São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Orçamento paulista
"Em relação às notas "Choque tucano" e "Choque tucano 2", publicadas ontem na coluna de Mônica Bergamo (Ilustrada, pág. E2), o secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo esclarece o seguinte:
1 - A nota não condiz com a verdade. A administração Geraldo Alckmin não deixou nenhum "rombo" nas contas do Estado. Ao contrário, o então governador Alckmin assinou, em 16/3/06, um decreto de contingenciamento no valor de R$ 1,5 bilhão;
2 - Em São Paulo, a arrecadação e os gastos são acompanhados on-line. Adequar os investimentos à mesma velocidade das receitas significa controle do Orçamento. Essa é a prática cotidiana da administração pública paulista desde 1995;
3 - O envio de ofício a todos os secretários mostra responsabilidade do governo, e não, como quer mostrar a nota, total descontrole. O pedido foi de economia, uma ação normal em um país que não aproveita a onda do crescimento mundial;
4 - Desde 1995, esse governo age de forma "rigorosa e austera nos gastos públicos". Em nenhum momento deixamos de preservar e respeitar o dinheiro do contribuinte. O governo será entregue à administração futura com todas as contas zeradas dentro de um rigoroso cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal;
5 - Os orçamentos públicos são confeccionados estimando receitas e fixando despesas, sendo encaminhados ao Poder Legislativo para efeito de sua discussão e aprovação com anterioridade ao exercício fiscal a que se referem. O Orçamento estadual sempre é feito no nono mês do ano (setembro) e é executado no decorrer do ano seguinte. Baseia-se em premissas que dependem da política econômica, de responsabilidade do governo federal, tais como a evolução do PIB e o câmbio. Como conseqüência, o baixo crescimento da economia brasileira e a queda da moeda americana podem criar uma frustração na arrecadação, como de fato ocorreu ao longo do ano em curso."
FERNANDO CARVALHO BRAGA, secretário estadual de Economia e Planejamento (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Mônica Bergamo - Além de reduzir o ritmo de obras, o governo de São Paulo, para honrar compromissos assumidos, perdoará multas sobre dívidas dos contribuintes para aumentar sua receita.

"Fosse a cobertura da Folha de fato imparcial, a notícia sobre o rombo deixado por Geraldo Alckmin nas contas do Estado ocuparia o local de maior destaque na Primeira Página e estaria detalhada no primeiro caderno ("Alckmin deixou R$ 1,2 bilhão de rombo para Lembo em SP", 27/9). No entanto, a notícia figurou em um canto discreto da Primeira Página e em uma pequena nota na Ilustrada ("Choque tucano'). É de estranhar a falta de destaque para um assunto de tamanha importância."
CLÁUDIO FLAUZINO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Brasil
"Gostaria de entender por que quando o presidente de um país soberano chama de demônio o presidente de outro país recebe um puxão de orelha deste jornal ("diferenças políticas não justificam má educação", editorial "Destempero", Opinião, 26/9), mas, quando um ex-presidente do Brasil se refere ao atual presidente utilizando o mesmo termo, vira foto na Primeira Página e tema de caudalosa reportagem na mesma edição, sem nem uma criticazinha sequer ("FHC afirma que presidente não é Cristo, "é o demônio")."
SANZIO ZECCHIN (São Paulo, SP)

"Magistral a charge de Angeli de ontem ("O partido de todos os santos'). Como poderemos acreditar que aqueles que outrora fizeram coisas similares ao que faz o atual governo queiram hoje parecer que foram totalmente diferentes? Dizem que brasileiro tem memória curta, mas também não chega a tanto."
ROBERTO SARAIVA (São Bernardo do Campo, SP)

"Bons tempos aqueles em que se fazia a transição democrática com toda a calma e havia até equipes para orientar os novos ocupantes da Presidência. Bons tempos aqueles, há apenas quatro anos, em que uma eleição era um processo pacífico. Bons tempos aqueles em que a alternância do Poder era considerada democrática."
CRISTINA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

"Esse governo já provou que não tem o menor escrúpulo e que fará qualquer coisa para permanecer no poder. Lula, espertamente, faz uso de toda a bandidagem que o cerca para continuar escapando ileso de toda essa sujeira. E o pior: com o povo aplaudindo! Isso só prova a velha e surrada máxima: "Cada povo tem o governo que merece". Infelizmente, não dá para pensar em outra coisa. Fosse este país habitado por pessoas sérias, o senhor Lula já estaria preso por ter roubado nossa esperança."
FÁTIMA JUSSARA LIMA (São José dos Campos, SP)

Dossiê
"Diferentemente do que dá a entender a reportagem "Filósofo condena desempenho da imprensa na crise do dossiê" (Brasil, 26/9), o tema da minha palestra -"A palavra livre e infeliz'- não foi a relação da grande imprensa com o governo na questão Vedoin-Serra. Foi o paradoxo de nunca termos tido, no mundo, tanta liberdade de expressão (e de voto) e de essa liberdade ao mesmo tempo soar a muitos como não conseguindo gerar resultados tangíveis. Foi por isso que trabalhei a impotência dos poderes que lidam com a palavra mais livre, o Parlamento e o "quarto poder", a imprensa. Peço a retificação para que o leitor não pense que eu gastaria meu tempo e prepararia uma conferência só para discutir o confronto dos grandes jornais com o governo."
RENATO JANINE RIBEIRO, professor de filosofia da USP (São Paulo, SP)

Lorenzetti
"Temos observado diversas associações do nome do senhor Jorge Lorenzetti, suposto integrante do esquema de compra de dossiê, com a Lorenzetti S.A. ("Painel", 26/9), tradicional empresa brasileira que há mais de 80 anos contribui para o desenvolvimento do país. Gostaria de esclarecer que esse senhor não tem nenhum vínculo de parentesco familiar, pessoal ou profissional com esta empresa e seus acionistas. Infelizmente, trata-se de um homônimo. Ao longo de sua história, a Lorenzetti construiu uma imagem de ética, por meio da qualidade de seus produtos e pelo respeito aos seus consumidores."
EDUARDO JOSÉ COLI, vice presidente executivo da Lorenzetti (São Paulo, SP)

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