura neste jornal (Tendências/Debates, 24/8, pág. 1-3): "modelo cooperativado, enxuto". Nós que estamos participando sentimos a agilização e a resolução de problemas dos pacientes (claro, há exceções). O fato é que não contávamos, nós "formiguinhas", que as "rainhas" do sistema iriam agir escandalosa e impunemente, comprometendo-o totalmente. Senhor secretário, não olhe somente os rombos escandalosos, analise também o suor de quem não deixou a peteca cair." Claudinei Flamínio (São Paulo, SP) Concursos públicos "Gostaria de dizer à leitora Juliana A. Pereira C. Ferreira (Painel do Leitor, 24/8) que eu também fui "vítima" desses concursos públicos. Em 96 ou 97, prestei exame para um concurso da Sabesp, para o cargo de técnico em comunicação, ficando em segundo lugar na lista dos aprovados. Liguei para a organização do concurso e me pediram que esperasse um telegrama que me informaria a respeito da próxima etapa do concurso. Estou esperando até agora! Ainda bem que não fiquei dependendo do resultado do tal concurso." José Roberto Milici (São Paulo, SP) Texto Anterior: Vivaldo Vieira Barbosa - Sim: O inferno astral está só começando Próximo Texto: Erramos Índice |
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