São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2008 |
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"O endividamento do brasileiro já atinge 38% do PIB, prenunciando que está em formação a bolha que Lula, visando 2010, infla irresponsavelmente. O consumo não cresceu em conseqüência do aumento do emprego e da renda, mas às custas da grande oferta de crédito. Nossa manipulada taxa de crescimento está vinculada a este artifício, em detrimento dos investimentos na produção e na infra-estrutura. O demagógico reajuste do salário mínimo acima da inflação é automaticamente neutralizado pela indexação praticada pelo grande empresariado. Com a contribuição dos respingos da bolha americana, que provocará o encolhimento do nosso crescimento em 2008 e 2009, acredito que financeiras e bancos brasileiros passarão momentos de forte turbulência nos próximos anos." SERGIO VILLAÇA (Recife, PE)
"Uma grave crise eclodiu no ninho dos donos do poder. Estão a ponto de fazer a maior intervenção estatal já feita numa economia, contrariando o mandamento do capitalismo, o livre mercado. A especulação acionária, regada a propaganda enganosa e corrupção, transformou a economia mundial num enorme cassino. As ações das empresas subiram a patamares estratosféricos, muito acima de seu potencial de produção de riquezas. Os débeis alicerces não suportam a gigantesca estrutura, e tudo desmorona feito um castelo de cartas. Quem foi mais esperto vendeu as ações antes da quebradeira. Quem apostou em ganhar mais perdeu. São como as famosas pirâmides populares, que já enganaram muitos incautos. Fala-se de crise. Mas na verdade é só o dinheiro mudando de mãos. Acho que o Brasil precisa aproveitar a crise pra crescer, precisa aproveitar que o mundo lá fora está quebrando. Abaixar os juros e os impostos pode aquecer a nossa economia. Talvez tudo isso seja só a roda da história se movendo mais um pouco. Quando tombam os gigantes, os anões crescem." AURÉLIO NUNEZ ROLAN (São Paulo, SP)
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